Projeto do empresário de tentar o governo andou nesta quinta-feira, com a saída do cargo de secretário da Fazenda em Vitória
O empresário Aridelmo Teixeira, que já tinha feito anúncios nas redes sociais mas sem tanta repercussão no mercado político, oficializou a entrada na disputa ao governo do Estado nesta quinta-feira (31), ao deixar o cargo de secretário da Fazenda de Vitória, dentro do prazo exigido pela legislação eleitoral. Ele divulgou esse projeto ainda no final de 2021, após cumprir as etapas do processo seletivo do seu partido, o Novo, que também aproveitou o atual momento para reforçar o palanque majoritário no Estado. Esta será a segunda tentativa de Aridelmo com foco no Palácio Anchieta. Em 2018, vendendo a marca de candidato do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), teve um desempenho inexpressivo, com apenas 3,2% dos votos. Dois anos depois, chegou a se colocar no jogo da eleição para prefeito em Vitória, mas foi só para valorizar o passe. Assim como outros ex-integrantes da gestão PH, acabou absorvido por Lorenzo Pazolini (Republicanos) como secretário da Fazenda, cadeira que deixa agora depois de protagonizar algumas polêmicas. As principais delas com os servidores municipais, em decorrência da reforma da Previdência, e com professores e entidades sociais, por frases como: “a educação de Vitória é de péssima qualidade” e “nossos alunos não aprendem”. Quer dizer, se não tiver recuo ou mudança de planos até o registro da chapa, em agosto, Aridelmo poderá chegar na campanha deste ano, diferente de 2018, com “contas a acertar”.
Mais do mesmo
Por falar em equipe de Hartung e Pazolini, o substituto de Aridelmo saiu do mesmo bolo. Trata-se de Bruno Pessanha Negris, ex-secretário de Estado da Fazenda e ex-presidente do Banestes, com também outros cargos públicos no currículo nos últimos anos.
Bloco PH
Com Aridelmo, aumenta a lista de candidatos do campo ligado a Hartung, adversário do governador Renato Casagrande (PSB). Oficializado, até agora, tem também o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). Já em processo…
Bloco PH II
…estão o prefeito de Linhares, Guerino Zanon (MDB), Audifax Barcelos (Rede) e o ex-deputado federal e ex-vice-governador, César Colnago. Nessa quarta-feira, Colnago deixou o PSDB e se filiou ao PSD, para onde também vai Guerino, deixando em aberto qual será o desfecho dessa negociação, já que os dois se dizem candidatos ao governo.
No páreo
Da gestão de Pazolini, também estão nas eleições a vice-prefeita Capitã Estéfane (Patri), e os seguintes quadros, também prestes a deixar o cargo: Neuzinha de Oliveira (PSDB), secretária de Direitos Humanos; Luzia Toledo (Republicanos), diretora da Companhia de Desenvolvimento, Inovação e Turismo, e o ex-vereador Sandro Parrini (União), secretário de Esportes e Lazer.
No páreo II
Capitã Estéfane, depois de alguns ruídos públicos com Pazolini, saiu do Republicanos e se filiou ao Patriotas, e vai disputar a Câmara dos Deputados. O mesmo fará Neuzinha, um voo alto para quem teve desempenho ruim na eleição à prefeitura de Vitória em 2020. Luzia Toledo deixou o esvaziado MDB e vai tentar retornar à Assembleia, objetivo também de Sandro Parrini.
Alto escalão
No governo Casagrande, na área das proporcionais, segue a dança cadeiras no alto escalão. Depois de Paulo Foletto (PSB), Alexandre Ramalho (vai se filiar ao Podemos) e Gilson Daniel (Podemos), já anunciaram a saída dos cargos Tyago Hoffmann (PSB), Marcus Vicente (PP), Givaldo Vieira (PSB) e Toninho da Emater (PSB). Todos candidatos das eleições de outubro.
Alto escalão II
Na disputa à Câmara dos Deputados, estão Foletto, Gilson Daniel, Givaldo e Marcus Vicente. O coronel Alexandre Ramalho quer o Senado, mas pode ficar pela Câmara também. Já Tyago Hoffmann e Toninho da Emater são candidatos à Assembleia.
Bipolaridade política
O ex-juiz Sergio Moro foi dormir batendo pé que não abriria mão da candidatura à Presidência da República pelo Podemos, inclusive com defesa de uma chapa com o União Brasil, e acordou anunciando saída do Podemos e filiação ao União, o que significa exatamente não disputar o governo federal. Olha…loucura, loucura…
Mãos abanando
E aquela festa toda dos correligionários do Podemos no Estado com a chegada ao partido de Moro, hein? O ex-prefeito de Viana e ainda secretário estadual de Planejamento (já, já acaba) Gilson Daniel e o senador Marcos do Val integravam, inclusive, a equipe de campanha do ex-juiz.
Nas redes
“Na minha opinião, deveríamos convergir para uma, no máximo duas candidaturas. Com o objetivo de subir o sarrafo do debate sobre o futuro do Brasil, sair dessa discussão rala. Precisamos derrubar os principais muros, ligados aos projetos pessoais”. Paulo Hartung e seus movimentos pela terceira via, em entrevista ao Estadão.
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Hartunguetes, para todo lado
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