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Em aberto

A não ser anúncios recentes do deputado Erick Musso e do senador Fabiano Contarato, peças do tabuleiro ao governo em 2022 seguem soltas

Leonardo Sá

A eleição do próximo ano ao governo do Estado movimenta as peças do tabuleiro desde junho passado, mas, próximo do final de 2021, poucas definições avançaram, de fato. Ficaram restritas, por enquanto, ao anúncio oficial de candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), e à filiação do senador Fabiano Contarato (ex-Rede) ao PT, despertando expectativas em relação ao um palanque próprio, embora o cenário final ainda dependa das amarrações no campo nacional do partido com o PSB, do governador Renato Casagrande, que disputará a reeleição. Erick, depois de lançado na disputa, apareceu ao lado de Paulo Hartung (sem partido) em solenidade no Tribunal de Justiça do Estado (TJES). O ex-governador também tem cumprido agendas com o prefeito de Linhares, Guerino Zanon (MDB), outro aliado cotado como candidato. Fora desses holofotes, sempre publicados nas redes sociais, estão mais três integrantes do mesmo grupo de PH: o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede), o ex-vice-governador e ex-deputado César Colnago (PSDB), e o empresário Arildemo Teixeira (Novo), que não receberam ainda a companhia pública do ex-governador. Do lado bolsonarista, quem se move é o ex-deputado federal Carlos Manato, que até hoje não definiu seu partido, uma verdadeira novela. Está com as portas do PTB aberta, mas ainda alimenta o sonho de se filiar ao PL do presidente Jair Bolsonaro, esbarrando em resistências do ex-senador Magno Malta. Os rumos do próximo pleito devem ser fechados até o início de 2022. O que vem depois da virada?

Obstáculos
No caso de Guerino, tem a questão partidária. Ele encontra as portas fechadas no MDB, sob comando da senadora Rose de Freitas, que está com Casagrande. A possibilidade de o prefeito mudar para o PSD foi aventada há algum tempo e, mais recentemente, para o PDT, aliado de primeira hora do governador. Mas nada de bater o martelo em 2021.

Obstáculos II
Já com César Colnago, a história é parecida. Está mais presente nas redes sociais, realiza reuniões, porém, o PSDB não tem feito movimentos na direção do Palácio Anchieta. Pelo contrário. O presidente estadual da legenda, deputado Vandinho Leite, saiu da condição de opositor para alinhado ao governador.

Enquanto isso…
Nessa segunda-feira (27), Colnago divulgou trecho da entrevista que concedeu ao Edcast (podcast), em que diz sobre a pré-candidatura: “Confiante, com muita vontade e disposição. Nós vamos ganhar essa eleição, escreve aí”. Mais do que nunca, está faltando combinar com o partido!

Conveniências
E Audifax? Segue circulando pelo interior do Estado, para construção de um plano de governo. Um dos últimos capítulos das articulações, que passam pelas cúpulas em Brasília, envolveu a possibilidade de a Rede se unir ao PDT, do seu inimigo número um, o atual prefeito da Serra, Sérgio Vidigal. Lembrando: neste caso, as legendas ficam juntas por quatro anos.

Na mira
Já Arildemo Teixeira, que está no olho do furação por medidas à frente da Secretaria da Fazenda de Vitória, como a reforma da Previdência e declarações negativas sobre a educação, tem concedido entrevistas no interior insistindo no palanque, o qual já disputou em 2018, sem êxito – alcançou somente 3,2% dos votos. E olha que, naquela época, nem estava na mira, como hoje.


Meses finais
A troca no alto escalão do governo sinaliza uma tentativa de amenizar as insatisfações geradas na própria base de Renato Casagrande em relação ao espaço privilegiado destinado ao então secretário de Governo, Gilson Daniel. À medida que as articulações eleitorais avançam, o problema sobra de tamanho. Gilson é candidato à Câmara Federal e atua no projeto de Sergio Moro à Presidência da República. Ele precisa deixar qualquer cargo até abril.

Político x técnico
Com a mudança, que passa a valer em janeiro, ele deixa a Secretaria de Governo, que é política, tem visibilidade, e o coloca em contato permanente com lideranças capixabas, para assumir a pasta de Planejamento, que é técnica e comandada por Álvaro Duboc. Este, que não é político nem candidato, assumirá, então, a Secretaria de Governo. Uma das queixas, inclusive, passava por aí: a saída anterior de Tyago Hoffmann (que era técnico, agora quer ser político) para entrar Gilson (político).

Até livro
A condução de Gilson Daniel da Secretaria de Governo já foi motivo de discursos no plenário da Assembleia Legislativa, por aliados de Casagrande. O ex-prefeito de Viana, de fato, há meses encontra todas as condições de ampliar seus tentáculos, desde presenças em solenidades, palestras e reuniões, até…lançamento de livro! O evento foi também nesta terça e lotou o Palácio Anchieta. O tema é semelhante ao de suas palestras: “Gestão Pública Voltada para Resultados – parte 01”.

Todo mundo
A decisão desta terça-feira (28) da gestão do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), de suspender o ponto facultativo do dia 31, deixou os servidores indignados. A alegação foi a situação das unidades de saúde, que registram aumento expressivo de atendimentos por sintomas respiratórios, resultados da Influenza e Covid-19. Só que a medida atingiu todas as áreas, inclusive administrativas.

Todo mundo II
Como o anúncio veio também em cima da hora, muitos já haviam programado viagens; outros tinham tirado prêmio incentivo nos últimos quatro dias úteis, considerando o calendário publicado oficialmente pela prefeitura. Fora isso, do ponto de vista da atual situação epidemiológica, há quem questione também o trabalho presencial e uso do transporte público, o que aumenta os riscos de contaminação e propagação dos vírus.

Nas redes
“A partir de janeiro o secretário Álvaro Duboc assumirá a Secretaria de Governo e o secretário Gilson Daniel assumirá a Secretaria de Planejamento. Essa mudança contribuirá para continuarmos trabalhando para investir cada vez mais na melhoria da vida dos capixabas”. Renato Casagrande, governador pelo PSB.

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