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Dois palanques?

Camila Valadão e Coser, representantes da esquerda, sentam-se à mesa da eleição em Vitória

Redes Sociais

Um do PT, outra do Psol, mas até então sem convergências para caminhar juntos já no início das eleições de 2024, os deputados estaduais João Coser e Camila Valadão sentaram-se à mesa nesta terça-feira (7), para um almoço. No cardápio, como não poderia deixar de ser, a disputa na Capital, que já movimenta os blocos políticos. “Trocamos impressões sobre o cenário da nossa cidade e os desafios para transformar os rumos de Vitória. Entre as concordâncias, a certeza que a nossa cidade precisa de um projeto democrático, popular e plural que transforme a vida das pessoas que aqui vivem e trabalham!”, resumiu Camila. A conversa é a primeira articulação pública e declarada entre os dois, que são os representantes da esquerda no tabuleiro que se desenha para o próximo ano. A união dessas duas forças provoca divisões e questionamentos no mercado político e entre lideranças do mesmo campo ideológico. Por um lado, tem quem a considere essencial logo no início da campanha, para não dividir votos e correr o risco de não derrotar o projeto de direita e bolsonarista do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), que tentará a reeleição. Por outro, considerando a profusão de candidatos do retrato atual, que a aliança poderá ocorrer no segundo turno, sem prejuízos. Para além disso, há de se considerar os reflexos das composições no quadro nacional nos estados, principalmente nas capitais. Enquanto os nós ainda estão atados, prevalece em Vitória, por ora, dois palanques. Depois, a depender da conjuntura e dos riscos…tudo poderá acontecer!

Marcas eleitorais
O Psol, vale lembrar, antecipou o lançamento da pré-candidatura de Camila, em setembro passado, para já demarcar terreno. O projeto é mais do que legítimo e vem na esteira do resultado eleitoral alcançado em 2022, o que inclui um recorde: ela foi a mulher mais votada da história do Espírito Santo à Assembleia Legislativa.

Marcas eleitorais II
Na Capital, Camila obteve 16,5 mil votos, o maior quantitativo entre as candidaturas de deputados estaduais e federais, como destacou a legenda na ocasião do anúncio. Ao todo, ela fechou as urnas com 52,2 mil.

Marcas eleitorais III
Já Coser, um dos palanques prioritários da Nacional do PT, embora já fosse considerado candidato, oficializou a entrada na disputa na semana passada. O deputado também vem de boas marcas eleitorais…

Marcas eleitorais IV
….foi testado contra Pazolini em 2020, quando avançou para o segundo turno. O placar final foi de 58,5% versus 41,5%. Em 2022, foi o terceiro mais votado e chegou à Assembleia com 58,2 mil.

Gente sobrando
Como já analisado aqui na coluna, fora do campo da esquerda, Vitória tem no páreo, no outro extremo, o deputado estadual Capitão Assumção, do PL de Bolsonaro, que critica Pazolini por ser a falsa direita e não ter declarado apoio ao ex-presidente na eleição de 2022. O mesmo impasse sobre dividir votos é constatado nesse bloco.

Gente sobrando II
Na área ligada ao governador Renato Casagrande (PSB), o bonde está lotado. No PSDB, já não dá para ver outro cenário, senão o palanque de Luiz Paulo Vellozo Lucas. O deputado estadual Fabrício Gandini, prestes a entrar no PSD, é outro nome, assim como o também deputado Tyago Hoffmann (PSB). Esses são os declarados. Apareceu, ainda, o ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania), em parceria com Luiz Paulo, e o secretário de Estado de Segurança, Alexandre Ramalho (Podemos).

PT-PSB
Hoffmann, como tratei na coluna passada, é outro que teve encontro recente com Coser, jogando luz na antes esperada aliança entre PT e PSB, que levou um balde de água fria nas articulações iniciais. É outro contexto a se conferir, mais adiante.

Todo dia é dia
Por falar em Coser, sua filha, a vereadora de Vitória Karla, segue registrando nas redes o embate que tem ocorrido no plenário da Câmara que remete à disputa de 2024. Tem sido puxado pelo vereador Davi Esmael (PSD), aliado e cabo eleitoral de Pazolini, contra a própria Karla, com citações a Coser e suas gestões na Capital. Imagina no ano que vem!

Nas redes
“Essa semana fez oito anos do crime ambiental ocorrido em Mariana, Minas Gerais. São oito anos que os atingidos pela tragédia padecem em busca de seus direitos. O descaso das empresas responsáveis pelo ocorrido é terrível (…)”. Helder Salomão, deputado federal pelo PT, relator da Comissão Externa sobre Fiscalização dos Rompimentos de Barragens e Repactuação, que apresenta relatório entre os próximos dias 20 a 24.

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Fora de alcance

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https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/fora-de-alcance

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