Com participação intensa da classe política, derrota na disputa por cadeira do STJ respingou em Casagrande
Marcada por intensas articulações e participação efetiva da classe política e jurídica, a definição da vaga pertencente à advocacia para compor o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fez seus derrotados: o governador Renato Casagrande (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Tofolli, apontados como padrinhos, respectivamente, dos advogados Luiz Cláudio Allemand, do Espírito Santo, e de Otávio Rodrigues Júnior (SP). Embora por aqui essas articulações não tenham ficado tão evidentes, essas são as análises feitas na imprensa nacional, resultado dos ecos de Brasília, onde foram registradas as frenéticas movimentações dos últimos meses e que persistem para a escolha de duas outras cadeiras, desta vez, ocupadas por magistrados. No caso de Allemand, ele foi preterido mesmo tendo sido o mais votado da listra tríplice, para dar lugar à segunda colocada, a advogada Daniela Teixeira (DF), que já despontava como a favorita do presidente Lula, tanto pela questão da baixa representatividade feminina no Pleno do STJ quanto por suas ligações com o PT e o Grupo Prerrogativas, um dos principais críticos da Lava Jato. Em meio a uma disputa acirrada desde o início e com incontáveis polêmicas, não dá para minimizar, porém, a campanha de Allemand, que cresceu no decorrer do processo e chegou à reta final no topo. Confirmou seu bom trânsito na área jurídica – OAB, STJ e Supremo -, mas, politicamente, não levou!
Apoios e interlocuções II
No início das movimentações da disputa, Allemand aparecia como o candidato das “forças” da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Depois, foi destacada sua interlocução no Judiciário, assim como o apoio de Casagrande, que é da base do Governo Lula.
Única mulher
Inegável, também, que a campanha de Daniela foi forte desde o início, ganhando ainda mais corpo na véspera do anúncio, quando deputadas da bancada feminina – do PT, PSB, PCdoB, PDT, Psol e Solidariedade – enviaram uma carta a Lula em defesa dela, exaltando justamente a urgência da representatividade e inclusão no Judiciário.
Na atividade
Por falar em Casagrande, passou batido aqui, na semana passada, o encontro do ex-deputado estadual Renzo Vasconcelos (PSD) com o governador. O tema divulgado foi investimentos em Colatina, seu reduto eleitoral. Renzo aproveitou para reiterar que se coloca “à disposição para ser um agente ativo dessa construção”, leia-se candidato à prefeitura.
Dois nomes
A questão no município, vale lembrar, é que o atual prefeito, Guerino Balestrassi (Podemos), também é aliado de Casagrande e espera seu apoio no próximo ano. Em 2020, Renzo e Balestrassi caminharam juntos.
Circulando
O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (sem partido), como dito aqui na coluna passada, não desistiu das negociações com o PL para compor seu palanque, junto com o PP, partido que deve ser seu próximo abrigo. Ele se reuniu nesta quinta-feira (31) com mais uma liderança da legenda de Bolsonaro, o deputado estadual Callegari.
Repeteco
O PL, a propósito, realiza encontro em Vargem Alta (região serrana), na noite desta sexta-feira (1). O personagem principal será o ex-vereador Luciano Quintino, que deve disputar a prefeitura mais uma vez em 2024. No último pleito municipal, ele perdeu para o prefeito Elieser (MDB), sem representar ameaças. O placar foi de 63% dos votos a 16%.
Repeteco II
Assim como tem acontecido nos eventos da legenda Estado afora, Luciano tomará posse como presidente do diretório municipal. No convite, anúncio de presenças do senador Magno Malta, que dá direção ao PL capixaba, e Callegari.
Encolha?
O deputado estadual Fabrício Gandini, que está de saída do Cidadania, depois de aparecer com frequência nos holofotes políticos, está quietinho, quietinho…a porta aberta já conhecida é do PSD, com aval para disputar novamente a Prefeitura de Vitória.
Nas redes
“Quase meio milhão mais cara! Esse é o balanço final da Expo Linhares. Sim, a organização da festa gastou dinheiro, e não foi pouco! E quem pagou a conta foi você, fomos todos e todas nós (…) Fiscalizamos os contratos dos shows fechados, comparando-os a contratações similares realizadas este ano (…)?”. Professor Antônio César, vereador de Linhares pelo PV, ao divulgar denúncia feita ao Ministério Público (MPES).
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Pesos da balança
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