Com “superfederação” à vista e muitos planos, Da Vitória circula pelo Estado

Deputado federal, coordenador da bancada capixaba e futuro líder da “superfederação” entre PP e União Brasil no Estado, que já tem negociações avançadas no campo nacional, Da Vitória (PP) está com tudo nas articulações políticas para 2026. Reuniões, viagens e planos, muito planos, diante do cenário que se desenha, contando com uma “bala na agulha” partidária de luxo para o próximo pleito. Assim como lideranças que já estão em movimentações, de maneira para lá de antecipada, principalmente no campo majoritário, o deputado intensifica sua presença no interior para além de realizar entregas de emendas, com participação em eventos e reuniões com prefeitos e vereadores. Foi o que fez nesse final de semana, com a marca de “Da Vitória na estrada” nas redes sociais, ao circular pelos municípios de Mimoso do Sul, Cachoeiro de Itapemirim e Muqui, todos do sul capixaba. Ele ainda se reuniu com Pergentino Júnior, que comanda o Republicanos em Colatina, no noroeste, onde tem base eleitoral. O deputado é cotado ao Senado, o que indicaria, hoje, uma composição com o grupo do governador, Renato Casagrande (PSB), apesar das relações próximas com o bloco de oposição, do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). E, sem dúvida, vai garantir chapas fortes para as proporcionais, delimitando de vez os espaços que o PP já vem galgando nos últimos anos. Já um palanque ao governo vai depender das amarrações futuras. Se não aparecer reviravolta de última hora nas conversas das nacionais do PP e União, e tudo indica que não terá, Da Vitória contará com uma “superfederação” para chamar de sua, com o maior tempo de TV e de cota do fundo eleitoral, e a garantia, também, de subir alguns degraus na pirâmide política do Espírito Santo. Nada mal…
Não cabe
Quando se fala em Senado e PP, sempre bom lembrar que tem mais gente nesse bolo, e só cabe um na disputa. Trata-se do também deputado federal Evair de Melo, oposição a Casagrande e alinhado a Pazolini. Os dois, como já analisado aqui na coluna, também estão pelo interior. O prefeito batizou suas andanças de “na estrada com Pazola”.
Cabe?
A se confirmar Da Vitória como candidato e a composição com Casagrande, Evair teria que deixar o PP e garantir a articulação no bloco de Pazolini, que tem outros partidos interessados, como o PL, do senador Magno Malta, de quem ele é afastado, e o PSD, que vai abrigar o ex-governador Paulo Hartung. Em 2026, serão duas vagas abertas para o Senado.
Crescimento
A “superfederação” vai garantir a maior bancada na Câmara Federal – 109 parlamentares – e na Assembleia Legislativa. No primeiro caso, só o PP tem cadeiras no Estado, os próprios Da Vitória e Evair. No outro, passaria a seis deputados – Marcos Madureira, Raquel Lessa e Zé Preto, do PP; e Denninho Silva, Bruno Resende e Marcelo Santos, do União.
Acordos
As conversas no campo nacional acabaram, porém, freando o movimento do prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio, que já estava pronto para deixar o MDB e assumir o União no Estado, resultado do acordo firmado entre Casagrande e Marcelo Santos (União), que garantiu a presença do deputado no cargo de presidente da Assembleia Legislativa. Como Da Vitória que terá a palavra final na “superfederação”, devido ao peso do PP, Euclério vai precisar agora de novas garantias.
Número 4
O prefeito de Cariacica está no bolo de nomes ligados a Casagrande que têm interesse em disputar o Palácio Anchieta em 2026, caso o número um da fila, o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), não ganhe capilaridade até lá. O que antes era um trio, com mais Sergio Vidigal (PDT) e Arnaldinho Borgo (Podemos), agora já aumentou.
Tamanhos
Euclério foi reeleito com 88,4% dos votos na disputa do ano passado. Um índice altíssimo, superando Arnaldinho em Vila Velha, também com votação alta, 79,04%. Já Vidigal ganhou bônus político ao eleger na Serra um até então desconhecido da população, Weverson Meireles, enfrentando um antigo adversário, Audifax Barcelos (PP), e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos).
Consenso
A eleição para o comando da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) ficou mesmo com chapa única, como já sinalizavam os bastidores políticos. O ensaio de disputa foi entre dois correligionários, os prefeitos de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos, e de Nova Venécia, Lubiana Barrigueira, ambos do PSB de Casagrande. Prevaleceu o acordo interno.
Consenso II
A chapa foi inscrita na última sexta-feira (21), com Lubiana à frente. Enivaldo seguirá pela região noroeste liderando a articulação eleitoral do PSB para 2026, o que envolve a formação de chapas e apoios ao Palácio Anchieta e ao Senado. A votação da Amunes será na próxima segunda-feira (31).
Nas redes
“Visita do deputado estadual Callegari”; “Dialogando com o vereador Armandinho Fontoura e Erick Musso”. Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória, e as mais novas conversas do Republicanos com o PL com vistas a 2026.