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Trabalhadores do Estaleiro Jurong paralisam as atividades nesta quarta-feira

Cerca de 2 mil trabalhadores metalúrgicos que atuam no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), no norte do Estado, paralisaram as atividades na tarde desta quarta-feira (16) em protesto contra a falta de reajuste salarial e a onda de demissões na empresa. Os metalúrgicos realizaram uma greve de 31 de agosto a 17 de setembro de 2015 em busca de reajuste salarial e decidiram encerrar o movimento diante do julgamento do dissídio coletivo. No entanto, o dissídio não foi julgado e os trabalhadores permanecem sem reajuste.

Os metalúrgicos se queixam que a falta de reajuste tem gerado problemas financeiros, agravados pela demissão em massa que a empresa iniciou, o que gera mais incertezas.

Com a paralisação, o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES) procurou a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) para resolver a situação dos trabalhadores e agendou uma reunião para esta quinta-feira (17). A empresa, no entanto, diante conseguiu agendar uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho do Estado (TRT-ES) para o fim da tarde desta quarta-feira o que, na visão do Sindimetal, comprova que quando a Jurong quer resolver os problemas de seu interesse, eles são rápidos, mas quando se trata do interesse dos trabalhadores, a empresa fecha os olhos.

As demissões tiveram início depois da greve dos trabalhadores. No dia 22 de setembro, cerca de 40 trabalhadores ficaram em cárcere privado por se recusarem a assinar rescisões por justa causa já que havia um acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho do Estado (TRT-ES) estabelecendo que não haveria demissões enquanto não fosse julgado o dissídio coletivo da categoria.

Na ocasião, os trabalhadores que se recusaram a assinar a rescisão foram mantidos na Jurong e foram vigiados por seguranças armados – alguns deles seriam policiais à paisana – e também foram impedidos de sair das instalações do estaleiro.

Os metalúrgicos só foram liberados depois que o Sindimetal acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT), relatando a situação e houve o deslocamento de um representante do órgão ao estaleiro, que exigiu a liberação dos trabalhadores.

No dia 28 de setembro, houve uma reunião na SRTE para definir a situação dos trabalhadores demitidos. Eles conseguiram reverter a demissão por justa causa para sem justa causa. Os metalúrgicos optaram por não permanecer na empresa, já que se sentiam inseguros para continuar o trabalho na Jurong. Com a demissão sem justa causa, poderão receber todos os direitos trabalhistas e estão livres para buscar nova colocação no mercado sem a “mancha” na Carteira de Trabalho.

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