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Começou, agora termina…

Cinco dias após declarar guerra contra Casagrande, Republicanos realiza evento em Vitória. Vem mais por aí?

Leonardo Sá

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), jogou a bomba da denúncia de corrupção contra o governo Renato Casagrande (PSB) no sábado (14), não apresentou provas nem nomes (proposta de licitação direcionada), e depois adotou o silêncio. Até fez uma movimentação sequencial nessa segunda-feira (16), de ir à Polícia Federal, de onde ecoou que teria entregue documentos de possíveis crimes, mas nada claro nem certeiro de que não passou apenas de mais uma parte da jogada. O seu candidato e aliado, presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), que não se descola do prefeito, seu principal cabo eleitoral, também nada disse desde então. Os dois, mais a cúpula do partido, que também não abriu a boca publicamente sobre as acusações e a repercussão, se reunirão nesta quinta-feira (19), às 19h, no Recreio dos Olhos. O evento é do partido, o Republicanos, ou seja, “tudo em casa”! Cinco dias depois da guerra mais do que declarada à gestão estadual, que colocou fogo nas articulações eleitorais e nos bastidores políticos, a pergunta que não quer calar: vem mais por aí? Pazolini começou, agora tem que terminar!

‘Time’
No convite do Republicanos, divulgados nas redes sociais, além de fotos de Pazolini e Erick, estão do deputado federal Amaro Neto, do estadual Hudson Leal, do ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli, candidato ao Senado, e Roberto Carneiro, presidente estadual da legenda.

Mesma área
Na PF, Lorenzo Pazolini esteve com o superintendente no Estado, Eugênio Ricas, conhecido pupilo do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), adversário de Casagrande, e quem ensaiou uma candidatura ao governo pelo PSD, mas não emplacou.

Toma lá, dá cá
Depois da denúncia do prefeito de Vitória passar batida pelo plenário da Assembleia nessa segunda, a “coisa” andou. Primeiro, em discurso do deputado bolsonarista Carlos Von (DC) nesta terça, exaltando Pazolini. Ao final da sessão, foi a vez do governista, Freitas (PSB), disparar contra ele.

No embalo
Carlos Von disse ter “certeza de que o prefeito conseguirá provar a denúncia” e que não foi “surpresa, pois é o modus operandi do governo do Estado”, referindo-se a licitações direcionadas. Ele voltou a falar do caso do cerco inteligente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e outro, mais antigo, de uma empreiteira, Salvador Empreendimentos, envolvendo o Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes).

Lista extensa
Freitas devolveu em tom pesado. Chamou Pazolini de “filho mimado, prepotente e arrogante” e que é “muito inteligente, mas falta sabedoria”. Apontou também “crime de prevaricação” e perguntou: “não teve competência para dar voz de prisão [ao suposto servidor que propôs licitação direcionada], um delegado de carreira?”.

Lista extensa II
O deputado, que já foi líder do governo, também disparou que o prefeito atuou de forma infantil, “jogou palavras ao vento”, fez “acusações escusas e sem citar nomes”, e “se apequenou”, apontando ainda problemas de sua gestão, como a perda de R$ 10 milhões do Fundo a Fundo, para investimento na cultura, por não entregar a documentação necessária.

Direto e reto
O atual líder do Governo, Dary Pagung (PSB), até fez discurso longo de elogios à gestão estadual no decorrer da sessão, assim como Bruno Lamas (PSB), mas quem mandou munição direta em Pazolini, mesmo, foi Freitas.

Apoio distante
Enquanto o encontro do Republicanos em Vitória não chega, Erick Musso partiu para São Paulo, nesta terça-feira (17), para articulação com o ex-ministro de Infraestrutura de Bolsonaro e pré-candidato ao governo paulista, Tarcísio de Freitas, que é do mesmo partido. Diz o deputado que foi debater “apoio político e técnico” ao seu palanque.

Nas redes
“As pessoas perguntam quem nós somos: nós somos seus médicos, dentistas, jornalistas, advogados, pedreiros, pintores…Nós vivemos com vocês, cuidamos de vocês, amamos vocês. Apenas pedimos que nos deixem viver com dignidade. LGBTfobia mata e nossa luta é pela vida!”. Senador Fabiano Contarato (PT), em referência ao Dia Internacional Contra a Homofobia, neste 17 de maio.

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