O governo Renato Casagrande mal havia enviado o projeto de recomposição salarial para os defensores públicos do Estado à Assembleia Legislativa e a frente unificada de militares, civis e bombeiros logo reagiu, reivindicando também o atendimento de seus pleitos. Daí, na sequência, fez o mesmo em relação aos operadores da Segurança Pública e, apesar da crise instalada e da rejeição aos índices, mais uma resposta rápida, desta vez dos demais servidores estaduais, representados pelo Sindipúblicos. Mobilizado desde o ano passado para cobrar do executivo a recomposição salarial, cujas perdas já ultrapassam 28,73%, o sindicato voltou a pedir abertura de uma mesa de negociação e que contemple a todos os servidores do funcionalismo público, e não só categorias isoladas, como tem ocorrido. O pedido será oficializado ao governo, com outro aviso do Sindipúblicos: “tomará as medidas cabíveis para garantir que o Estado cumpra seu dever legal de tratamento isonômico aos servidores, sem distinção”. O ano começou fácil para o governo estadual, só que não.
De fora
A entidade detalhou a proposta apresentada pelo governo aos militares de reajuste escalonado de 4% anual até 2022, somado à recomposição também anual da inflação de 3,5%, destacando que a mesma deveria ter sido oferecida a todos os servidores, “que possuem papel fundamental no desenvolvimento do Estado e estão, igualmente aos militares, com salários defasados”.
Enquanto isso
Da parte dos operadores da Segurança Pública, no entanto, continuam as mobilizações da frente unificada contrárias aos índices apresentados. Há dias em embate com o governo, as categorias tomaram as ruas do Centro de Vitória nesta quinta-feira (13) e seguiram até o Palácio da Fonte Grande para uma reunião. Mas nada de avanços. Pelos discursos durante o protesto, o próximo capítulo é “operação-padrão”.
Meme
Assim como havia citado o deputado estadual Capitão Assumção (PSL) no plenário da Assembleia nessa quarta-feira (12), os manifestantes contrários (há entidades que aceitaram os índices do governo) ironizaram os 4% ao microfone, dizendo que o valor virou meme nas redes sociais. “Proposta ‘quá, quá, quá”, apelidaram.
Área de voto
Assumção participou do ato e, como estava “em casa”, ganhou até frase para a campanha eleitoral a prefeito de Vitória. “A Capital está com o capitão”.
Ecos
Quem também não passou batido pelo ato foi o ex-governador Paulo Hartung. Lá pelas tantas, ouviu-se: “o baianinho capixaba”.
Cabeça de chapa
Por falar na disputa em Vitória, o mercado político volta os olhos para a consulta prévia do PSB na próxima segunda-feira (17), que irá definir se o pré-candidato será o vice-prefeito Sérgio Sá ou o deputado estadual Sergio Majeski, campeão de votos em 2018. Há muitas desconfianças sobre as “internas” do partido e como se dará a aliança com o Cidadania, do prefeito Luciano Rezende.
Representação
Fabiano Contarato (Rede) foi indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para ocupar a vaga destinada à Casa no Conselho Nacional de Direitos Humanos. “Trabalharei em vista da proteção e respeito à vida; pela democracia, sempre!”, garantiu. O suplente é Jacques Wagner (PT-BA).
Representação II
Também integrará o colegiado o deputado federal Helder Salomão (PT), que presidiu no ano passado a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Vou atuar com dedicação em defesa de todos aqueles que estão sendo vítimas dos absurdos praticados por este governo [Bolsonaro] e, também, por violadores de direitos humanos”, comentou.
Projeto
O tetracampeão mundial de futebol de areia, Bruno Malias, assinou sua ficha de filiação no PSC de Vitória, nessa terça-feira (11). Ele se coloca como pré-candidato a vereador nas eleições deste ano.
PENSAMENTO:
“Quando os médicos diferem, o paciente morre”. Confúcio