Chegou a hora de ver se o presidente da Assembleia, Marcelo Santos, é ligeiro para todas as questões ou…depende!
Chegou a hora de ver se o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos), é ligeiro para todas as questões ou…depende! Nos casos da concessão do auxílio-alimentação aos deputados, de R$ 1,8 mil, e da efetivação do novo Código de Vestimenta, contestado frente a frente por Sérgio Meneguelli (Republicanos), resolveu rapidinho. Até mesmo as votações passaram voando. Dois assuntos de interesse do próprio presidente e da maioria do plenário. Agora, as atenções estão voltadas para um assunto que sempre gerou desconforto entre os parlamentares: julgar outro colega, por quebra de decoro. A polêmica dos últimos dias, como se sabe, envolve o estreante bolsonarista, Lucas Polese (PL). As representações feitas pela Juventude do PSB, partido do governador Renato Casagrande (PSB), no último dia 9, e pela ONG Transparência Capixaba, sequer foram liberadas pela Mesa Diretora à Corregedoria, para dar início à apuração da conduta do deputado. Logo que o caso se tornou público, o plenário se apressou em formalizar o colegiado, que ainda nem tinha definido seus cargos e, por enquanto, parou por aí. Das mãos de Marcelo, se assim decidir, o abacaxi seguirá para o novo presidente do colegiado, Mazinho dos Anjos (PSDB). O modo “passos lentos” e corporativista será acionado mais uma vez? Logo, logo veremos!
Recapitulando…
Polese se recusou a fazer o teste do bafômetro ao ser parado em blitz, de madrugada, quando dirigia o carro oficial da Assembleia. Com a repercussão negativa, resolveu sair de cena nesta semana e tirou licença médica. Na próxima, voltará aos holofotes.
Arquivado
O último processo que passou pela Corregedoria, na legislatura passada, foi contra Capitão Assumção, na época do PSL – hoje PL, por ter oferecido recompensa de R$ 10 mil a quem matasse o assassino de uma mulher de Cariacica. O caso teve repercussão nacional e foi relatado pelo ex-deputado e atual prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (União). Entre o fato e o desfecho, passaram-se seis meses, com um longo recesso parlamentar no meio.
Arquivado II
Euclério usou do argumento da imunidade parlamentar; ressaltou que “oferecer recompensa é vedado no ordenamento jurídico”; e alegou “entender que a fala do deputado Capitão Assumção foi feita provavelmente num momento de revolta em face do bárbaro crime praticado”. Ele foi seguido por Hudson Leal (Republicanos) e o ex-deputados Rafael Favatto (Patri) e Torino Marques (PSL).
Pouco, né?
Por falar em auxílio-alimentação, acabei nem citando aqui os únicos deputados que não requereram o benefício, que engorda o já privilegiado salário de R$ 31,2 mil. Dos 30 ao todo, integram o grupo apenas Meneguelli, Polese, Iriny Lopes (PT), Camila Valadão (Psol), Pablo Muribeca (Patri), Lucas Scaramussa (Podemos) e Theodorico Ferraço (PP).
Cara, crachá
Já os requerentes são, por bancada: Assumção, Danilo Bahiense, Zé Preto e Callegari, do PL; Hudson Leal, Alcântaro e Bispo Alves, do Republicanos; Marcelo Santos e Allan Ferreira, do Podemos; Tyago Hoffmann, Janete de Sá e Dary Pagung, do PSB; João Coser (PT); Adilson Espindula e José Esmeraldo, do PDT; Bruno Resende e Denninho Silva, do União; Vandinho Leite e Mazinho, do PSDB; Raquel Lessa (PP); Alexandre Xambinho (PSC); Gandini (Cidadania); e Coronel Weliton (PTB).
Acabou o amor
O senador Magno Malta (PL), que costumava posar ao lado do cantor Netinho, virou “ex-amor”. Ele integra uma listinha de mágoa de bolsonaristas que o próprio deixou de seguir nas redes sociais, disparando críticas. Netinho fez campanha ferrenha para os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Acabou o amor II
Palavras do cantor: “Cansei de tanto blá blá blá e nenhuma ação com resultados positivos. Colocamos eles lá pra quê? Para ver seus discursos em redes sociais ou para nos representar resolvendo o Brasil?”.
De olho…
Em Vila Velha, assume o Partido Verde, nesta quinta-feira (18), Ricardo Pires, suplente de vereador por três vezes. O partido diz que busca novas lideranças, que se identifiquem com a pauta da preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. É o que se espera, porque até hoje, o PV do Estado não disse a que veio nessa área.
Nas redes
“(…) Tive a oportunidade de falar diretamente com o governador sobre a gravidade daquela fala, principalmente em um Estado onde jovens pretos de periferia morrem diariamente pela violência. Quando o Estado falha, quem sofre é a base”. André Moreira, vereador de Vitória pelo Psol, sobre a “sentença” – com direito à mídia – do secretário de Segurança, Alexandre Ramalho a um jovem de 16 anos preso: “Essa vida só vai levar você para o caixão (…) você vai para o caixão mais cedo. Vocês vão morrer”.
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Desfecho rápido
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