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Lá vem ele…

Enredo em torno de Hartung repete os confetes de sempre. Pode acontecer tudo ou…nada!

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Leonardo Sá

De tempos em tempos, não é novidade alguma, o ex-governador Paulo Hartung (sem partido) vira destaque na imprensa nacional e local como personagem central de futuros projetos políticos. Sempre como possível candidato, sempre posando de ovacionado pelo mercado, e sempre depois de ficar de fora dos holofotes por um longo período. O “fuzuê” registrado nos últimos dias com esse mesmo enredo não é, portanto, inédito e, também como de costume, ninguém sabe onde vai parar. Nas últimas vezes, não deu em absolutamente nada, apesar dos acenos e confetes. A mais recente delas, foi na época das articulações para as eleições de 2022. Hartung foi incensado como candidato à Presidência da República e ao Senado, e o PSD, que volta à jogada agora, também chegou a ser colocado como seu destino partidário. Nos capítulos da vez, a história que veio à tona com informações publicadas em O Globo, na coluna de Lauro Jardim, é que Hartung vai se filiar ao partido comandado por Gilberto Kassab (SP) para disputar novamente o governo do Estado. Isso seria feito em abril, após terminar o mandato dele no Conselho de Administração da Vale. No PSD, o ex-governador seria responsável, também, por comandar a fundação Espaço Democrático, voltada para estudos e formação de novos quadros. Isso tudo na sequência de uma pesquisa Paraná, em que Hartung aparece em segundo lugar, próximo do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), no cenário desenhado para 2026, ambos na frente dos aliados e possíveis nomes do grupo adversário de Renato Casagrande (PSB). Os anos anteriores não deixam dúvidas: os novos sinais estão aí, mas ainda é cedo para cravar que Hartung estará, de fato, no jogo – a filiação partidária é medida à parte e não depende disso. Veremos o que se apresentará mais adiante. Que comecem as apostas!

Números

No levantamento da Paraná Pesquisas, de menção estimulada, divulgado no dia 9 deste mês, Hartung aparece, no primeiro cenário, com 17%, e Pazolini com 22,4%. No segundo, alcança 20,6%, e Pazolini 23,6%.

Números II

O bloco que abre a pesquisa tem três nomes do grupo palaciano: o vice, Ricardo Ferraço (MDB), que vem atrás de Hartung, com 13,8%; o prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), com 12%; e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), com 7%. Os demais nomes são Evair de Melo (PP) e Helder Salomão (PT), ambos com 6,4%. Completam os dados os brancos e nulos e não querem ou não opinaram.

Números III

No outro cenário, saem Ferraço e Arnaldinho, e Vidigal fica com 12,8%; seguido dos deputados federais Da Vitória (PP), com 7,8%, e Helder Salomão (PT), com 6,6%; do prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), com 6,4%; e do também deputado federal Gilson Daniel (Podemos), com 3,7%.

Caiu

Ao contrário dos dados ao governo, para o Senado, Paulo Hartung  fica em terceiro, com 17,4%, atrás de Pazolini, com 20,9% – o prefeito, porém, não é cotado ao cargo – e bem distante de Renato Casagrande (PSB), com 41,6%.

O que mudou?

Nas articulações de 2022, depois de permanecer na mídia por meses como possível candidato, Hartung saiu de cena com frases como  “meu ciclo está vencido” e “já percorri muito esse caminho”. Antes, já tinha anunciado aposentadoria na carreira eleitoral, repetidas vezes.

Passou batido

Nas eleições municipais deste ano, ele quase não apareceu. O fez somente em Domingos Martins (região serrana), para manifestar apoio ao candidato derrotado, Fabinho Trarbach (PSB), já na reta final de campanha, e em Vitória, após a reeleição de Pazolini, quando manifestou “alegria” e destacou que “se consolida “uma nova liderança no Estado”.

PH-Pazolini

Caso os acenos desta vez desaguem em palanque, a tendência, hoje, seria Hartung “casar” com Pazolini com uma disputa ao Senado. O prefeito, até que se prove o contrário, permanece na preferência da lista de seu grupo para o governo do Estado.

PH-Cris

Em novembro último, o ex-governador se reuniu com a vice eleita, Cris Samorini (PP), ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes), campo de influência e relações sólidas de Hartung, que sempre governou para o empresariado, negligenciando questões sociais e ambientais. Os partidos envolvidos nos planos, portanto, seriam PP, Republicanos e PSD, para fazer frente ao grupo de Casagrande.

Nas redes

“Uma boa notícia para o PSD. Um entendimento discreto acabou sendo noticiado pelo competente colunista Lauro Jardim. A partir de abril, um dos gestores públicos mais respeitados do Brasil retorna às atividades partidárias, agora filiado ao PSD. Vai comandar as atividades da Fundação do PSD, o Espaço Democrático. O Espírito Santo e o Brasil ganham muito com a volta de Paulo Hartung. Bem-vindo, Paulo!”. Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, em publicação nesse sábado (28).

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