Partido grande e de relevância no País, o PSD não tem chapa na disputa à Câmara de Vitória, onde chegou, inclusive, a ter um pré-candidato à prefeitura, o deputado estadual Fabrício Gandini. O fato não é de se desprezar, ainda mais diante dos ruídos internos registrados desde os sinais da virada conduzida pelo presidente estadual, Renzo Vasconcelos, ao levar a legenda para o lado do prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), de quem Gandini é oposição. Quando assumiu o diretório na Capital, o deputado teria a missão de comandar as articulações e garantir a ocupação de espaços pelo PSD na primeira eleição com a legenda “sob nova direção”. Em agosto, com Renzo já “entregue” a Pazolini, Gandini anunciou que não participaria mais das definições de apoio na majoritária, nem da disputa proporcional. O deputado, de fato, se mantém distante do cenário majoritário, depois de integrar o bloco do palanque do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), mas nem tanto da disputa à Câmara. Ele pede votos para três concorrentes a uma cadeira no legislativo em Vitória: o vereador Vinícius Simões, que busca a reeleição, e Bruno Malias (PSB), ambos do PSB, e Mazinho Galvão, do Podemos. Os dois primeiros integram a coligação adversária a Pazolini e que antes o PSD apoiaria, de Luiz Paulo; o outro nenhuma, já que o Podemos resolver tratar só de proporcionais, depois do palanque frustrado da vice-prefeita, Capitã Estéfane. No final das contas, como dizem por aí, o PSD “prometeu tudo e não entregou nada”, e ficou como coadjuvante na disputa pela segunda principal vitrine política do Estado.
Cabo eleitoral
Em Vila Velha, Gandini apoia Marcos Rodrigues (PSB), neste caso, integrante da mesma coligação deu seu partido, a do prefeito, Arnaldinho Borgo (Podemos). No sul, em Muniz Freire, está em campo oposto. Postou foto ao lado de Sobreira (União), partido do palanque de Dito Silva (PSB), enquanto o PSD aderiu a Evandro Paulucio (PDT).
Cabo eleitoral II
Em Domingos Martins, o PSD tem candidato a prefeito, Fabinho Trarbach, e Gandini declarou apoio a três dos oito nomes à Câmara: Marquinho Simmer, Jean Cleres e Edivaldo Erlarcher, além de Rogério Manzoli e Capitão Gilmar Borlot, do Podemos, que integra o palanque. Por outro lado, está com Tiago Manegoni e Manoel Strey, do PP, do candidato adversário, Carlinhos Borboleta.
Cabo eleitoral III
Em Aracruz, o deputado pede votos para Jean Pedrini (PP), do partido do prefeito, Dr. Coutinho – o PSD não apoia ninguém. No município de Rio Bananal, para Gean França, do próprio PSD.
Escanteio
Do lado do deputado, a situação em sua base eleitoral, depois de disputar em 2020, não há como negar, terminou nada confortável. Fora da disputa, poderia atuar efetivamente na campanha com Luiz Paulo e se manter em meio aos holofotes. Mas tomou uma rasteira do próprio partido, que o recebeu com exaltações e promessas de autonomia. Afinal, Gandini e Pazolini, não dá!
Pontos em aberto
As perguntas que não querem calar: em qual momento o PSD mirou na construção de uma chapa de vereadores na Capital? Por que não vingou? Em tese, isso já estaria definido antes mesmo da virada do PSD, que ocorreu no fim do prazo do fechamento de alianças. Mistério…
Discrepâncias
No tabuleiro ampliado do PSD, em todo o Estado, foram lançados mais de 500 candidatos às câmaras municipais. Dos quatro principais colégios eleitorais, na região metropolitana, além de Vitória, não tem candidato também em Vila Velha. Na Serra, conseguiu fechar chapa completa, com 22, e, em Cariacica, emplacou 20 nomes.
Bloco
Em Colatina, reduto de Renzo, que disputa a prefeitura também ao lado do Republicanos, e ainda União e Avante, são 16 nomes do partido, três deles em busca da reeleição: Angelo Stelzer, João Marcos e Kécia Bassetti.
Bloco II
A virada para o lado de Pazolini, vale lembrar, passou por aí. Como já analisado por aqui, o presidente municipal do Republicanos é o pai de Renzo, Pergentino Júnior. O deputado estadual Serginho Meneguelli, vice-presidente da legenda e ex-prefeito com eleitorado cativo, já disse, porém, que não vai subir no palanque. Veremos mais à frente…
Nas redes
“(…) uma gestão, para ser boa, precisa envolver muitas pessoas, precisa de diálogo. Quanto menos centralização apenas na figura do prefeito, melhor para a cidade, melhor para as pessoas. Vitória sente saudades disso (…)”. Luiz Paulo Vellozo Lucas, em mais uma cutucada em Pazolini.
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Pedra cantada
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Cada um no seu quadrado
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