Casagrande, Marcelo Santos, e os desfechos na Assembleia: enfim, a política…
Voltei de férias e…a água rolou por debaixo da ponte da Assembleia Legislativa! As sinalizações iniciais que poderiam trilhar um novo caminho na disputa à Presidência, não passaram de ensaios. Apesar dos acordos e costuras, os fato são: Vandinho Leite (PSDB), mais uma vez, foi preterido pelo governador Renato Casagrande (PSB), e o presidente reeleito, Marcelo Santos (União), que agarrou com unhas e dentes líderes da oposição no último pleito municipal, levou a preferência e os confetes. Comandará um poder estratégico numa eleição decisiva para Casagrande em 2026, quando seu grupo será alvo dos mesmos abraçados e aliados agora distantes (ué?) de Marcelo Santos. Enfim, a política…
Futuro
…no balanço final, os ganhos, em princípio, são os seguintes: Marcelo mantém o cenário favorável para pavimentar uma candidatura à Câmara dos Deputados. Esse era seu primeiro plano, embora ele tenha acenado para voos mais altos no decorrer de 2024. Fica, agora, como projeto consolidado. Já Casagrande…
Futuro II
…garante a permanência do União Brasil em seu arco de alianças. A saída era uma ameaça protagonizada pelo próprio Marcelo, que chegou ao partido querendo tirar o poder das mãos do secretário estadual de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, que não conseguiu dar gás à legenda, pelo contrário, só fiasco eleitoral, em contradição ao caminho trilhado pelo União em nível nacional.
Saída honrosa
Nesse ponto, o acordo favorece em muito Rigoni, que se livrou de uma possível intervenção e obrigação de se retirar. O presidente do União será o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, hoje no MDB e aliado da primeira fileira de Marcelo Santos, e Rigoni ficará por ali, também bem acomodado. Saiu, sem dúvida, no lucro!
Quem vai?
Todos esses atores vão convergir, em princípio, para o palanque palaciano do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB). Vale lembrar que outros nomes estão na fila, principalmente o ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT) e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos).
Sede ao pote
Na ponta oposta, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e o ex-presidente da Assembleia, Erick Musso, ambos do Republicanos, os “abraçados” e, até outro dia, melhores amigos de Marcelo Santos. Pazolini, aliás, já iniciou com tudo suas andanças pelo Estado para consolidar esse plano. Afinal, esperar para quê?
Vitrine
A propósito, como era óbvio, não dava para Vidigal se manter nesse páreo estando na planície. Ele negava assumir um cargo no governo, mas será o próximo secretário de Desenvolvimento, pasta até então acumulada por Ferraço. Logo após a eleição do ano passado na Serra, como analisado aqui na coluna, a Rádio Corredor apostava que Vidigal seria secretário de Saúde. Mas, pensando em vitrine política…
Ônus x bônus
…faz todo sentido, mesmo, a atual acomodação. A pasta tem obras e oba-oba, a outra, só caos, denúncias e queixas. Ao invés de bônus, Vidigal ficaria era no olho do furação.
Mão amiga
Outros “abrigos” merecem registro. Apesar de Casagrande jurar que não efetivaria mudanças no secretariado, as derrotas eleitorais vieram, e aliados ficaram a ver navios. O governador arrumou um canto no primeiro escalão, mas em pastas sem tanto destaque…
Mão amiga II
…o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Victor Coelho, será o novo secretário estadual de Turismo, e Guerino Balestrassi (MDB), derrotado em Colatina (região noroeste), assumirá a recém-criada pasta de Recuperação do Rio Doce. A conferir, os desempenhos!
Nas redes
“Pazolini, cadê o plano de enfrentamento às mudanças climáticas de Vitória? Só nesse início de ano, Vitória já enfrentou alagamentos e calor excessivo. Essa semana ficamos entre as 5 capitais mais quentes do país! Esse cenário vai ficando cada vez mais preocupante (…) não podemos esperar o pior acontecer para nos prepararmos (…)”. Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT.