Com o jogo zerado em Cachoeiro de Itapemirim, peças se movem e nome da ex-deputada Norma Ayub volta à cena
Com o jogo zerado em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, após a desistência de um dos palanques principais, do vereador Júnior Corrêa (PL), peças que já se movimentavam apertaram o passo e quem só aparecia no início das articulações, voltou à cena. Me refiro, no primeiro caso, ao deputado estadual Allan Ferreira, que lançou sua candidatura nesse sábado (17), embora faça parte do “grupo dos 3”, ainda sem definição do cabeça de chapa, e, no segundo, à ex-deputada federal Norma Ayub (PP), mulher do deputado estadual Theodorico Ferraço, que é ex-prefeito, personagem sempre atuante na política do município e presidente do diretório do PP. Allan e o Podemos já tentam, assim, demarcar território, considerando a nova configuração do quadro eleitoral. O mesmo acontece com Norma, só que localizada na oposição direta ao prefeito Victor Coelho (PSB), e inserida numa estratégia do PP, que caminharia com Júnior e agora vai reivindicar seu lugar na mesa de negociação. Nos bastidores, dizem que o partido realizará uma pesquisa interna, que teria também o Capitão Fabrício e Ruberval Rocha, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim (Acisci). Enquanto isso, o PL se reposiciona, contando com o vereador Léo Camargo e na investida para ter Juninho como cabo eleitoral – será?
Segue…
O vereador, vale lembrar, deixou a carreira política, inclusive abrindo mão do atual mandato, para virar padre. Participar ativamente da campanha eleitoral não parece fazer sentido no contexto. Mas tem o PL…veremos!
Na rua
No “grupo dos 3”, Diego Libardi, que era apadrinhado do casal Theodorico e Norma, mas o bloco rompeu, e também faz oposição, foi outro que aproveitou o novo cenário para colocar o pé na rua. Ele anunciou, nesse domingo (18), que vai percorrer toda a cidade para ouvir a população de Cachoeiro. Ele já tentou o cargo, em 2020, mas ficou longe de alcançar Victor Coelho.
Na mesma
O último integrante do grupo, deputado estadual Bruno Resende (União), até que se prove o contrário, é o único que permanece na mesma entoada de antes da reviravolta eleitoral.
Pote cheio
A decisão do ex-secretário de Estado de Segurança, Alexandre Ramalho, que causa burburinho no mercado político, de deixar o Podemos, é mais um efeito do “pote até aqui de mágoa” dele com a legenda, desde que foi preterido da disputa ao Senado, em 2022. Lá atrás, ele já queria sair, mas sem opção, acabou topando descer para a Câmara dos Deputados. Agora, soltou a amarra e abriu mão até da suplência.
Obstáculo
Como analisei aqui na semana passada, com a decisão, Ramalho, que deve se abrigar no Republicanos, dá vários saltos na direção da Prefeitura de Vila Velha e vira um calo no sapato do prefeito, Arnaldinho Borgo (Podemos). Repito: os anos mostram que o perfil do coronel agrada ao eleitorado canela-verde.
Proporcionais
Enquanto a situação no PT de Cariacica na eleição majoritária não se desenrola, a chapa proporcional, definida há meses, se articula em encontros, como o realizado nesse sábado (17), na Câmara Municipal, com a presença de Célia Tavares. Ela deseja erguer novamente o palanque à prefeitura, mas tem grupo no partido querendo caminhar com o prefeito, Euclério Sampaio (MDB).
Proporcionais II
Em novembro do ano passado, comentei aqui que os nomes estavam fechados: Wanderlei Thomas, que foi vice de Célia em 2020, e Ilona Açucena, Darcy Altoé, Cida Araújo, Ideer Vieira, Alexandre Lemos, Luis Gaurink, Seu Pedro, Ailton Pereira, Jean e Paulinho Portencio. Nas redes sociais, porém, Célia citou o recente encontro e disse que a chapa, até então com 11 candidatos, está “em construção”. Então, tá!
Fator Helder
Do bolo, o que se comenta no município é que Alexandre, assessor do senador Fabiano Contarato (PT), tem sido apontado como o “candidato do deputado Helder”- ex-prefeito e principal cabo eleitoral do PT e de Célia, e mais bem votado à Câmara em 2022. Helder e Alexandre têm história e militância nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica.
Nas redes
“Prefeitura abre mão de recursos para a educação. Isso não pode mais se repetir. A educação de Vitória e toda a cidade só perdem com isso”. Vinícius Simões, vereador pelo Cidadania.
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Tabuleiro revirado
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