No Senado, Magno Malta já pode ser considerado candidato sem volta, enquanto Hartung anunciou fim do ciclo
Com apenas uma vaga em disputa no Senado em 2022, o mercado capixaba de apostas já jogou alguns nomes para o eleitorado nos últimos meses, mas o quadro ainda é incerto. As atenções principais se voltaram este ano para o ex-senador Magno Malta (PL), que tentará retornar a Brasília depois de uma derrota inesquecível em 2018, como um dos palanques do presidente Jair Bolsonaro, filiado recentemente ao seu partido. E, obviamente, para o ex-governador Paulo Hartung (sem partido), que depois de muito aproveitar a exposição na imprensa, apareceu na última semana garantindo que “pendurou as chuteiras” e irá participar ativamente do pleito, porém, como voluntário. Em outros campos, a senadora Rose de Freitas (MDB) insiste em consolidar sua candidatura à reeleição, dentro do bloco do governador Renato Casagrande (PSB), mas nos bastidores, os comentários são de que ele poderá descer para a Câmara dos Deputados. No bloco do Republicanos, que já lançou ao governo o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso, nada ainda de cravar o candidato ao Senado. O partido citou a possibilidade de o deputado federal Amaro Neto assumir a candidatura ou o ex-prefeito de Colatina, Sergio Meneguelli. Se a escolha for Amaro, Meneguelli pula do barco e vai construir seu palanque em outro partido. Mais um nome que circula, com menos ênfase pública, é do coordenador da bancada capixaba, Da Vitória, que estaria de saída do Cidadania. O deputado, como se sabe, beija a mão tanto de Casagrande como de Bolsonaro, que também tem outro seguidor se dizendo no páreo, depois de recuar: o Tenente Assis, pelo PTB. Agora, resta aguardar os capítulos de 2022…
Base
O Senado tem 81 vagas, e 27 delas serão renovadas. A eleição é estratégica para os principais candidatos a presidente, até agora Bolsonaro e Lula, devido à necessidade de fortalecer as bancadas na Casa. Do Estado, já estão por lá Rose, a cadeira em disputa em 2022; Marcos do Val (Podemos), que também “bica” todos os lados; e Fabiano Contarato, o mais novo quadro do PT.
Padrinho
Enquanto se esquiva do Senado, como já detalhado aqui na coluna, Hartung segue focado em apadrinhar a chamada terceira via. Ele participou da formulação de um documento com 22 propostas para os planos de governo dos candidatos à Presidência, num evento chamado “Encontro do Rio”. Ao lado dele, um parceiro de longa data, Arminio Fraga, ex-Banco Central.
Padrinho II
E quem realizou o encontro? O apresentador de TV Luciano Huck, o ex- candidato de PH que não vingou, que se esforça para não desmobilizar seu grupo, como alegou ao Estadão. No mesmo jornal, estão alguns dos temas do documento. Veja bem…
Só rindo
…economia verde; combate às desigualdades; programa de assistência social com foco na distribuição de renda; fim da reeleição para cargos no executivo; impedimento pelo próximo presidente de “toda e qualquer iniciativa de regularização de grilagem de terra”; e atuação a favor da demarcação de reservas indígenas. E quando foi que PH colocou em prática qualquer um desses pontos, nas suas três gestões no governo? Na prática, foi tudo inverso.
Ué…
Sobre o Tenente Assis, só para complementar…primeiro ele foi anunciado candidato ao Senado, cargo inclusive que já disputou em 2018, pelo PSL. Depois mudou tudo e comunicou que tentaria a Câmara dos Deputados. Aí, de novo, mudou tudo e voltou para o Senado. Mas, vem cá, vai disputar espaço com Magno Malta, na fatia bolsonarista?
Ué II…
Candidato a prefeito de Cariacica derrotado no ano passado, Tenente Assis se reuniu no início deste mês com a presidente nacional do PTB, Graciela Nienov, e o ex-deputado federal Carlos Manato (sem partido), candidato bolsonarista ao governo. O encontro terminou em exaltação a uma possível chapa do partido no campo majoritário. Mas…
Circulando
…como já dito aqui, Manato não fechou a questão, também não desistiu do PL, para ficar junto do presidente da República, e ainda se reuniu nessa terça-feira (28) com o presidente do Brasil 35 no Espírito Santo, Paulo Bastos.
Mas, gente…
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), ou não sabe o que faz, ou não quis encarar mais atritos com os servidores. A convocação de todo o funcionalismo para o trabalho nesta sexta-feira de Ano Novo, que gerou insatisfações generalizadas, foi desfeita nesta quarta-feira (29).
Mas, gente II…
Agora, permanece somente para a área de Saúde, já que a motivação é o aumento da demanda nas Unidades Básicas em decorrência da epidemia de Influenza e da pandemia da Covid-19.
Mas, gente III…
Como dito aqui na coluna passada, o prefeito havia chamado até as áreas administrativas, alegando querer todas as unidades e serviços funcionando normalmente. A polêmica se estabeleceu, e, de um dia para o outro, ele recuou.
Pausa
A colunista se despede de você, leitor e leitora, nesta quarta-feira (29), para um período de férias. Volto em breve. Até lá!
Nas redes
“Nossas crianças não merecem o vírus, merecem vacinas”. Nésio Fernandes, secretário estadual de Saúde
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