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Caldo entornado

Saída do secretário de Gestão, Marcelo Calmon, e abono sem diálogo: os novos capítulos de tensão entre servidores e governo

Seger

Em um dia, protesto para cobrar respostas às demandas dos servidores e pedir a saída do secretário de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon, acusado de trancar a pauta. No outro, anúncio de abono sem diálogo com a entidade representativa, o Sindipúblicos, e com valor abaixo do pago em 2022. Os fatos sucessivos da semana passada são os novos capítulos de tensão entre servidores e o governo. Nesta segunda-feira (27), os projetos dos abonos começaram a tramitar na Assembleia Legislativa e somam R$ 1,5 mil para os professores e R$ 1 mil para os demais servidores. O anúncio, feito pelo governador Renato Casagrande (PSB), pegou o sindicato de surpresa e colocou ainda mais carga na insatisfação acumulada em relação a Calmon. Os valores, critica o Sindipúblicos, vão “contra o cenário econômico capixaba”, citando nota A no Tesouro Nacional, superávit e aumento de arrecadação. “A conta não fecha. A economia melhora e o abono piora?”, questiona. O Sindipúblicos aponta “desrespeito” e avisa que vai a Casagrande cobrar o compromisso de valorização salarial, “sabotado constantemente pelos jabutis de Calmon da Seger”. Esses mesmos “jabutis”, segundo eles inseridos para tentar prejudicar os servidores, foram levados em faixa ao recente ato, que reivindicou a reestruturação da carreira dos funcionários com cargos extintos na vacância e a suspensão do contrato com a empresa MGS (Minas Gerais Administração e Serviços SA), que visa terceirizar 1,1 mil cargos de nível médio. O abono não tem mais solução, deve passar na Assembleia nesta terça-feira (28), em regime de urgência; a saída de Calmon também não parece ser uma medida com chance de ser acatada por Casagrande. Resta saber, então, como se desenrolam as outras demandas deste ano e como essa corda chegará em 2024, para a próxima campanha salarial: frouxa ou ainda mais esticada? A conferir!

Alcance
No caso da educação, o abono de R$ 1,5 mil contempla 21,7 mil servidores. No ano passado, o valor foi de R$ 7,2 mil, uma “medida excepcional”, para cumprimento do limite mínimo de 25% de investimentos na educação, previsto na Constituição Federal.

Alcance II
Já os demais servidores são 72,9 mil ao todo e será pago R$ 500 a menos do abono de 2022. O projeto inclui ativos, estatutários, celetistas e contratados por designação temporária; aposentados e pensionistas dependentes de ex-servidores beneficiários do Regime Próprio da Previdência Social, e ainda aqueles que recebem complementação de aposentadoria vinculados ao executivo.

Voto cobiçado
Evento da Igreja Maranata no Maanaim, em Domingos Martins, nesse domingo (26), atraiu a classe política em peso. Passaram por lá Casagrande e o vice, Ricardo Ferraço (MDB); os deputados federais Da Vitória e Evair de Melo, ambos do PP, e Messias Donato (Republicanos); os estaduais Capitão Assumção (PL), Callegari (PL), Denninho (União), Janete de Sá (PSB), Alcântaro (Republicanos) e João Coser (PT)…

Voto cobiçado II
…e ainda o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), acompanhado da sua dupla do tour pelas igrejas evangélicas, vereador Davi Esmael (PSD), além de Arnaldinho Borgo (Podemos), de Vila Velha, e Euclério Sampaio (MDB), de Cariacica.

Voto cobiçado III
Outra presença foi do casal Carlos (PL) e Soraya Manato, os dois derrotados nas eleições de 2022 ao governo e à Câmara Federal, respectivamente. Ela acaba de deixar o PTB, devido à fusão com o Patriota. Por ora, os dois não aparecem no cenário das eleições de 2024. Na semana passada, aliás, Carlos Manato visitou a Assembleia.

Palanques
Desse bolo todo, estão no páreo no ano que vem e se movimentam há meses nas áreas das igrejas, Pazolini, Assumção e Coser, em Vitória; Arnaldinho, em Vila Velha; Euclério, em Cariacica; e Alcântaro, em Aracruz.

Circulando
A área jurídica também não ficou de fora. O conselheiro Domingos Taufner, eleito há quase um mês presidente do Tribunal de Contas (TCES), participou do evento, assim como a procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, que enfrenta disputa interna de poder com seu padrinho político, o desembargador Eder Pontes.

Opção à esquerda
Em Cariacica, pela primeira vez, o Psol vai apresentar candidaturas à Câmara de Vereadores. Os nomes já definidos, em plenária nesse sábado (25), são do servidor público Hudson Vassoler e do professor da rede estadual de ensino Antônio Barbosa.

Opção à esquerda II
Hudson integrou o Conselho de Saúde e já tentou a Câmara Federal. Já Antônio coordena a rede de cursinhos populares AfirmAção e é presidente do diretório municipal do Psol.

Nas redes
“Estou te esperando lá! Um novo ciclo na minha vida vai começar e quero que você faça parte desse momento. Próximo sábado, dia 2 de dezembro, às 9h, no Hotel Serra Grande. Conto com a sua presença pra darmos início a essa nova etapa, juntos!”. Audifax Barcelos, ex-prefeito da Serra, em convite para evento de filiação ao PP.

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Um olho no peixe…

No caminho entre o governo e a Ales, ruídos inesperados no tíquete e alertas religados. Casagrande, Marcelo Calmon…faltou combinar?


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/um-olho-no-peixe-1-1

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