Posse de Rita Serrano para a presidência da Caixa foi aprovada pelos trabalhadores no Espírito Santo
A Caixa Econômica Federal completou 162 anos com perspectivas de uma mudança nos rumos que haviam sido dados à empresa nos quatro anos de governo Bolsonaro (PL), conforme afirma o diretor dos Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), Ronan Teixeira. A possibilidade de “novos ares” e de “uma gestão mais humanizada” é por causa da posse de Rita Serrano como presidente da instituição financeira, ocorrida nessa quinta-feira (12), data de aniversário da Caixa.
“No Espírito Santo os trabalhadores se sentem como se estivessem sentados na cadeira da presidência”, diz o dirigente sindical. A explicação para isso, segundo Ronan, é por causa da trajetória de Rita, que é profissional de carreira com 33 anos de serviços prestados no banco e oriunda do movimento sindical bancário. “É até difícil acreditar que temos na presidência alguém com esse perfil, uma pessoa forjada no sindicalismo, que foi presidente do Sindicato dos Bancários do ABC. É uma identificação de esperança”, afirma.
Em julho último, o Sindibancários/ES chegou a fazer um ato no Dia Nacional contra o Assédio nos Bancos, em protesto às denúncias sobre casos na instituição a partir do escândalo envolvendo Pedro Guimarães. A manifestação foi na agência Beira-Mar, no Centro de Vitória, onde funciona a Superintendência Regional da instituição. Durante o protesto, houve entrega de panfleto sobre assédio moral e sexual a que são submetidos os bancários no cotidiano do trabalho, divulgação do canal de denúncias disponibilizado pelo sindicato; e alerta sobre como identificar condutas que caracterizam o crime cometido por superiores hierárquicos.
Ronan afirma que a gestão de Pedro Guimarães, marcada por “tratamento desumano” aos trabalhadores, fez com que, no Espírito Santo, o sindicato percebesse o aumento de licenças médicas para profissionais da Caixa, afetados principalmente por doenças psíquicas.