Atualizações de Cachoeiro: candidato do PL arranca “take” de Bolsonaro; trio segue “junto e misturado”; e secretária Lorena Vasques se fixa nas cotações
O panorama inicial das eleições do próximo ano em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, não para de registrar novos capítulos. No campo do PL, o vereador Juninho Corrêa, cabeça de chapa, espalhou nessa segunda-feira (26) um vídeo com o ex-presidente da República, gravado em Brasília, ao lado também do senador Magno Malta. É um “take” rápido, que fala de homenagem e um aceno distante de uma visita ao Estado, mas que, para efeito externo, o legitima como “candidato de Bolsonaro” no município. Já o trio que se formou, unindo blocos divergentes, segue com movimentos casados. Os deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União) e o secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória, Diego Libardi (Republicanos), oposição mais do que declarada ao prefeito Victor Coelho (PSB), anunciaram caminhar juntos e assim aparecem, também, em eventos na cidade, como na Feira da Bondade, no último dia 17, que rendeu vídeo publicado nas redes sociais. No bloco da situação, aquela possibilidade de o prefeito arrumar uma solução caseira para o palanque de sucessão tem ganhado força. O nome que se fixa nas cotações é o da secretária de Serviços, Lorena Vasques, que, recentemente, passou a responder, também, pela pasta de Obras. Dois pratos cheios para garantir visibilidade e contato direto com o eleitorado. A não ser o palanque de Juninho, o que poderá mudar nos próximos meses e como atuará o peso da mão do governador Renato Casagrande (PSB)? É o que veremos!
‘Está ok’
O vídeo de Juninho mostra a entrega de uma homenagem a Bolsonaro em nome da Câmara de Cachoeiro, “por tudo o que ele fez pelo Brasil e ainda faz nos bastidores”. Diz ele que foi aprovada pela maioria, mas “sempre tem aquele que masca”. Na sequência, o vereador convida o ex-presidente a visitar o munícipio: “obrigado; está ok; e tento oportunidade, será um prazer” foram os comentários curtos de Bolsonaro.
Mistura
Sobre o trio, cheguei a comentar aqui, numa coluna de julho, as trocas de elogios em agenda entre Dr. Bruno Resende e Libardi. As sinalizações evoluíram e incluíram Allan, mas reservam fortes contradições. Dois deputados da base, que até outro dia eram considerados na linha de sucessão de Victor, e um adversário ferrenho. Quero só ver onde a estratégia vai parar…
Espaço na mesa
O que se vende, agora, é que o nome que tiver melhor na foto na disputa à Prefeitura de Cachoeiro irá liderar a chapa, com apoio dos demais – vice não cabe para nenhum dos três. Na prática, o fato é que, assim, os deputados se colocam no jogo, com poder de negociação na mesa.
Escada
Já Lorena Vasques vem subindo degraus na gestão de Victor Coelho. Começou como secretária de Administração, função que não chega ao eleitorado, passou para Serviços neste ano, o que já mudou o contexto, e acumulou, há quase um mês, Obras, a pasta cobiçada por qualquer pessoa com ambições eleitorais. No mais, me parece um perfil com potencial para ganhar capilaridade em Cachoeiro. Sigo de olho!
Lembrando…
Outros integrantes do secretariado cotados nos últimos meses foram Márcia Bezerra, do Desenvolvimento Social, e o vice-prefeito, Coronel Guedes (PSB). Hoje, apostaria que Lorena assumiu a dianteira da fila.
Tem mais…
No cenário, citado aqui algumas vezes, aparece ainda o presidente da Câmara de Vereadores, Brás Zagotto, do mesmo partido de Allan. É uma liderança presente nos pleitos do município, mas, sei não, tenho minhas dúvidas se erguerá palanque para prefeito.
Números
Sempre bom repetir o resultado das urnas, embora as disputas tenham características totalmente diferentes. Allan chegou à Assembleia com 15,1 mil votos, Bruno com mais que o dobro: 31,8 mil. Os outros também participaram do pleito em 2022, só que à Câmara dos Deputados: Júnior Corrêa alcançou 37, 7 mil votos; Libardi 18,7 mil; e Brás Zagotto 9,8 mil.
Estratégias
Saindo de Cachoeiro…a bancada do PT no Estado se reuniu nesta terça-feira com a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, e o secretário-geral, Henrique Fontana. Todos falaram depois de “reconstrução” e “união”. Leia-se o senador Fabiano Contarato, os deputados federais Helder Salomão e Jack Rocha, e os estaduais João Coser e Iriny Lopes. Alguma dúvida de que a pauta foi as eleições de 2024?
Nas redes
“Levei um soco na garganta e em seguida fui agarrado pelo colarinho [por Evair de Melo, do PP]. Fora as inúmeras ofensas impublicáveis, como por exemplo Felipe Barros [PL-PR] que, aos berros, me chamava de filho da puta (…) Essa turma é a mesma que tentou dar o golpe de Estado. Não conseguiram e agora tentam se impor aqui no parlamento (…) Fascistas não passarão!”. André Janones, deputado federal pelo Avante-MG.
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Cartas na mesa
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