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Cada um na sua

A união inédita do PT com o Psol em alguns estados do País para as eleições de 2020, consolidando um movimento contra o governo Jair Bolsonaro, não deve vingar no Espírito Santo. Embora a estratégia seja evitar o avanço das forças de direita e promover o alinhamento de pautas em comum, sempre houve, por aqui, muita resistência em juntar os dois partidos, vinda principalmente do Psol, que tem como suas principais lideranças hoje Camila Valadão e André Moreira, ambos com experiência em disputas e críticas radicais aos caminhos trilhados pelo PT no Estado nos governos passados de Paulo Hartung e Renato Casagrande. No pleito de 2018, apesar das tentativas de se unir à legenda, o PT capixaba não conseguiu evitar o isolamento, rejeitado pelas demais siglas partidárias. Já o Psol, em nome da preservação de sua linha ideológica, fechou somente com o PCB, impedindo, assim, a conquista de uma cadeira na Assembleia Legislativa após votação expressiva obtida por Camila – 16,8 mil. O cenário hoje é outro, com os dois partidos se posicionando da mesma maneira em várias questões, mas nem por isso, o mercado político considera possível essa aliança no Espírito Santo. O PT já estaria, inclusive, em conversa adiantada com Casagrande para apoiar palanques municipais que integram o projeto de sucessão do governador em 2022. Outra constatação de que, no Espírito Santo, tudo indica, permanecerá “cada um no seu quadrado”.

Sobrevivência

Matéria divulgada em O Globo há poucos dias aponta que o PT já teria fechado apoio à candidatura dos deputados federais Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro, e Edmilson Rodrigues, em Belém (PA), que integrou os quadros do partido, mas migrou para o Psol depois do escândalo do mensalão.

Sobrevivência II

No Rio, a aliança muda o quadro registrado nas últimas disputas de Freixo, quando teve como adversários exatamente candidatos apoiados por petistas. Assim como Edmilson, que em 2012 e 2016 concorreu contra o PT.

Sobrevivência III

O PT ainda prevê aliança com outros partidos de esquerda como o de Manuela D’Ávila (PCdoB) em Porto Alegre, que foi vice de Fernando Haddad, em uma chapa que também pode atrair o Psol e o PDT. Os mesmos partidos costuram alianças em Belo Horizonte e Florianópolis.

Destaque

Voltando no Psol capixaba, qual será a estratégia do partido para a Capital em 2020? Apostar novamente em Camila Valadão, que obteve a maior votação do partido para a Assembleia, superando Brice Bragato em 2006? Ela já figurou como quinta vereadora mais votada de Vitória, e ficou de fora, também, por falta de legenda.

Cara, crachá

Assim como na reforma Trabalhista, que marcou os parlamentares da bancada capixaba favoráveis à proposta, já tem quadrinho circulando nas redes sociais com a foto 3×4 dos deputados do Estado que apoiaram a reforma da Previdência, ao todo oito de dez – de fora, somente Helder Salomão (PT) e Sérgio Vidigal (PDT).

Não desiste

O vereador de Vitória, Davi Esmael (PSB), passou de novo do ponto. A investida para derrubar a Lei n. 8.627/2014, que sanciona toda forma de discriminação no município de Vitória, incluindo a LGBTfobia, é mais do que um retrocesso. A proposta, articulada com pastores evangélicos, precisa o quanto antes encontrar resistência e ser alvo de repúdio, para evitar a votação em regime de urgência, como pretende Davi.

Cabo de guerra

Em Guarapari, o legislativo municipal anunciou que irá representar contra  o prefeito Edson Magalhães (PSDB) por crime de responsabilidade no Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas, após aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A medida foi recomendada no parecer da Comissão de Redação e Justiça.

Cabo de guerra II

Os vereadores reclamam que o prefeito deveria ter apresentado documentação para comprovar a criação do Fórum Municipal do Orçamento, em que a população participaria da elaboração da LDO, oque não aconteceu. Desta forma, nem a população, nem a Câmara participam dos debates, obrigatórios por lei.

PENSAMENTO:

“Os desconfiados desafiam a traição”. Voltaire

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