Com entraves no palanque de Fabiano Contarato, Estado ainda não entrou no radar de visitas de Lula
Motivo de críticas de alas petistas e legendas aliadas, a demora do ex-presidente Lula em sair pelo País em campanha eleitoral começou a ser rompida na noite dessa segunda-feira (11), em Brasília, com o início de debates sobre alianças e palanques estaduais, dentro da proposta de formalizar uma “frente ampla” com o objetivo de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse primeiro passo reuniu um grupo de senadores e caciques do MDB, para depois ser aberto, como divulgou a colunista Malu Gaspar, de O Globo, um ciclo de viagens a sete estados – além do Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Pará e Amazonas -, que deve ser finalizado até maio. O Espírito Santo, que ainda enfrenta entraves na aliança PSB-PT, com reflexos na candidatura própria ao governo do senador Fabiano Contarato e amarrações ao Senado, ainda não entrou, portanto, no radar da estratégia de campanha de Lula. A possibilidade de uma visita do ex-presidente ao Estado chegou a ser anunciada em janeiro deste ano, exatamente para o evento de filiação de Contarato. O formato passou para virtual e a previsão de uma agenda em municípios capixabas saltou para março, o que também não aconteceu. Agora, é esperar pela fase dois da mesa de negociação!
Presenças capixabas
No jantar dessa segunda, também participaram Contarato e a senadora Rose de Freitas (MDB). Mas a pauta não foi o Espírito Santo, e sim a articulação da cúpula do MDB na direção de Lula para tentar reverter a pré-candidatura presidencial da também senadora Simone Tibet (MS), como parte da terceira via, junto com PSDB, União Brasil e Cidadania.
Embate
Informações do Estadão apontam que Rose chegou uma hora após o início do jantar com Lula, lembrando do recente embate com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos articuladores do encontro. O caso se refere à denúncia da senadora de que houve fraude na inclusão do seu nome na lista de apoios da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC, que Randolfe tenta abrir no Senado. Ele rebateu e a repercussão ganhou as redes sociais.
Empacado
A falta de sincronia entre os movimentos do governador Renato Casagrande (PSB) e as conversas nacionais, que envolvem a formalização do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula, tiveram novo capítulo na última semana, mas o cenário permanece inalterado: ele não garante apoio exclusivo ao palanque de Lula e o PT não arreda o pé do projeto de fazer de Contarato o candidato a governador.
Empacado II
A manutenção dos dois palanques, porém, divide votos no mesmo campo, o que não é um bom negócio, principalmente numa campanha que se desenha acirrada e que coloca o governador, dono da cadeira, no alvo principal. A conferir!
Enquanto isso…
…dentro do PT, segue também em aberto outro campo majoritário, das pré-candidaturas ao Senado, pleiteadas pela professora Célia Tavares, que disputou a prefeitura de Cariacica em 2020; o ex-reitor da Universidade Federal do Estado (Ufes) Reinaldo Centoducatte; e o ex-deputado estadual Genivaldo Lievore.
Disputado
Na possibilidade de aliança com o PSB, caso a imposição ainda venha da Nacional, resta saber como o jogo irá se amarrar. O grupo de Casagrande já tem gente sobrando para a vaga. As movimentações atuais envolvem Rose de Freitas, o deputado federal Da Vitória (PP) e o ex-secretário de Estado de Segurança Alexandre Ramalho (Podemos).
Vitrine
Depois de dois anos sem o Carnaval de Vitória e em pleno ano eleitoral, os políticos compareceram em peso ao Sambão do Povo nesse final de semana. Holofotes, apertos de mão, muitas fotos e oba-oba. Ê “beleza”…
Vitrine II
Da disputa ao governo, além de Casagrande, quem aproveitou em condição de protagonista foi o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). O anfitrião da Capital, seu aliado e correligionário Lorenzo Pazolini, abriu espaço para o deputado desfilar à vontade na avenida. Os dois estão do lado oposto ao governador.
Nas redes
“Mais uma vez, a prefeitura de Vitória age para intimidar as famílias do Movimento de Luta por Moradia – Ocupação Chico Prego e para colocá-los na rua, sem nenhum lugar para ficar. No início da manhã, agentes da Guarda Municipal foram à escola Irmã Jacinta, no Romão, para tentar retirar todos do local, mas as famílias resistiram mais uma vez e não foram despejadas. O Movimento continua tentando diálogo, acampado em frente à prefeitura de Vitória (…)”. Deputada estadual Iriny Lopes, do PT.
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