Após mudanças executadas no DER-ES, chega ao governo o último aliado derrotado nas eleições: Freitas
Logo após o resultado das eleições de 2022, já se sabia que o governador Renato Casagrande (PSB) teria um time de aliados e correligionários a acomodar na nova gestão, resultado de derrotas nas urnas. Nas cabeças, sua então vice, Jacqueline Moraes, e os ex-deputados estaduais Bruno Lamas e Eustáquio de Freitas. Os dois primeiros logo se acertaram no primeiro escalão, e nada de Freitas assumir um cargo. Com a demora, ele chegou a ser cotado, lá pelos bastidores do norte do Estado, onde tem reduto, para comandar o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), uma autarquia da Seag. Nada também! Passaram-se mais meses e o nome do ex-deputado voltou a aparecer somente na semana passada, com as mudanças do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER-ES) propostas pelo governo e aprovadas na Assembleia Legislativa. Pois bem. Nesta terça-feira (4) saiu, enfim, a acomodação de Freitas. Ele assumiu a direção-presidência do DER, no lugar de outro aliado e correligionário de Casagrande, Luiz Cesar Maretto, deslocado para o novo cargo criado no órgão justamente para comportar as mudanças, de diretor executivo-geral. Pasta cobiçada por tratar de obras e por vezes envolvida em polêmicas, resta saber como Freitas fará dela sua vitrine nos próximos anos. Lembrete: o agora diretor-presidente do DER é personagem repetido em disputas municipais de São Mateus.
Sem vaga
No ano passado, Freitas tentou alçar voo mais alto, a Câmara Federal, mas ficou pelo caminho, com 36,7 mil votos, ocupando a primeira suplência. Na ocasião, chegou a ser aventada a possibilidade de o deputado reeleito Paulo Folleto abrir novamente a vaga e continuar no governo como secretário. A manobra, no entanto, não foi executada nas mexidas da atual gestão.
Nas internas
A pasta de Agricultura, que era ocupada por Foletto, registrou, inclusive, disputa de aliados. Freitas era um dos interessados, assim como o deputado federal Gilson Daniel (Podemos) e o ex-deputado estadual Renzo Vasconcelos (PSD). A escolha coube ao vice e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço (PSDB), que escalou Enio Bergoli.
Mudanças
Além do cargo para manter Maretto na diretoria do DER-ES e acomodar Freitas, o governo criou outras cinco funções comissionadas no órgão. O impacto orçamentário total é fixado em R$ 1,16 milhão até 2025, final do governo Casagrande.
Anota, aí
Em mensagem publicada nas redes sociais, Freitas promete “gestão aberta, de diálogo, pautada na responsabilidade com a coisa pública e desburocratização e simplificação dos processos, para dar mais celeridade às entregas”.
Cada um na sua
Ele também postou vídeo com o governador e Maretto, em que Casagrande separa as missões: questões internas e técnicas, ficarão com Maretto, e articulação institucional, com Freitas. A conferir!
Lotações
Jacqueline Moraes, só para lembrar, é a secretária de Estado das Mulheres, e Bruno Lamas o secretário de Ciência e Tecnologia. No Incaper, quem assumiu foi Antônio Elias.
Superávit
A prestação de contas do secretário de Estado da Fazenda, Marcelo Altoé, na Assembleia, reforçou a reivindicação do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos (Sindipúblicos) por reajustes no auxílio-alimentação e nas diárias para trabalhos fora do local de residência, e ainda correção das distorções nas carreiras. Altoé apontou, nessa segunda-feira (3), um superávit primário de R$ 550 milhões em 2022.
Superávit II
A entidade reproduz outras falas do secretário de que o governo investiu apenas 37,48% da receita com pessoal, “a menor do Brasil” e “bastante distante” dos limites de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Ou seja, não falta dinheiro”, critica o Sindipúblicos. “Isso demonstra que falta uma valorização real aos servidores públicos estaduais”, emenda.
Nas redes
(…) As pessoas em situação de rua são diversas, têm demandas variadas e precisam de olhar humano por parte dos gestores e de toda a sociedade. Não dá para apostarmos em um higienismo como solução. Esse não é o projeto de cidade humana no qual eu acredito (…). Karla Coser, vereadora de Vitória pelo PT, sobre audiência realizada por Luiz Emanuel Zouain (sem partido) para debater pessoas em situação de rua.
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