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Freio de arrumação

Após derrota e rebelião de Gandini, governo e base recuam no PL da bolsa estudantil. Falta agora o desfecho de Casagrande…

Leonardo Sá

Na primeira sessão ordinária após o bate-boca no plenário que expôs ruídos internos na base aliada do governador Renato Casagrande (PSB) e gerou declaração de independência de Fabrício Gandini (Cidadania), realizada nesta segunda-feira (27), um recuo nada desprezível: o vice-líder do Governo, Tyago Hoffmann (PSB), citando também o líder, Dary Pagung (PSB), orientou votação da base a favor do projeto que institui a Bolsa-Estudante destinada a alunos da 4ª série do ensino médio da rede pública estadual, com a emenda de Gandini, que dobra o valor de R$ 400 para R$ 800, responsável por deflagrar o caos e apontada por aliados do governador como inconstitucional. Desta vez, absolutamente ninguém quis discutir a matéria ou contestar. Para recapitular: Hoffmann foi o protagonista da discussão contra Gandini no último dia 15, que uniu integrantes da base e da oposição e derrubou veto do governo à matéria. De lá pra cá, Gandini disparou sucessivas críticas à gestão estadual, jogou fora o título antigo de aliado, e ainda passou a se movimentar com outros insatisfeitos, como Vandinho Leite (PSDB), para firmar posição política em bloco. Na estratégia de atuar como bombeiro, o governo evitou nesta segunda uma nova derrota e exaltação de ânimos. O projeto foi aprovado por unanimidade e a peteca jogada no colo de Casagrande, a quem caberá a sanção ou veto. Em mensagem nas redes sociais depois da sessão, Gandini comemorou a aprovação e disse, em tom ameno, que espera contar com a sensibilidade do governador. No aguardo, agora, do desfecho desse “BO político”.

Em cadeia
E tem mais aliado pé da vida. Adilson Espindula (PDT), que tem perfil tranquilo e quase não parte para embates, resolveu retomar o bate-boca do dia 15. Disse que Hoffmann não foi secretário de Casagrande no mandato passado, e sim “primeiro ministro”, com “carta branca e ações que deixavam muitos deputados descontentes”. Também elogiou Gandini e cobrou posicionamento do governador sobre o projeto.

Torcida
A convocação nas redes sociais feita por Capitão Assumção e Lucas Polese, ambos do PL, para comparecimento de apoiadores ao plenário no dia da eleição da Comissão de Direitos Humanos, que seria nesta segunda, levou uma torcida barulhenta para o legislativo. O “líder” do grupo: deputado federal Gilvan da Federal (PL).

Mais um capítulo
A polêmica em torno da disputa, que tem na chapa adversária representantes da esquerda, comandada por Camila Valadão (Psol), adiou de novo a definição. Com a saída de Allan Ferreira (Podemos), que preferiu não se comprometer – seria o voto de minerva -, Dary Pagung indicou João Coser (PT) e Hoffmann como suplente, o que foi deferido pelo presidente Marcelo Santos (Podemos). O placar garante, desta forma, o acordo firmado com os blocos partidários e Camila assumirá a presidência.

Hofolotes
Diante do cenário, restou a Polese-Assumção e alguns aliados aproveitar a plateia para fazer discursos ultraconservadores e contra o “direito dos manos”, como costumam nomear a extrema direita e os bolsonaristas. Com plenário já esvaziado, foi uma “festa”.

‘Fora, Pazolini’
Se a presença do presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet (Republicanos), já chamou atenção no Carnaval de rua do Centro, quem dirá no ato realizado na última sexta-feira (24) por lideranças dos blocos que saem no bairro. Convocada às pressas, a mobilização foi justamente contra mais uma ofensiva do prefeito Lorenzo Pazolini, aliado e do mesmo partido de Piquet, no mesmo hit dos últimos dias: “fora, Pazolini”.

‘Fora, Pazolini’ II
Em política, tudo é sintomático. Embora tenha justificado a presença para demonstrar disposição para o diálogo e dizer que “Carnaval não é de esquerda nem de direita”, Piquet sabia que o alvo da insatisfação era o prefeito, de quem foi inclusive líder na Câmara de Vitória. Sei não, hein!

Escancarou
Aliás, o tratamento dispensado ao bloco Kustelão, em Jardim Camburi, nesse sábado (25), só escancarou o que já era óbvio: o problema de Pazolini é o Centro. Maior colégio eleitoral da Capital, a festa contou com trio elétrico decente com banner da prefeitura, caminhão de água para os foliões, e limpeza imediata da via. Nada disso foi garantido aos blocos do Centro, apesar dos reiterados pedidos, que ainda foram suspensos, após recomendação providencial do Ministério Público do Estado (MPES).

Olha só…
Ah, interessante registrar também. O MPES descobriu a poluição na baía de Vitória e a poluição sonora do Centro. Tudo nesse Carnaval! À espera, então, das medidas emergenciais, com atraso de décadas!

Nas redes
“Vacina é vida. Vacina é pra todos! Esse é o lema do Movimento Nacional pela Vacinação que o Ministério da Saúde acaba de lançar. A nossa intenção é retomar altas coberturas vacinais do Brasil, não só contra a Covid-19, mas de todos os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação”. Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente e professora da Ufes.

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