A assembleia teve a participação de mais de dois mil trabalhadores, segundo informa o diretor de Comunicação do Sintraconst/ES, Virley Alves Santos,e decidiu pela manutenção da greve por tempo indeterminado.
O movimento grevista foi iniciado no dia 30 de abril e reivindica o respeito às cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por parte do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon/ES).
A intransigência do sindicato patronal tem desagradado até mesmo as empresas, diz Virley, que têm buscado negociar diretamente com o Sintraconst/ES a manutenção da CCT. “Mais de 40 já negociaram”, informa.
Na visão dos sindicalistas, o Sinduscon quer “acabar com garantias contidas na Convenção Coletiva, como a figura do representante sindical, o café da manhã, a Participação nos Resultados (PR), a remuneração de horas extras, o aviso prévio indenizado, com o cartão de compras da categoria e o plano de saúde”, afirmam.
Os trabalhadores também denunciam que o sindicato patronal pretende modificar a classificação profissional constante da Convenção Coletiva de Trabalho, com o fim das funções de oficial pleno, oficial polivalente, ajudante prático na construção civil e o fim de toda classificação na montagem industrial.
O objetivo final, analisa o presidente do Sintraconst/ES, Paulo César Borba Peres, o Carioca, é acabar com a Convenção Coletiva. “Foram décadas de lutas da categoria para se chegar a uma CCT que garantisse esses direitos e agora eles querem acabar com tudo, inclusive com a proposta de extinguir a classificação profissional, apenas para rebaixar salários”, protesta.