Em Vitória, Pazolini e aliados “deitam e rolam” com pesquisa. Na Serra, já tem divergências. Um detalhe em comum: sobram indecisos
Em Vitória e na Serra, pesquisas eleitorais tomam os bastidores políticos e as redes sociais nesta quinta-feira (9). Cada um destaca o número que convém, porque saiu “bem na foto”, e assim roda a prévia eleitoral de outubro deste ano. No primeiro caso, o Republicanos e aliados do prefeito, Lorenzo Pazolini, divulgam que ele pode ganhar no primeiro turno e, no segundo, leva em todos os cenários. Mas um dado da menção espontânea, considerado o termômetro ideal (não são apresentados os nomes), tem sido ignorado: 39% do eleitorado ainda não sabem ou não responderam em quem votar. O levantamento foi realizado pela Futura Inteligência para a Rede Vitória. Na Serra, o clima já é de disputa de dados, considerando que, recentemente, uma pesquisa da empresa Direta Propagandas e Eventos Ldta. cravou empate técnico entre o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) e Audifax Barcelos (PP), tanto na espontânea quanto na estimulada. Na ocasião, Muribeca não perdeu tempo e logo espalhou a parte que lhe interessava (ficou um pouco na frente na estimulada). Desta vez, os dados mudam em levantamento do Instituto de Pesquisa Qualitest divulgado pelo jornal local, Tempo Novo. O prefeito, Sergio Vidigal (PDT), já declarou que não será candidato à reeleição, mas lidera a espontânea (16,5%). Em seguida vem Muribeca (6%) e Audifax (3,8%). Sem Vidigal e na estimulada, quem lidera é Audifax (38,5%), que já garantiu seu marketing, e Muribeca alcança 24,1%. Mas agora vem, de novo, o mais relevante e não destacado. Lembra do termômetro da espontânea? Pois então, 60,5% dos entrevistados na Serra ainda estão indecisos. Quer dizer, tem é muita água ainda para rolar embaixo dessas duas pontes!
Cenário
No caso de Pazolini, as projeções de primeiro turno, espontâneas e estimuladas, orbitam entre 30,8% e 37,4%. O opositor principal do prefeito, deputado estadual João Coser (PT), que também aproveitou o momento e exaltou a segunda colocação, varia de 10,2% a 20,4%, a depender do recorte da Futura Inteligência/Rede Vitória.
Cenário II
No segundo turno, os dois avançariam e Pazolini levaria por 51% contra 40,1% de Coser. Resultado próximo, aliás, do que aconteceu em 2020: 58,5% a 41,5%.
Terceira via
No caso dos nomes de centro-direita que convergem em torno do governador Renato Casagrande (PSB), a menção espontânea mostra ainda números tímidos. Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), ex-prefeito conhecido e com articulações na rua, marcou o quarto lugar, com 2,5%…
Terceira via II
…o deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), que como esperado, tirou o time de campo, ficou com apenas 0,2%, e o também deputado Gandini, que não tem se movimentado, 0,3%. Sergio Majeski, que se lançou pelo PDT, atingiu o mesmo 0,3%.
Polos opostos
No campo da esquerda – ainda na espontânea -, junto com Coser, a deputada estadual Camila Valadão (Psol) foi citada por 2,8% dos entrevistados. No outro extremo, o deputado Capitão Assumção (PL) chegou a 1,8%.
Ranking negativo
No quesito rejeição, que é um dado para lá de importante, e quando foram apresentados os nomes, a ordem é assim: Assumção (48,1%), Coser (33,1%), Camila (23,3%), Pazolini (18,2%), Capitã Estéfane (Podemos), com 14,2%, Mazinho dos Anjos (PSDB), com 13,3%; Luiz Paulo (13,2%); Hoffmann (13%), Majeski (12,3%) e Gandini (10,8%).
De volta a Serra…
…o nome escolhido por Vidigal como sucessor, Weverson Meireles (PDT), alcançou apenas 0,3% na pesquisa espontânea, mesmo índice do representante do PL, vereador Igor Elson, e do petista Roberto Carlos. O empresário Wilson Zon, lançado esta semana pelo Novo, marcou 0,1%.
Olha só…
Um dado interessante da pesquisa contratada pelo Tempo Novo: 61% dos entrevistados aprovam a união entre os tradicionais adversários, Vidigal e Audifax. Nem parece que os dois grupos viveram guerras quase sangrentas nesses mais de 20 anos, hein?!
Nas redes
“A Serra confia na experiência de Audifax. Primeiro lugar disparado nas pesquisas”. Ex-prefeito, candidato pelo PP, em floreio nas redes sociais.
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Direita em ação
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