Reta final da disputa na Serra tem cabo eleitoral para todo lado e…tome guerra!
A poucos dias da votação em segundo turno, neste domingo (27), os ânimos na Serra, única cidade do Estado a ir novamente às urnas, seguem acirrados, com intensificação da guerra judicial e das acusações, e cada vez mais cabos eleitorais em campo para convencer a população. Na noite dessa segunda-feira (21), o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), se consolidou como o principal nome para tentar uma arrancada de votos em favor do deputado estadual Pablo Muribeca, seu correligionário. Os dois desfilaram em carreata pelo município, juntos com o presidente estadual da legenda, Erick Musso, demarcando território contra o bloco que se une do lado oposto, do candidato Weverson Meireles pupilo do prefeito Sergio Vidigal, e palanque mais do que apoiado pelo governador Renato Casagrande (PSB), que voltou às ruas com a dupla do PDT nesta reta final. Pazolini puxará mais uma atividade de campanha na noite desta terça (22), chamada de “Virada 10 – pela paz na Serra”, no Centro Comunitário de Laranjeiras, que deve contar ainda com parlamentares do partido. As trincas opostas remetem ao pleito de 2026, quando o bloco Erick-Pazolini chegará com muita “sede ao pote” depois de se manter à frente da Capital logo no primeiro turno, para tentar tirar o poder das mãos de Casagrande. No caso da Serra, como se sabe, está em jogo o maior colégio eleitoral do Espírito Santo! Faltam mais quatro dias de vale-tudo…
E os outros?
Do lado de Muribeca, lideranças do PL, partido que, na teoria, resolveu não firmar apoio na atual fase da disputa, já pedem votos declarados. Dizem não abraçar 100% o candidato Muribeca, mas argumentam o combate ao “império do mal”, leia-se a esquerda. Eles ligam Weverson ao PT, Rede e Psol. No caso do PT, o candidato chegou a rejeitar publicamente a aliança, nos outros não tem jeito, estão na coligação.
E os outros II?
O deputado Lucas Polese foi o primeiro a inaugurar esse mantra, e entrou no jogo também Callegari, em vídeo publicado nessa segunda. O candidato do partido derrotado na Serra, Igor Elson, que recebeu 7,6% dos votos e chegou a declarar neutralidade, tem feito o mesmo movimento.
E os outros III?
Weverson ganhou um apoio representativo, do deputado estadual Hudson Leal, que é do Republicanos, mas declarou guerra a Muribeca há meses, inclusive com denúncias no plenário da Assembleia Legislativa. Ele as repetiu em vídeo de campanha, contrapondo, como médico, a principal investida do candidato do Republicanos para desgastar a atual gestão, que é a área de saúde.
‘Pão e circo’
Hudson reitera na campanha o que diz sobre o “colega” de partido e de plenário, que aponta fazer a política do “pão e circo”, com invasões de hospitais e denúncias falsas – ele tem mostrado a gravação de um ex-funcionário de Muribeca, que simularia pedidos de ajuda da população por negligências em unidades de saúde.
Lembrando…
O deputado se empenhou, no primeiro turno, em eleger o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que foi a “zica” da eleição na Serra, após aparecer como líder das pesquisas durante toda a campanha. Agora pulou para o lado de Weverson, e segue na meta de derrotar o correligionário. A pergunta que não quer calar se mantém: como tem sido essa questão dentro do Republicanos, hein?!
Espaços
O partido liderado por Erick Musso tem na eleição da Serra uma outra estratégia essencial para 2026: garantir mais um município da região metropolitana. Isso porque, embora o Republicanos tenha levado a Capital, aliados de Casagrande já dominaram três importantes municípios, com votações “estrondosas”: Vila Velha, com Arnaldinho Borgo (Podemos); Cariacica, com Euclério Sampaio (MDB); e Viana, com Weverson Bueno (Podemos).
Espaços II
Ainda na região, porém mais distante do centro principal, o Republicanos elegeu Rodrigo Borges, em Guarapari, e o Podemos, partido da primeira fileira de apoio a Casagrande, Eleazar Lopes, em Fundão.
‘Modus delegado’
Nesse embate PDT versus Republicanos, não tem como ignorar a grave acusação feita pela campanha de Weverson: Pazolini teria feito uma ameaça em telefonema ao secretário-chefe da Casa Civil de Casagrande, Juninho Abreu, manifestando insatisfação em relação ao tratamento recebido de apoiadores do PDT, e com aviso de que voltaria a Serra armado – seus assessores também. É assim que funciona, mesmo?
‘Modus delegado’ II
Juninho, que tem relação com os dois lados, teria dado o recado. A questão foi divulgada em nota nesse sábado (19). Depois, o silêncio se instaurou.
Nas redes
“(…) estivemos na Polícia Federal para solicitar reforço na segurança e exigir a investigação dos ataques que nossa campanha tem sofrido. O desespero do meu oponente é evidente, com fake news, calúnias e até pessoas de outras cidades sendo trazidas para incitar ódio e violência (…)”. Weverson Meireles, em mais um capítulo do embate instalado na Serra.