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‘Inimigo’ da vez

Um dos deputados que mais reclama em plenário do tratamento dispensado pelo governo, o pastor Marcos Mansur (PSDB) voltou sua mira de insatisfação na sessão ordinária desta segunda-feira (16) para o secretário de Saúde, Nésio Fernandes. “Está se achando”, afirmou, manifestando repúdio à postura dele de não o receber para tratar das questões da área. O deputado disse que fez um pedido de informação à pasta, teve dúvida nas respostas, mas para esclarecê-las precisou iniciar uma peleja de mais de 30 dias na tentativa de se reunir com o secretário, sem êxito. “Se a Secretaria da Saúde tivesse a mil por centro, nem assim justificaria não atender um deputado desta Casa”, continuou Mansur. Ele avisou que já comunicou ao líder do Governo: todos os itens que pretendia conversar com Nésio serão tratados agora da tribuna da Assembleia, o que vai render, segundo ele, de 50 a 60 falas, assunto para todo o ano de 2020. Para jogar mais peso em cima de Nésio, que informou ter entrado de férias, o tucano quis comparar e citou outros nomes do secretariado que “atendem na hora, até por WhatsApp”, Rogelio Pegoretti (Fazenda), Vitor de Angelo (Educação) e Paulo Foletto (Agricultura). Daí lembrei…no início do governo, em discurso semelhante, Mansur disparou contra Vitor, também por não atendê-lo. Na época foi acompanhado por outros deputados, que, por sua vez, ao contrário da queixa atual, colocaram Nésio na lista dos disponíveis do governo. Desta vez, só quem acompanhou Mansur foi Lorenzo Pazolini (sem partido), mas para levantar outra questão. “Qualquer trabalhador precisa esperar um ano para ter férias. Nésio começou em janeiro, como pode tirar em 16 dezembro?”. A intervenção virou ofício e o governo terá que prestar “os devidos esclarecimentos, incluindo o embasamento legal” para a concessão do direito. No “chororô” derradeiro de 2019, sobrou, mesmo, para Nésio Fernandes…

Férias merecidas?

O ex-líder do governo, Enivaldo dos Anjos (PSD), e o vice-líder Dary Pagung (PSB), entraram no meio do assunto para dizer que Nésio pode, sim, antecipar as férias. Mas Pazolini não se convenceu. A conferir!

Lei

Em contato com a coluna, Pazolini disse que a Lei Complementar 46/1994 é clara em seu artigo 115 – § 2º: “o servidor público terá direito anualmente ao gozo de um período de férias por ano de efetivo exercício, que poderão ser acumuladas até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica, na seguinte proporção: § 2º Somente após completado o primeiro ano de efetivo exercício”.

Ué!

Enquanto isso, a deputada Iriny Lopes (PT) postou fotos em seu Facebook ao lado de Nésio nesta segunda, dizendo “manhã de reunião” – e as férias? Ela debateu com ele os problemas da saúde no Estado, principalmente no interior e em relação aos atingidos pelo crime da Samarco/Vale-BHP. Iriny, como se vê, não tem tido os mesmos problemas que Mansur.

‘Nem te ligo’

Por falar em Vitor de Angelo, o secretário ignorou duas reuniões de comissões da Assembleia nesta segunda. Uma que debateu o pedido urgente de retorno da 3ª Companhia da Polícia Militar na Praia do Canto e a outra o fechamento de escolas em Cariacica.

‘Nem te ligo’ II

No primeiro caso, a relação com a pasta comandada por Vitor decorre da solução imediata apresentada por moradores e associações, de instalar a companhia onde funciona a Superintendência Estadual de Educação da Serra, na Chapot Presvot. No outro, nem precisa explicar. 

‘Nem te ligo III’

A ausência de Vitor De Angelo foi motivo de críticas dos participantes dos debates nos dois colegiados e também de deputados. Na Comissão de Segurança, também não compareceu o secretário da área, Roberto Sá. Eles foram novamente convocados e deverão ir à Assembleia ainda esta semana. 

Mistério

Do deputado Sergio Majeski (PSB) na votação do Orçamento 2020 nesta segunda: ‘não sei por que até hoje a ministra Rosa Weber não deu seu parecer final”. Ele se referia à ação de sua autoria que “tramita” no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, denunciando a não aplicação do mínimo de 25% do orçamento do Estado na educação.

De gestão em gestão

Majeski lembrou da ação ao justificar seu voto contrário ao Orçamento, mantendo a coerência de seu posicionamento, já que, como destacou, a peça ampara a ilegalidade repetida tanto nos governos Paulo Hartung como de Renato Casagrande.

Quase o dobro

Anunciado há poucos dias, o edital para obras no Portal do Príncipe já esbarra em questionamentos. O deputado Capitão Assumção (PSL), do bloco da oposição – “ops”, dos independentes – apresentou requerimento de informação para saber o motivo do valor ter saltado de R$ 27,9 milhões para R$ 54 milhões. 

Quase o dobro II

O abacaxi agora está no colo do secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, a quem é direcionado o ofício com pedido de explicações.

PENSAMENTO:

“Os homens diferenciam-se pelo que mostram e assemelham-se pelo que escondem.”  Paul Valéry

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