Lorenzo Pazolini acena para servidores, área sensível de sua gestão, e vai pagar abono de R$ 2,5 mil
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), resolveu acenar para os servidores públicos nesta reta final de 2023. Candidato à reeleição, na esteira de muitos embates, denúncias e perdas cobradas pelo funcionalismo municipal, ele mais que dobrou o valor previsto para o abono, passando de R$ 1 mil (como em 2022) para R$ 2,5 mil. Já no final da sessão desta terça-feira (19), a última ordinária do ano na Câmara Municipal, o projeto sequer havia chegado à Casa, ocupada por servidores na galeria. Os vereadores estavam claramente perdidos, até que a gestão avisou do novo cálculo, enviando a proposta quase sem tempo hábil para votação, que precisou acontecer em poucos minutos, com a proposta aprovada por unanimidade. O valor, sem dúvida, é merecido. Mas, a considerar a trajetória de Pazolini na área, a tentativa aí é efetivar uma “jogada de mestre”. Vamos ver se cola…
Providencial
A propósito, a medida ocorre também na véspera da prestação de contas do prefeito no legislativo municipal, nesta quarta-feira (20). A conferir!
‘Poréns’
A chegada do projeto foi tão em cima, que não houve debate, restando também, portanto, dúvidas em relação aos servidores incluídos. O chat da transmissão ao vivo da sessão no YouTube mostrou questionamentos em relação aos inativos e servidores em Designação Temporária (DTs) que estão com contratos prestes a se encerrar.
‘Poréns II’
O vereador André Moreira (Psol) apresentou um destaque em relação a um artigo que exclui do abono servidores licenciados para exercer atividade sindical. O presidente da Câmara, Leandro Piquet (Republicanos), negou, alegando que não foi apresentado os impactos financeiros dessa inclusão.
Markerting pronto
No texto de divulgação feito pela prefeitura após a aprovação, recheado de exaltações próprias, em que anuncia “um presente para cada servidor” e fala em “comprometimento de gestão” e “equilíbrio das contas públicas”, são citados os ativos, que receberão nesta quinta (21), e os aposentados, nesta sexta-feira (22).
‘Penduricalho’
A vereadora Karla Coser (PT) destacou a concessão providencial de Pazolini e cobrou a valorização real dos servidores, com aumento efetivo dos salários. Lembrou, ainda, que categorias foram novamente excluídas, como os conselheiros tutelares.
Distância segura
Outro assunto que passou pela sessão, mas só passou mesmo, foi a liberdade concedida a Armandinho Fontoura (Podemos). Foi citada por poucos vereadores – André Brandino (PSC), Anderson Goggi (PP) e Davi Esmael (PSD). E, mesmo assim, ninguém muito incisivo.
Bloco
Armandinho recebeu decisão favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nessa segunda-feira (18) e saiu da prisão nesta terça. Junto com ele, o jornalista Jackson Rangel e o pastor Fabiano Oliveira, todos presos em dezembro de 2022. Já o empresário Max Pitangu foi solto em Brasília.
Bloco II
O grupo é acusado de integrar uma milícia digital para propagação de fake news e ataques aos ministros do STF. A decisão foi sob condição de cumprir medidas restritivas.
Nas redes
“A Câmara dos Deputados aprovou a Reforma Tributária no dia 15 de dezembro e retirou o artigo que previa que a receita futura dos estados seria a média da arrecadação de ICMS de 2024 a 2028. Essa medida eliminou o risco de perdermos receita a partir de 2033. Isso nos possibilitou tomar a decisão, em conjunto com a Assembleia de revogar o aumento de ICMS e manter nossa alíquota em 17%, a menor do Sudeste”. Renato Casagrande, governador pelo PSB.
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