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Caldo entornado

Greve de servidores públicos e convocação de bolsonaristas para resistências ao passaporte da vacina. Alô, 2022!!

Reprodução/Redes sociais

Possível greve de servidores públicos e convocação de bolsonaristas para resistências à exigência do passaporte da vacina em estabelecimentos comerciais. Como esperado, o ano já começa “quente” e com turbulências para o lado do governador Renato Casagrande (PSB), o que irá se agravar nos próximos meses, até as eleições de outubro. No primeiro ponto, essa deve ser a reação do funcionalismo público ao anúncio feito nesta segunda-feira (31) de reajuste de 6% aos servidores, com acréscimo de 4% para os da área de Segurança Pública. O índice causou revolta por estar abaixo da inflação acumulada e representa um atrito a mais no impasse que perdura desde 2020, sem afrouxar a corda. Os próximos dias serão de articulações e assembleias para definir sobre as mobilizações. Promete! Já o passaporte, que passou a valer também nesta segunda, com exigências de terceira e quarta doses contra a Covid-19 em bares, restaurantes e eventos, em decorrência do atual cenário caótico da pandemia, foi o tema principal do dia dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro no Estado. Os de sempre: casal Carlos (sem partido) e Soraya Manato (de saída do PSL) e o ex-senador Magno Malta (PL), que chegou ao cúmulo de gravar vídeo para que os capixabas reajam à exigência, confrontando pessoalmente os estabelecimentos que cobrarem o documento, além de inflar uma manifestação pelas ruas, como já tem ocorrido em alguns estados. Alô, 2022!

Mais
Antes do anúncio, o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) já havia publicado um levantamento informando que 17 governadores anunciaram o pagamento de recomposição inflacionária, a maioria na casa dos 10% para cima. As perdas, somente no atual governo, foram de 20%, aponta a entidade.

Nem sinal
Lá atrás, em julho do ano passado, ainda em sua prestação de contas na Assembleia, Casagrande avisou que concederia um reajuste no início deste ano, mas considerando o que “cabe dentro do caixa” e que “talvez não dê de uma só vez”. Isso aconteceu, de fato. A mesa de diálogo que seria aberta, porém, nem sinal, como se queixam os servidores. Agora, é esperar para ver!

Ideia fixa
Fui e voltei e Manato ainda está na insistência para se filiar ao PL, de Magno, que já fechou as portas? “Ô dó!”.

Ideia fixa II
Soraya, ao contrário do marido, já decidiu que irá para o PTB na janela partidária, em março. É o mesmo partido que espera Carlos Manato há meses, mas ele não finaliza essa novela, atrás do presidente. E o tempo corre…

Bloco
Por falar em bolsonaristas, um dos cotados para o Senado, o deputado federal Da Vitória (de saída do Cidadania), se reuniu com representantes de entidades da segurança pública para debater o Projeto Político Militar, que investe em candidaturas internas. O grupo obteve êxito em 2018, no auge da “onda Bolsonaro”, mas não repetiu o desempenho no pleito municipal seguinte. Agora, se articula para ocupar novos espaços.

Dois senhores
Policial militar, Da Vitória está sempre na lista de nomes do projeto. Mas, como já tratado aqui na coluna várias vezes, atua intensamente em dois polos totalmente antagônicos. Os policiais estão na linha de oposição ferrenha a Casagrande e sinalizam apoio ao palanque de Manato. Já o deputado não esconde seu bolsonarismo, mas é chegado a Casagrande, a ponto de poder se candidatar por seu grupo.

Aliado fiel
Da Vitória, que há meses anunciou mudança de partido, vai migrar para o PP, aliado de primeira fileira do governo, apesar de abrigar um bolsonarista raiz, o também deputado Evair de Melo. A candidatura, seja ao Senado ou à reeleição, será por esse partido, comandado pelo secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente, fiel escudeiro do governador. Quero só ver essa mistura…

Nas redes
“Vou acionar o Tribunal de Contas da União para que faça ampla auditoria dos gastos de cartão corporativo do presente da República, que estão altíssimos e superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros. Apenas em 2021, as despesas chegaram a quase R$ 12 milhões”. Fabiano Contarato, senador pelo PT.

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