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Caiu no colo

Gilson Daniel tem o primeiro abacaxi no novo cargo: reposição inflacionária de policiais e bombeiros do Estado

Lissa de Paula/Ales

A reivindicação da frente de policiais (PM e PC) e bombeiros do Estado pela recomposição inflacionária, coloca no colo do novo secretário de Governo, Gilson Daniel (Podemos), seu primeiro abacaxi político. As tensões entre os dois lados se acumulam desde o ano passado, sem nenhum sinal de consenso ou recuo. O governador Renato Casagrande diz que está proibido de autorizá-la, como determina lei federal do presidente Jair Bolsonaro, de socorro aos municípios. Já as forças da Segurança Pública apontam o contrário: a mesma lei não impede a reposição com base na inflação. E nada do nó desatar! Logo que o presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes) e ex-prefeito de Viana foi anunciado na cadeira, há poucos dias, a Frente Unificada de Valorização Salarial (FUVS) voltou a cobrar que seja aberta a mesa de negociação para tratar da questão, vetada em 2020, quando explodiu a pandemia do coronavírus. Ofícios já estão no governo, no aguardo de respostas. Há um ano, as partes demoraram dias para definir um reajuste escalonado, que rendeu protestos, ameaças de operação-padrão, faíscas trocadas e lembranças da greve de 2017. A condução do processo ficou por conta de Tyago Hoffmann, ex-coordenador de Governo e homem de confiança do governador, hoje realocado na gestão estadual. Agora é com Gilson Daniel, reconhecido por suas habilidades políticas, mas ainda em teste para apagar focos de incêndio como esse. A crise na área continua, o problema (e a pandemia) também.

Em campo
A propósito, o gabinete do secretário de Governo anda movimentado. Tem recebido prefeitos e comandantes de outras pastas estaduais, como mostram fotos publicadas nas redes sociais.

Em campo II
Quem também está com ritmo frenético em visitas e conversas é o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), ameaçado de perder a função por ações impetradas no Supremo Tribunal Federal (STF). Prefeito, vereador, representantes do governo, e por aí vai! Na sessão mesmo…nada de Erick!

Estratégia
O PSB, que colocou Casagrande como pré-candidato à Presidência da República em 2022, causando burburinho no mercado, divulga notícias em seu site que apontam o governador como “referência nacional na condução do combate à pandemia da Covid-19”. Cita disponibilização de leitos para pacientes de fora do Estado, estabilização da crise, investidas em vacinas e críticas ao presidente Bolsonaro, a quem faz oposição.

No jogo
A absolvição do ex-presidente Lula pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do Triplex, nessa segunda-feira (8), deixou os petistas capixabas em polvorosa. Até segunda ordem, o insere no jogo eleitoral de 2022. Se assim for, para o PT capixaba, será um reboque importante na saga de recuperar espaços perdidos desde 2016.

No jogo II
No último pleito, o partido até registrou bom desempenho do ex-prefeito João Coser, em Vitória, e de Célia Tavares em Cariacica, que foram para o segundo turno, mas os resultados, no geral, ainda foram pífios.

Absurdo é pouco
A investida do vereador de Vitória Gilvan da Federal (Patri) contra Camila Valadão (Psol), também nessa segunda, Dia Internacional da Mulher, repete o que tem sido uma constante no plenário da Câmara Municipal. Os discursos muitas vezes são fora do tom, desagradáveis e questionáveis. Desta vez, foi sobre – pasme! – traje e linguagem. Até quando?

Absurdo é pouco II
O ataque de Gilvan foi a blusa da vereadora com um ombro à mostra e por usar o pronome neutro “todes”. “Quem quer respeito, se dá o respeito” foi uma das frases utilizadas por ele para constranger e cercar a vereadora. Haja estômago!

Repercussão
A história foi parar no jornal Folha de S.Paulo, com as falas de Gilvan e de Armandinho Fontoura (Podemos), que também voltou a “corrigi-la” sobre o uso de todes, tema já debatido no plenário da Câmara na última semana. No legislativo da Capital, como se vê, não basta desrespeitar uma posição divergente uma única vez…

Pularam fora
O deputado estadual Adílson Espíndula (PTB) se retirou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Licenças e Luciano Machado (PV) da CPI da Fundação Renova, Vale, Samarco e BHP. Os dois eram suplentes. Nunca é demais lembrar: está tudo parado nos colegiados da Assembleia.

NAS REDES
“Quero deixar meu abraço solidário para as vereadoras Karla Coser [PT] e Camila Valadão [Psol], que constantemente são desrespeitadas por seus pares na Câmara Municipal de Vitória. Não se calem! Sigam de cabeça erguida e contem sempre comigo”. Helder Salomão (PT), deputado federal, no Twitter.

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