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sábado, setembro 7, 2024

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Entrelinhas eleitorais

Marcelo Santos nega voo mais alto em 2026, mas já tem discurso pronto de “continuidade”

Divulgação

 Presidente da Assembleia Legislativa e vivendo “seu melhor momento político”, como o próprio destacou, Marcelo Santos (União) está há meses na lupa do mercado político, por sinalizar voos mais altos para 2026. Ele ainda não admite o plano publicamente, que joga luz na sucessão do governador Renato Casagrande (PSB), mas já tem discurso pronto de nome “habilitado e experiente” para o projeto de “continuidade”. Em entrevista ao programa Política ES, da TV Século, ele repetiu que tem, como “primeiro planejamento”, a meta de disputar a Câmara dos Deputados, mas também disse que vai debater, a partir de 2025, “as múltiplas possibilidades”, além de exaltar que “está preparado para ocupar qualquer missão” e que pretender ser protagonista na mesa de negociação: “Quero debater a sucessão, a outra vaga ao Senado, a vice”, enfatizou. A primeira vaga ele já dá como certa para Casagrande, “seu único candidato de 2026”, ressaltando “parceria e fidelidade”. No caso do governo, avalia que “vários nomes” são capacitados, mas fez questão de alertar que “muita gente conta bravata e não participou do processo de reconstrução do Estado”, inserindo-se em contexto contrário: “Eu participei, estive no processo, conheço a história ruim, a travessia, e onde nós chegamos”, afirmou, delimitando que seus mandatos passaram por José Ignácio, Paulo Hartung e Casagrande. Outras frases dele: “Conheci o Estado quebrado e ajudei a construir para chegar onde está”, “Eu fui para o furação, muita gente conta lorota”, “O Estado não pode andar para trás”. Tudo isso incrementado com exaltações ao seu trabalho à frente do legislativo e o desfecho: “É para esse Espírito Santo que estou preparado, para ajudar a crescer e se desenvolver ainda mais, na certeza de que tenho dado minha contribuição e acertado mais do que errado, porque tenho ouvido mais do que falado”. Quer dizer…haja entrelinhas!

Freio
A saída do Podemos para o União Brasil acompanha o mesmo traçado de Marcelo com vistas ao pleito de 2026. O partido, liderado pelo deputado federal Gilson Daniel, segundo ele, não contemplava mais seus planos e impediria o debate das “múltiplas possibilidades” e ainda a acomodação de aliados. Ele resumiu como um “limitador de velocidade”.

Sem freio
No União, ele entende que fica “melhor acomodado” e com “autonomia”, embora o comando também esteja outra em outras mãos, do secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni. A nova filiação, como se sabe, jogou luz nessa questão, indicando que Marcelo poderia assumir o posto. “Nunca tratei disso com ninguém”, arrematou, contrariando as evidências.

Quem dá mais?
No processo de saída do Podemos, o presidente da Assembleia disse que recebeu convites ainda do PSB, de Casagrande, do MDB, do PP e do Republicanos. Um leque de partidos com espaço e tamanho. Não deve ter sido à toa que escolheu o União Brasil…a conferir!

Terreno político
E como 2024 é degrau para 2026, Marcelo Santos reforçou, como já é perceptível, que “participará efetivamente das eleições nos 78 municípios capixabas”, apontando que recebeu votos em todos eles. “O eleitor não quer saber de político em cima do muro”, demarcou.

Palanques
Na Grande Vitória, não é novidade, sua prioridade é reeleger Euclério Sampaio (MDB) em Cariacica, onde tem base eleitoral. Em Viana, está com Wanderson Bueno (Podemos) e, em Vila Velha, com Arnaldinho Borgo (Podemos), todos palanques também de Casagrande.

Palanques II
Em Vitória e Serra, Marcelo está em campos opostos, com Lorenzo Pazolini e Pablo Muribeca, ambos do Republicanos. “Diferente do governador, mas respeitando a opinião dele, legítima. Não tem divergências em relação a isso”, explicou. Os nomes de Casagrande são, na Capital, João Coser (PT) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB); na Serra, Weverson Meireles (PDT), pupilo do prefeito Sergio Vidigal (PDT).

Palanques III
Marcelo também manifestou apoio, em municípios-polo, ao prefeito Guerino Balestrassi (MDB), em Colatina; Diego Libardi (Republicanos), em Cachoeiro de Itapemirim; Lucas Scaramussa (Podemos) em Linhares; e Zé Preto (PP) em Guarapari – estes dois últimos, colegas de plenário.

Lado
No caso de Cachoeiro, disse que soma esforços com os deputados Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União), que formam um trio com Libardi. A disputa, vale lembrar, tem outro deputado, Theodorico Ferraço (PP), de quem Marcelo foi adversário por anos e anos. A relação melhorou, mas…também não é para tanto!

Futuro
E o projeto antigo de ser prefeito de Cariacica? Marcelo garante que está descartado e que, após a reeleição de Euclério, como ele espera, seu grupo político vai escolher um nome para sucessão, com o mesmo perfil. “Me sinto contemplado”, repetiu em relação ao prefeito e às projeções no município.

Nas redes
“Triste ver o quanto uma pessoa pode descer o nível numa disputa política como o candidato do PL à Prefeitura de Vila Velha, ofendendo o governador Renato Casagrande, que lhe deu a maior e melhor oportunidade de sua vida. O candidato tem em seu grupo atual gente como ele”. Jacqueline Moraes, secretária das Mulheres, sobre Alexandre Ramalho, ex-companheiro de equipe.

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