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2018 sem fim

Coronel, capitã, cabo…militares continuam por toda parte nas eleições do Espírito Santo e do País

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Apesar da “onda Bolsonaro” não vir com a mesma força das eleições majoritárias e proporcionais passadas, alguns elementos que a complementam seguem em alta este ano. É o caso das candidaturas de militares, que, na maioria dos casos, têm nomes de urnas identificados com patentes. Levantamento da Agência Pública aponta que, no País, o número na disputa de outubro é ainda maior do que quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República, e, junto, representantes de PMs e bombeiros nos legislativos, somando mais de 70. Há quatro anos, eram 1.186 candidatos, desta vez, 1.520. Isso sem falar das demais categorias que representam as forças de Segurança, como a Polícia Civil, e os candidatos que não se identificam diretamente com a área. No Espírito Santo, também se vê por toda parte, nos registros da Justiça Eleitoral, o mesmo cenário. Nas disputas majoritárias, há tais presenças tanto no páreo ao governo quanto de vice e Senado, mas o “grosso”, mesmo, está nos quadros da Câmara Federal e Assembleia Legislativa, 10 e 22 (somente com patentes no registro), respectivamente, entre políticos já conhecidos, outros menos, e alguns…nada! Não por coincidência, os maiores blocos são de partidos ligados ao presidente e à direita, como o próprio PL, Patriota, PTB e DC. Além dos candidatos à reeleição dessa origem, como os deputados estaduais Capitão Assumção e Delegado Danilo Bahiense, ambos do PL, tem gente que mal entrou na política e já quer mudar cadeira, como a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane (Republicanos), outro que nem bem tentou estrear e foi vetado ao Senado, precisando descer para a Câmara, o Coronel Ramalho (Pode), e ainda cabos, como o ex-vereador de Viana, Cabo Max, que vem buscando, nos últimos anos, outras posições políticas – tentativa mais recente foi a prefeitura em 2020 -, ainda sem êxito. Na esteira das bandeiras de Bolsonaro, apesar de alguns (poucos!) ocuparem o espaço de oposição, chegaram à Assembleia, em 2018, quatro parlamentares, na Câmara, um, e no Senado, dois! E agora, essa meta será batida?

Marcas
Na Assembleia, foram eleitos Assumção, Bahiense, o delegado Lorenzo Pazolini (Republicanos), atual prefeito de Vitória, e o coronel Alexandre Quintino (União). Na Câmara, Da Vitória (PP), policial militar; e, no Senado, Marcos do Val (Pode), o “cara da Swat”, e o também delegado Fabiano Contarato (PT).

Lado oposto
Quintino logo firmou aliança com o governador Renato Casagrande (PSB) e atua descolado dos bolsonaristas. O deputado, aliás, embora atue na sua área, não usa a patente coronel no registro de urna, assim como Da Vitória, Marcos do Val e Contarato. O senador, campeão de votos, é apontado pelos apoiadores do presidente como “sua maior decepção política”, afinal, se firmou como um dos principais nomes da oposição e ainda se filiou ao PT.

Federal
Este ano, tentarão ocupar cadeiras com a mesma marca na Câmara Federal, além de Capitã Estéfane e o Coronel Ramalho; o Coronel Risperi e o Major Wallace, ambos do Patriotas; Cabo Bonadiman, Delegada Rosemary, e Gilvan o Federal da Direita, do PL; Soldado Hinte (PSC); Tenente Assis (PTB); e Coronel Wagner dos Bombeiros (Republicanos).

Juntos
Dois são ligados ao movimento bolsonarista “raiz”, da dupla Carlos Manato e Magno Malta (PL): o vereador de Vitória, Gilvan, conhecido por vários ataques proferidos do plenário da Câmara, por isso, alvo também de ações judiciais, e o Tenente Assis, que chegou a ser cotado para vice de Manato, e disputou a Prefeitura de Cariacica, em 2020. PTB e PL caminham juntos no pleito.

Outras bandas
O Coronel Wagner também disputou a eleição municipal em Vila Velha. Ele coordenou o Projeto Político Militar (PPM) do Espírito Santo e apareceu, na época, como apadrinhado por Marcos do Val, mas depois caiu nos braços de Magno Malta, filiando-se ao PL. Hoje no partido Republicanos, não é considerado parte desse movimento puxado por Manato-Magno.

Estadual
Na Assembleia, fora os já citados Assumção, Bahiense e Max, utilizam os emblemas da segurança: Capitão Natael Lima, Sargento Evandro Greggio, Sargento Heeley e o Suboficial Alciclei Dutra, do DC; Major Miranda (Patri); Capitão Harderson Braga (PL); Sargento do Carmo e Sargento Vicente (Pode); Coronel Foresti (PP); e Tenente Urubatan Rabello (PSD)…

Estadual II
…Cabo Dulcineia, Cabo Eugênio, Coronel Weliton e Policial Otaviano Campagnaro, do PTB; Delegada Gracimeri e Delegado Piquet, do Republicanos; Soldado Olmir Castiglioni (SD); e Cabo Fonseca e Coronel Rogério, do União.

Testados nas urnas
Do bloco, a Delegada Gracimeri disputou a Prefeitura da Serra em 2020, pelo PSC; e o Delegado Piquet é vereador de Vitória, eleito no mesmo ano, assim como o Soldado Olmir Castiglioni em Colatina.

Na mira de PH
Já Coronel Foresti foi um dos militares acusados de inflar a greve de 2017, inocentado pela Justiça no ano passado. O Coronel Rogério, que dirigiu a Associação dos Oficiais Militares Estaduais (Assomes), também foi alvo de inquérito na gestão de Paulo Hartung, acusado de criticar a gestão estadual em entrevistas e artigos publicados na imprensa.

Majoritárias
Tem patente ainda na disputa ao governo, com Capitão Sousa (PSTU), mas com bandeiras totalmente antagônicas do movimento bolsonarista; a Tenente Andresa, como vice da chapa de Audifax Barcelos (Rede); e o Coronel Lugato (DC), no Senado.

Nas redes
“Assinei a carta-compromisso com a Articulação Nacional da Agroecologia (ANA) para o fortalecimento da agricultura familiar camponesa, dos povos e comunidades tradicionais e da agroecologia. Estou empenhado em ampliar o debate e trazer mais a pauta da agroecologia para a Câmara dos Deputados e ampliar as Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA) no Espírito Santo”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT.

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