Anúncio de reajuste em Viana mostra, mais uma vez, como Gilson Daniel ergueu duas potentes máquinas para chegar à Câmara dos Deputados
O anúncio do envio à Câmara de Vereadores do projeto de lei para reajustar em 30% os salários dos professores em Viana, feito nesta quinta-feira (14) em vídeo nas redes sociais, mostra, mais uma vez, como o secretário de Estado de Governo, Gilson Daniel (Podemos), ergueu duas potentes máquinas para trilhar seu caminho à Câmara dos Deputados em 2022. Primeiro, tratou de encontrar um nome, até então desconhecido do mercado político, para fazer como seu sucessor, e conseguiu, elegendo seu ex-secretário e atual prefeito, Wanderson Bueno (Podemos). Desta forma, se mantém com os dois pés dentro da gestão municipal, participando de todos os atos, solenidades e anúncios em áreas estratégicas, como esse de agora – pagamento retroativo a janeiro -, que é uma demanda antiga em todo o Estado, potencializada durante a pandemia do coronavírus. Depois, já com a garantia da manutenção do poder na prefeitura, município que é seu reduto eleitoral, recebeu outra cadeira, tão lucrativa quanto, e por onde mantém, desde o início deste ano, intensas articulações políticas com prefeitos e lideranças, sem falar das palestras e incansáveis agendas na Grande Vitória e no interior. No anúncio desta quinta, Wanderson, como de costume, passou o mérito do reajuste a Gilson, ao dizer que “recebeu a melhor Educação do Espírito Santo”, afirmando que o compromisso foi feito há um ano, junto com Gilson, que não perdeu tempo: “Preparamos a cidade para avançar ainda mais”. A pouco menos de um ano do pleito, o secretário já vai fazendo “barba, cabelo e bigode” junto ao eleitorado. Imagina só em 2022…
Espaços
Essa condição toda criada em torno de Gilson Daniel, não à toa, este ano já gerou ruídos na própria base do governador Renato Casagrande (PSB). A tendência é piorar. Em movimentações pré-eleitorais, todo mundo quer garantir seu lugar ao sol.
Campanha
O ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) também segue avançando pelo interior e em eventos em câmaras municipais. A mais recente foi em Colatina, noroeste do Estado. A temática é apresentada como “Práticas democráticas e gestão pública em tempos de pandemia”, mas o objetivo é eleitoral, mesmo. Em trechos de vídeos publicados nas redes sociais, o discurso de Audifax tem endereço mais do que certo.
Campanha II
Nesse de Colatina, ele diz frases como a falta da presença do governo do Estado na vida da população; se gaba ao dizer que atuava próximo do povo todo dia, e não em ano pré-eleitoral; e repete: “O Espírito Santo pode fazer muito mais para a população”.
Campanha III
O slogan do ex-prefeito anunciado em seus perfis é “Vamos construir um ES mais desenvolvido?”. Ele também já se declara candidato nas publicações, ao citar projetos que têm para o Palácio Anchieta.
Peso pena
Como esperado, o peso do PSDB-ES nas prévias da legenda é bem baixo, algo em torno de 2%. O índice consta em levantamento publicado pela Folha de S.Paulo nessa quarta-feira (13), que coloca também o Estado como integrante do bloco que apoia o governador de São Paulo, João Doria.
Peso pena II
Sobre essa máxima, porém, há controvérsias. Lideranças locais também se manifestam pró-Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. Um posição oficial da Executiva estadual ainda não foi definida. A disputa ocorre no dia 21 de novembro.
Apoio
A Prefeitura de Vitória anuncia em seus canais oficiais uma parceria com a Universidade Federal do Estado (Ufes) para fazer busca ativa de idosos que ainda não tomaram a segunda dose da vacina. O número a se atingir: 1,7 mil. A medida é, de fato, necessária. Agora falta outra coisa…
Longa espera
…como já dito aqui, ainda não foi resolvida a situação dos acamados atendidos pela Unidade de Saúde de Santa Luíza. São bem fáceis de localizar, mas aguardam, aguardam e aguardam a dose de reforço contra a Covid, autorizada há mais de um mês.
Nas redes
“Por que o combustível está caro? É por causa do Bolsonaro! Enquanto o nosso país decidir os preços dos combustíveis a partir do valor internacional do barril de petróleo ou do valor do dólar, a gasolina e o gás de cozinha vão continuar subindo. E consequentemente sobe tudo. Porque tudo que depender de transporte, em nosso país, vai ter o valor final do produto impactado”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT.
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