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Blocos de poder

Bancada capixaba na Câmara dos Deputados deve se dividir meio a meio entre Lula e oposição a partir de 2023

Ricardo Stuckert/ABr

As atuais articulações que visam garantir a base de apoio do próximo governo de Lula (PT) na Câmara Federal, caso sejam de fato consolidadas, devem dividir a bancada capixaba meio a meio entre o presidente eleito e a oposição, representada pelo partido de Jair Bolsonaro, o PL, que fez nada menos do que 99 deputados nas eleições deste ano. As conversas são puxadas pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que recebeu apoio do PT, PSB, PCdoB e PV para sua reeleição, e se movimenta, como contrapartida, para unir 14 partidos em torno de Lula. Na lista, como divulgado na imprensa nacional, aparecem, além do bloco acima, o União Brasil, MDB, PSD, Avante, Rede, Psol, Cidadania, Solidariedade, Pros e Podemos. Essa configuração reuniria cinco deputados eleitos da bancada capixaba, um deles eleitor declarado de Bolsonaro e defensor do voto casado com o governador Renato Casagrande (PSB) – “Casanaro” -, o ex-secretário estadual e ex-prefeito de Viana, Gilson Daniel. Os demais seriam os próprios petistas, Helder Salomão e Jack Rocha, o vice-prefeito de Vila Velha, Victor Linhares, também do Podemos, e o deputado reeleito, Paulo Foletto (PSB). No caso do Podemos, como já tratado aqui, os interesses se intensificaram após a fusão com o PSC, que fechou 18 cadeiras na Câmara. Toda essa matemática partidária garantiria a maioria do plenário – 286 votos de 513 -, freando a sede bolsonarista, que vem com tudo em 2023.

Outro lado
No bloco de oposição, estarão a outra parte da bancada do Estado. Do PL, somente o atual vereador de Vitória, Gilvan da Federal, mas também um dos vice-líderes do governo federal, Evair de Melo (PP), Da Vitória (PP) e Amaro Neto e Messias Donato, ambos do Republicanos.

Só continência
Na atual legislatura, os dez deputados capixabas, raras vezes, não votaram majoritariamente com o governo Bolsonaro, inclusive em temas polêmicos e de repercussão negativa perante a população. As únicas exceções eram, sempre, o próprio Helder Salomão e o suplente Ted Conti (PSB), que cumpriu o mandato no lugar de Foletto.

Lá e cá
Gilson Daniel, vale reforçar, poderá ficar por aqui mesmo e abrir espaço para o ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, o próximo da chapa do Podemos. O ex-prefeito negocia assumir uma pasta novamente, mas desta vez, de maior visibilidade. Seguimos de olho…

Estratégias
No Senado, onde a situação é mais complicada, as costuras seguem no sentido de o PT formar um bloco com o MDB, União Brasil e PSD, somando 40 parlamentares. A maior bancada partidária é a do PL, com oito cadeiras, entre elas, do eleito pelo Estado, Magno Malta.

Divisões
Dos outros senadores da bancada capixaba, Fabiano Contarato é correligionário de Lula e deve ter um papel de destaque na próxima legislatura no embate com o bolsonarismo, e Marcos do Val (Podemos) é pró-Bolsonaro.

‘Sei’…
Por falar em Magno, o senador eleito integra o grupo de filiados ao PL que têm lançado aos quatro cantos que abririam mão da eleição, dentro da narrativa furada do partido de questionar somente o resultado do segundo turno eleitoral, que consagrou a vitória de Lula. Gilvan da Federal também já fez o mesmo nas redes sociais. A postura tem gerado rachas internos.

Atrás do prejuízo
Inclusive, nesta quarta-feira, o PL recorreu da multa estipulada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, no valor de R$ 22,9 milhões. A determinação foi após a análise do pedido para invalidar parte dos votos do segundo turno. Moraes apontou litigância de má-fé.

Atrás do prejuízo II
Na nova medida do PL, para se livrar da bolada, é argumentado que “não teve a intenção de causar qualquer tumulto no processo eleitoral brasileiro”. Imagina…

Nas redes
“Bolsonaro zerou o caixa das universidades e dos institutos federais. Não há dinheiro para serviços básicos para o funcionamento das instituições de ensino, como limpeza e segurança. Essa medida absurda foi tomada nesta segunda-feira, enquanto o país vibrava com o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo (…). Iriny Lopes, deputada estadual pelo PT.

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