Depois de Meneguelli, movimentos em torno de Ramalho se confirmam e coronel está rifado da disputa
O cenário mais difícil de se desembolar no Estado, a disputa ao Senado, teve mais uma “cabeça cortada” nesta quarta-feira (3), confirmando movimentações dos últimos dias do mercado político. O ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho (Podemos), está oficialmente fora da eleição majoritária. A decisão é da executiva estadual, comandada pelo ex-secretário do governador Renato Casagrande (PSB) e ex-prefeito de Viana, Gilson Daniel. Desde o início das articulações garantindo que só disputaria o Senado, Ramalho vinha esbarrando em dificuldades, o que se acentuou no último final de semana, quando Rose de Freitas (MDB) foi oficializada na chapa de Casagrande. O ex-secretário já havia “engolido a seco” dois dias antes, quando a convenção do Podemos não o lançou na disputa. Com o martelo batido por Gilson, o coronel criticou a negativa do partido e exaltou sua experiência na área de Segurança Pública, “um dos temais mais preocupantes da atualidade”. Salvo poucas diferenças, Ramalho junta-se ao ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli (Republicanos), que foi barrado, só que pela Nacional, sendo substituído pelo presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso. A contragosto e sob protestos públicos do próprio, Meneguelli, agora, tem sido apontado na disputa à Assembleia Legislativa. E Ramalho, fim de linha ou aceitará o Plano B disponível – Câmara Federal -, no estilo “não tem tu, vai tu mesmo?”.
Preço caro
Para além da chapa Casagrande-Rose, a candidatura de Ramalho atrapalharia os planos de aliados do Podemos, Gilson, principalmente. Candidato à Câmara, ele não poderia se coligar com o PSB e posar ao lado do governador, sem falar em tempo de propaganda eleitoral e etc! Os dois estão colados desde sempre.
Funil
No final das contas, o campo até então congestionado no grupo de Casagrande se reduziu a Rose, freando também os movimentos ao redor do deputado federal Da Vitória (PP), que disputará a reeleição, e do PT, que pretendia emplacar no Senado um nome, Célia Tavares ou Reinaldo Centoducatte.
Estratégia da vez
A propósito, Casagrande, que circulou intensamente pelos municípios para eventos oficiais e movimentações com aliados, abriu, nesta quarta-feira (3), um ciclo de encontros regionais, com foco na construção do plano de governo de 2023 a 2026. A primeira cidade é São Mateus, no norte, e, nesta quinta (4), será a vez de Colatina, no noroeste.
Estratégia da vez II
Os eventos, que devem repetir a presença em peso de candidatos da “frente ampla” anunciada por Casagrande, que soma dez partidos, são anunciados com objetivo de apresentar as diretrizes do plano, para então promover debates sobre demandas específicas de cada região. Garante, assim, o tête-à-tête com o eleitorado.
Estratégia da vez III
O governador está atrás do seu terceiro mandato e tem sofrido críticas em sua gestão, exploradas por adversários, principalmente na área social. Se os encontros resultarão, de fato, em alterações no documento, é sempre uma incógnita. De toda forma, está garantido o tom democrático ao processo.
Online
Há poucos dias, o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) divulgou um site com a mesma proposta, convocando a população a opinar sobre os 18 eixos apontados como prioridade. Veremos!
Dia certo
A cada semana, a confirmação: Erick Musso bate ponto em plenário, mesmo, somente às segundas-feiras, com uma ou outra exceção. O motivo são as frenéticas movimentações eleitorais, antes, como candidato ao governo, agora, ao Senado.
Menos, bem menos…
Por falar no plenário da Assembleia, segue um exagero os discursos, quase em toda sessão, exaltando o prefeito de Cariacica e ex-deputado, Euclério Sampaio (União). Do nada, virou o suprassumo da classe política capixaba.
Nas redes
“Vou confessar uma coisa: jamais imaginei assinar um documento em defesa do Estado Democrático de Direito após a edição da nossa Constituição de 1988, quando resgatamos as eleições livres e periódicas e restabelecemos confiança nas instituições. Na minha opinião, quem tenta enfraquecer as instituições, por mais imperfeições que tenham, atenta sim contra a democracia”. Neto Barros (PCdoB), novo signatário da carta que repercute pelo País.
FALE COM A COLUNA: [email protected]