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Agora sim, ‘batizado’

Com pose para foto ao lado de Bolsonaro, Ramalho oficializa entrada no PL para disputar Prefeitura de Vila Velha

Redes Sociais

Hino nacional ao fundo, pose para foto – e vídeo – ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a repetição do lema “Deus, pátria, família e liberdade”. Foi assim, seguindo o “ritual” do PL e da extrema direita, que o ex-secretário estadual de Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, anunciou nesta terça-feira (19) sua entrada oficial à sigla, para disputar a Prefeitura de Vila Velha. Esse destino já havia sido traçado dias atrás, com a mudança de tom nas redes sociais, afastando de vez Ramalho do Republicanos, até então cotado como abrigo partidário preferencial. “Agora é fato! O Capitão deu a missão”, exaltou o ex-secretário no Instagram, prometendo fidelidade a Bolsonaro, com agradecimentos ainda ao senador Magno Malta, presidente estadual do PL no Estado, e ao deputado federal Gilvan da Federal. A efetivação do palanque, agora com todas as letras, intensifica as movimentações no município, que tem um eleitorado cativo para o perfil de Ramalho e se consolidou como um dos principais pontos dos protestos bolsonaristas no Estado, além de cravar votações expressivas no campo da direita e do conservadorismo. Ramalho vem para o jogo como opositor ferrenho do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), candidato do governador Renato Casagrande (PSB), em disputa que já registra ensaios de guerra e polarização. Agora é esperar para ver quais legendas o palanque bolsonarista vai atrair – a previsão, antes, era fechar a trinca com o Republicanos e o PP -, quem será o vice, e como se desenrola o bate-rebate entre os dois principais candidatos em campo. Não vai sobrar pedra sobre pedra!

Majoritárias
Ramalho não foi o único candidato do PL a ir a Brasília para referendar o palanque e receber o “batismo” de Bolsonaro. Também por lá, o vereador Igor Elson, candidato na Serra; o também vereador Léo Camargo, em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado; e o delegado Leandro Sperandio, em Aracruz, no norte.

Majoritárias II
Na coluna passada, informei mais dois nomes: a servidora pública Mônica Ziviani, candidata em Vila Pavão, que esteve em Brasília um dia antes para o mesmo batismo, e o prefeito de São Gabriel da Palha, Thiago Rocha – este, por enquanto, com evento de filiação no próprio município, neste sábado (23).

Geral
Também nesta terça, outro “bonde” do PL partiu para a Capital Federal. Os deputados Danilo Bahiense, Callegari e Lucas Polese, o ex-vereador de Vila Velha Devacir Rabello e o presidente do diretório canela-verde, Carlos Salvador. Dizem que para participar “de uma sessão no Senado”, sem entrar em detalhes.

Áreas estratégicas
Do lado de Arnaldinho, como analise aqui pouco tempo atrás, seguem as investidas em mostrar serviço na área de Segurança Pública, com a atuação de sua Guarda Municipal e publicações de operações e apreensões nas redes sociais. Ele também segue com tudo nos encontros com lideranças evangélicas, para arrebatar votos. Nos dois setores, Arnaldinho vai bater de frente com Ramalho.

E aí, Casão?!
Mais um ano, mais uma campanha salarial, e Casagrande no centro das pressões. A demanda, agora, é por uma reposição de 14,38%, referente às perdas inflacionárias de 2020 a 2023, com mobilização que envolve servidores dos três poderes. Dá para criar expectativas? Em 2023, apesar de todas os protestos e apelos, o índice chegou a apenas 5%.

E aí, Casão II?!
Nessa segunda-feira (18), um grupo de servidores marcou presença em frente ao Palácio Anchieta, com faixa apontando o índice pleiteado e a frase: “Estado Organizado! Servidor Valorizado?”. As categorias consideram que o cenário econômico atual é favorável para que o governo recupere as perdas históricas.

Causa própria
A decisão de Casagrande virá na esteira do anúncio do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que neste ano vai pagar aumento de 10% a partir de abril. O índice, é preciso deixar claro, veio com a maquiagem de “valorização dos servidores municipais”, mas na verdade, Pazolini nada mais fez que legislar em causa própria – leia-se campanha eleitoral.

Marcas
A pergunta que não quer calar: o governo vai chegar na mesma marca do seu oponente de Vitória, vai parar antes ou atender, de fato, aos 14,38%? Veremos, em breve!

Nas redes
“(…) Deus tem nos abençoado e, por isso, estamos cada vez mais unidos, promovendo diálogos democráticos, harmônicos e produtivos para, muito em breve, realizar as mudanças que nossa amada Cachoeiro de Itapemirim tanto anseia”. Diego Libardi (Republicanos), ao lado dos deputados Allan Ferreira (Podemos) e Bruno Resende (União).

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