Terça, 30 Abril 2024

'Efeitos colaterais'

ales_dep_alcantaro_ellencampanharo_ales Ellen Campanharo/Ales
Ellen Campanharo/Ales

Os ruídos entre o PL e o Republicanos instalados em Aracruz, no norte do Estado, não param de render. O deputado estadual Alcântaro Filho (Republicanos) levou o assunto para o plenário da Assembleia Legislativa, nessa terça-feira (9), para fazer um "manifesto público e desabafo". Ele afirmou que o "PL não é o único de direita do Brasil"; que "também temos valores nos outros partidos, como o Republicanos"; e que "independentemente da sigla em que nós estejamos, temos liberdade de sermos conservadores em Aracruz, no Espírito Santo e no Brasil". Depois, conclamou: "o que nós precisamos é de união e humildade". O discurso remete ao problema registrado por lá nos últimos dias, decorrente da mudança inesperada de partido do delegado Leandro Sperandio, para erguer o palanque à prefeitura pelo Republicanos, com apoio de Alcântaro, que recuou assim da pré-candidatura majoritária. Leandro tinha sido anunciado com pompa e circunstância pelo PL e, inclusive, participou recentemente da visita dos pré-candidatos da legenda ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A "união de forças", citada por Alcântaro, foi articulada em nome de "um projeto maior", leia-se derrotar o atual prefeito, Dr. Coutinho (PP), chamado por ele de "família real" e "comunista". O deputado já tem até uma frase a la Bolsonaro e PL: "Aracruz acima de tudo, Deus acima de todos".

Racha
Embora Alcântaro tenha evitado chamar de crítica a sua fala – usou "reflexão" –, somado a elogios aos deputados do PL, ao senador Magno Malta e a Bolsonaro, o clima interno esquentou no campo da direita. O pedido de união, pelas reações do PL, está longe de encontrar eco. A pergunta agora é: existe Plano B para a legenda de Magno, que tem anunciado a meta de lançar candidatos em todos os municípios capixabas?

Trincou
O problema em Aracruz se repete em outros municípios, rompendo a previsão de aliança entre Republicanos, PL e PP para as eleições deste ano. Em Vila Velha, foi o contrário: o coronel Alexandre Ramalho estava com os dois pés no Republicanos e se filiou ao PL. Daí o Republicanos pulou para o lado de Arnaldinho Borgo (Podemos), com direito a publicações efusivas nas redes sociais.

Lugar ao sol
Já o PP, sem conseguir filiar Arnaldinho e Ramalho, começa a buscar voo próprio no município. O ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga e ex-deputado agora jura que é candidato. Ele tem circulado com seu filho, Lucas Fraga, que tentará a Câmara.

Bloco
Arnaldinho, aliás, fechou mais um partido para sua aliança à reeleição. Desta vez foi com o Novo, que realizou evento nessa terça-feira (9). Ele já tem o PSB, Republicanos, PRD, MDB e União Brasil.

Chapas
As principais chapas também já parecem definidas. Depois do anúncio do vice de Arnaldinho, o presidente da Câmara e aliado, Bruno Lorenzutti (MDB), que já circula com ele por tudo quanto é canto, Ramalho posou para foto ao lado do ex-deputado estadual Rafael Favatto, que se filiou ao mesmo partido e tem reduto em Vila Velha.

Zero
Em Vitória, o último filiado do Cidadania, como esperado, apagou a luz e bateu a porta. Depois de Vinícius Simões, agora no PSB, Mauricio Leite se filiou ao PRD. A bancada na Câmara, portanto, ficou no zero. Veremos o que surgirá para a disputa de outubro!

Território em disputa
Com a chegada ao partido do ex-vereador Serjão Magalhães e a candidatura do vereador afastado Armandinho Fontoura, o PL pretende demarcar território no eleitorado da Praia do Canto, com foco no palanque a prefeito do deputado Capitão Assumção. O bairro é campo do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

'Soldado'
Serjão está fora da Câmara desde 2020, quando não disputou a reeleição, e afirma que também não tem pretensões para este ano. Ele se apresenta como "um soldado" do partido, "para ajudar na eleição de nomes comprometidos com as bandeiras conservadoras da direita". O ex-vereador apoiou Pazolini no último pleito.

Nas redes
"(...) Vitória hoje lidera os casos de dengue no Espírito Santo e registrou nos últimos quatro meses uma explosão da doença. Em janeiro eram 887 casos notificados e, hoje, os números passam de 10 mil, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. A nossa proposta é de que haja um convênio da Fiocruz com a Prefeitura de Vitória, o mais rápido possível! (...)". André Moreira, vereador pelo Psol.

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