Arranjos eleitorais

Em Colatina, Renzo Vasconcelos larga com dois partidos aliados e fecha chapa de quatro vereadores em busca de reeleição

As articulações em Colatina, noroeste do Estado, que orbitam em torno do palanque do ex-deputado estadual Renzo Vasconcelos, presidente estadual do PSD, contam, até agora com dois partidos aliados e uma chapa de quatro vereadores candidatos à reeleição. O panorama foi informado por ele em entrevista ao programa Política ES, da TV Século, quando também apontou críticas à gestão de Guerino Balestrassi (MDB), citando gargalos principalmente nas áreas de saúde e educação e a falta de um projeto de desenvolvimento e expansão, além de destacar a necessidade de ouvir a população e promover uma gestão mais humana na cidade. A principal perna do bloco é o Republicanos, comandado por lá por seu pai, Pergentino Júnior, figura conhecida e influente. A outra é o União Brasil, do secretário de Estado de Meio Ambiente e ex-deputado federal, Felipe Rigoni. Na Câmara de Vereadores, Renzo consegui atrair quatro vereadores que tentarão a reeleição: Coelho, que era do PSB; Kecia Bassetti, do PDT; João Marcos, do PL; e Angelo Stelzer, do União Brasil. O ex-deputado e empresário vai para a disputa com as marcas de 82,2 mil votos à Câmara Federal em 2022 e de campeão em Colatina, com mais de 24,3 mil, muito à frente do segundo colocado, o deputado Da Vitória (PP), com 7,4 mil. Caso tenha êxito, a disputa municipal será o degrau para voos mais altos – 2026…2030? Palavras do próprio Renzo: “O futuro a Deus pertence, mas, de fato, eu galgo caminhos longos com passos pequenos, para não desequilibrar. Quem sabe, à frente, o nosso Governo do Estado?”.

Território
Nos cenários das outras prefeituras, nos 78 municípios capixabas, Renzo diz que o PSD terá candidatos em mais de 20. Só um com mandato: Abraão Lincon, de Água Doce do Norte.

2026
Na projeção para 2026, o presidente estadual do PSD destaca que já debate as candidaturas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. E antecipa que filiará mais gente com mandato – ele tem, hoje, Fabrício Gandini. Os nomes, obviamente, são guardados a sete chaves, até que se abra a próxima janela partidária, só no ano da disputa.

Espaços
Quando chegar lá, a meta desenhada é de fazer um deputado federal e três estaduais. A conferir!

Em aberto
A propósito, sobre Gandini, Renzo garantiu que deu “total liberdade” e “carta branca” ao deputado para articular sua candidatura em Vitória. Não disse que o palanque é certo, nem descartado, e jogou a decisão para o deputado. Hoje, o fato é que Gandini não posa mais de candidato.

Dois lados
Renzo, como se sabe, é ligado ao governador Renato Casagrande, assim como seu adversário, Guerino Balestrassi. O PSB, porém, deve ficar com o prefeito em Colatina. O PP, do deputado Da Vitória, já declarou apoio, e outro partido que deve integrar essa coligação com o MDB, é o Podemos.

Lembrando…
…uma peça essencial do jogo no município segue sem cravar o que pretende fazer: o ex-prefeito Sergio Meneguelli e atual deputado estadual. Ele é do Republicanos, que está com Renzo, mas vez ou outra emite sinais confusos, inclusive de que poderia se candidatar. Por ora, não o vejo nesse projeto, depois da votação recorde à Assembleia e suas claras ambições voltadas ao Congresso Nacional.

Pacote
Em tempos de anúncios de reajustes aos servidores, com o detalhe do ano eleitoral, Balestrassi divulgou nesta semana que irá conceder 3,62% aos efetivos, comissionados e aposentados. Disse ainda que vai autorizar o aumento do salário base dos conselheiros tutelares e a adequação do piso do magistério, retroativo a janeiro.

Pacote II
Em Vila Velha, o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), também candidato, gravou vídeo para informar que assinou projeto de lei concedendo 5% de reajuste aos servidores e 100,00 a mais no tíquete-alimentação – R$ 700 no total.

Mais dois
Arnaldinho, aliás, chegou a mais dois partidos para seu arco de alianças: o Republicanos e o Partido da Renovação Democrática (PRD), resultado da fusão entre o PTB e o Patriota. O prefeito participou de eventos das duas legendas nesta quinta-feira (4), um dia após fechar com o MDB e o União Brasil. Ele já tinha o PSB e a própria sigla, o Podemos.

Virada do jogo
Interessante, nestes casos, é que o Republicanos aparecia como perna forte da aliança com o coronel Alexandre Ramalho (PL), que inclusive chegou a colocar um pé dentro da legenda. Já o PTB foi o braço do PL nas eleições passadas.

Nas redes
“(…) é com grande satisfação que anuncio o reajuste salarial de 5% para os nossos servidores. A Serra avança graças ao empenho de todo o funcionalismo. Eles são os pilares da gestão da nossa cidade (…)”. Sergio Vidigal, do PDT, em mais um anúncio de prefeito nesta quinta.

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