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Arena política

Bolsonaro e o golpe: PL vende o mantra de “perseguição” e esquerda faz atos por prisão

Reprodução Redes Sociais

A bomba que estourou no colo dos bolsonaristas nos últimos dias, devido ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022, primeiro deu lugar ao silêncio das lideranças e, agora, entrou na já conhecida estratégia do mantra da “perseguição”, utilizado em todos os casos policiais que envolvem o ex-presidente. Foi o que se repetiu no encontro realizado pelo PL capixaba nesse domingo (24), em Vitória, com a presença do vereador de São Paulo Fernando Holiday. Com a tradição ligação a Bolsonaro, o senador Magno Malta (PL) lançou frases no evento como “esse povo te ama, te aplaude e acredita na sua inocência”, além de “ora a Deus contra a perseguição” e “força”. No lado oposto, dos movimentos sociais de esquerda, a cobrança é por prisão, o que será reforçado em um ato nacional no próximo dia 10. A data faz referência ao Dia Internacional dos Direitos Humanos e pretende mobilizar, também, outros segmentos da população. A programação em cada cidade ainda não saiu, mas em breve, veremos o que ficará reservado ao Espírito Santo! E segue a pergunta: o que será de Bolsonaro, afinal?

Recapitulando…

O ex-presidente foi indiciado junto com mais 36 pessoas, entre elas o major de Colatina (noroeste do Estado), Angelo Denicoli. A investigação da Polícia Federal (PF) será enviada à Procuradoria-Geral da República, a quem caberá decidir o encaminhamento. Tem um porém…

Lá na frente

…apesar das expectativas atuais, nada deve acontecer este ano. Logo vem o recesso da Justiça e o caso ficará para 2025. Até lá, como já aconteceu, o assunto deve esfriar. Sigo de olho…

Articulação

Sobre os atos, são mobilizados por grupos do “Fora, Bolsonaro”, com organização das frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, como informa a Folha de S.Paulo. Os lemas da vez são “Bolsonaro na cadeia” e “sem anistia para golpistas”.

Nas internas

O prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), que jura não ter pretensões para 2026, não dorme no ponto e sempre aparece em conversas políticas. Os últimos que passaram por sua sala foram duas lideranças partidárias: o vice-governador, Ricardo Ferraço, que comanda o MDB; e o prefeito eleito de Colatina, Renzo Vasconcellos, presidente do PSD.

Nas internas II

As publicações do prefeito têm deixado nas legendas as entrelinhas “projetos futuros do Estado”. Arnaldinho, Ricardo e Renzo são aliados do governador Renato Casagrande (PSB), que terá a missão de manter seu grupo no poder nas próximas eleições. Hoje, Ricardo é tido como o candidato oficial, mas, sabe como é, tudo pode acontecer…

Derrota coletiva

Na eleição da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-ES), foram derrotados, junto com o atual presidente, José Carlos Rizk Filho, o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), o também deputado Mazinho dos Anjos (PSDB), e o vereador de Vitória Davi Esmael (Republicanos). Todos cabos eleitorais declarados da disputa.

As voltas do mundo

A propósito, enquanto Rizk “chora as pitangas”, Erica Neves, a campeã, vive dias de glória desde sexta-feira (22). Está com a agenda cheia de entrevistas e visitas a órgãos do sistema Judiciário. Em 2021, a situação era inversa.

Os números

E mais: tudo indica que nem mesmos os mais otimistas apoiadores de Erica apostariam no placar final, e nem os mais pessimistas do grupo de Rizk: 53,08% contra 32,59% foi uma distância e tanta para a polarização e a guerra instaladas. Parecia mais apertado.

Nas redes

“Infelizmente ainda não tinha sido pauta na CMV os ataques violentos à democracia realizados e descobertos nos últimos dias. Os ditos ‘defensores da pátria’ sequer comentaram sobre isso, porque talvez percebam agora o monstro que criaram incitando o ódio e construindo uma extrema direita que despreza as instituições do nosso país (…)”. Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT.

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