Fábio Duarte oficializa adesão ao bloco governista. Arrumou uma comissão para chamar de sua?

Seis dias depois de ameaçar migrar para o lado da oposição, o deputado estadual Fábio Duarte oficializou no plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (18), a inclusão do seu partido, Rede Sustentabilidade, no bloco parlamentar governista, aumentando para 20 entre 30 deputados a base alinhada à gestão de Renato Casagrande (PSB). O número foi exaltado pelo líder do Governo, Vandinho Leite (PSDB), junto com um agradecimento “em nome do governador”. Novato na Casa, Fábio Duarte chamou atenção do mercado político na semana passada, ao protocolar ofício informando que integraria o grupo adversário, formado por parlamentares do PL, Republicanos e PRD. Ele recuou em seguida e chegou a falar que optaria pela “neutralidade”, mas acabou marcando posição. Além da Rede, o bloco de Casagrande reúne o seu partido, PSB, o PP, PSDB, PDT, União Brasil, Podemos, PSD, PT e Psol. No pano de fundo da investida de Fábio com o ofício, estaria o interesse de presidir a Comissão de Saúde, hoje nas mãos de Bruno Resende (União). O que pode ter saído dessas conversas que culminaram com a adesão ao bloco ainda não se sabe, porque mais uma vez, a Assembleia deixou de tratar das composições dos colegiados – se não acontecer nesta quarta (19), será mais uma semana de adiamento. Mas, afinal, Fábio arrumou um colegiado ou espaço de destaque para chamar de seu? A conferir!
Caminho inverso
A investida de Fábio foi barulhenta, porque, embora ligado ao ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (PP), ele migrou para o grupo de Sergio Vidigal (PDT) no segundo turno da eleição municipal do ano passado. E Vidigal, como se sabe, faz parte da primeira fileira de aliados fieis a Casagrande, a ponto de integrar o projeto principal da sucessão de 2026.
Caminho inverso II
Da mesma forma, ele ficou na suplência da Assembleia em 2022 pela federação Psol/Rede. Pular para a oposição seria contraditório também neste ponto, já que Camila Valadão (Psol) aderiu ao bloco governista, após risco de empate entre situação e oposição, cenário contornado pela mesma estratégia adotada por outros partidos. A deputada adotava postura de independência.
Lista
Além dos nomes já citados, o “bloco do Casão” ficou assim: Dary Pagung, Janete de Sá e Toninho da Emater, do PSB; Marcos Madureira, Raquel Lessa e Zé Preto, do PP; Alexandre Xambinho e Allan Ferreira, do Podemos; Mazinho dos Anjos e Vandinho Leite, do PSDB; Bruno Resende, Deninho Silva e Marcelo Santos, do União; Adilson Espindula e Gandini, do PSD; Iriny Lopes e João Coser, do PT; e José Esmeraldo (PDT).
Lista II
E quem são os dez deputados contrários ao governador? A bancada do PL, Capitão Assumção, Danilo Bahiense, Lucas Polese, Callegari; do Republicanos, Alcântaro Filho, Bispo Alves, Hudson Leal, Sergio Meneguelli e Pablo Muribeca; e Coronel Weliton (PRD).
Cabo eleitoral
Ainda na Assembleia, o presidente Marcelo Santos (União) se reuniu, nessa segunda-feira (17), com o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), hoje o número 1 da candidatura ao Palácio Anchieta. “O cardápio é o futuro do ES”, destacou. Assim como fez com o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), Marcelo atuará como cabo eleitoral desde já, porém, agora no campo inimigo.
Não muda
Pazolini, aliás, finalmente liberou a programação do Carnaval de Rua do Centro de Vitória, depois de muitas críticas e cobranças. Em cima da hora, protagonizando mais um capítulo do descaso que tem pelo bairro, numa contradição gritante com outros cantos da cidade, onde investe, sobe em palco e trio elétrico, e até paga de cantor. Passa ano, entra ano, o problema se repete.
Na mira
Oposição ao prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), o vereador bolsonarista Pastor Fabiano (PL) acionou o Ministério Público Estadual (MPES), acusando o secretário municipal de Meio Ambiente, Ricardo Borgo, de “crime de responsabilidade”, com pedido de providências e afastamento do cargo. E qual é a bronca?
Na mira II
…o vereador alega que fez um pedido de informações no final de janeiro ao secretário sobre o Programa Operacional de Controle Animal (Poca). Ao invés de encaminhar os documentos, Borgo afirmou ao Pastor Fabiano, por email, que os dados são públicos e estão disponíveis no site da Transparência da prefeitura, bastando acessá-los. Pronto, estabeleceu-se a polêmica.
Nas redes
“(…) o espaço neste plenário é essencial para o debate e a construção de uma Vitória melhor para todos. É fundamental que mantenhamos a cordialidade e o respeito as diferentes ideologias, mesmo quando as opiniões dos parlamentares divergem. O respeito deve sempre prevalecer (…)”. Mara Maroca (PP), vereadora de Vitória da base de Pazolini, em fala sobre segurança pública e em defesa do Carnaval, com destaque para geração de renda aos ambulantes.