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Audifax, Carlos Manato e Felipe Rigoni dão início às investidas para “ressuscitar” eleitoralmente

Leonardo Sá/Ag.Câmara

Derrotados em 2022, personagens conhecidos do mercado já começam a “colocar as asas para fora” na tentativa de “ressuscitar” eleitoralmente. Audifax Barcelos (sem partido), Carlos Manato (PL) e Felipe Rigoni (União) têm lançado cada vez mais sinais nas rodas que projetam cenários para as próximas eleições e também na imprensa e nas redes sociais, em busca de reinserção nas cotações do jogo. No caso de Audifax, além das conversas com partidos, as investidas miram no seu adversário tradicional, o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), e em retomar as andanças pelo município. O assunto escolhido para marcar a entrada em campo, não à toa, há anos é alvo de muitos embates e disputas por paternidade: o Hospital Materno Infantil. Carlos Manato, depois de um longo e tenebroso inverno e até anúncio de aposentadoria eleitoral, resultado do baque sofrido em 2022, nas últimas semanas passou a dizer que está à disposição do partido para erguer um palanque, mas só em 2026 – haja tempo! – e voltou a fazer críticas mais sistemáticas ao governo Casagrande, quem achou que iria liquidar com a marca Bolsonaro. O terceiro da lista, Rigoni, depois de dois projetos frustrados no último pleito, foi abrigado na gestão do governador Renato Casagrande (PSB) como secretário de Meio Ambiente, mas já aparece por aí com anúncios de interesse em disputar a Prefeitura de Vitória. Para além de garantir um lugar na mesa de negociação, quem se habilitará, de fato?

Alcance
Audifax e Manato, como se sabe, disputaram o Palácio Anchieta, ambos como oposição a Casagrande. O ex-prefeito da Serra foi mal, ficou em quarto lugar, com 6,5% dos votos (135,5 mil). Manato, pelo contrário! Deu um susto no governo no primeiro turno, avançou, mas não fechou o total das urnas – recebeu 46,2% dos votos ou 1 milhão, enquanto Casão obteve 53,8%, o equivalente a 1,7 milhão.

Alcance II
Já Rigoni tentou inicialmente o governo, para combater o governador, com quem posteriormente firmou parceria, e acabou mesmo no projeto de reeleição. Era a aposta do União Brasil, depois de insatisfações e debandada, mas ficou pelo caminho, com 63,3 mil.

Mais um round
As movimentações atuais de Audifax envolvem conversas com partidos como o PSDB e o MDB, com foco exatamente no seu reduto eleitoral, a Serra. Vidigal já garantiu que não irá tentar a reeleição, mas apresentará um sucessor. Em 2020, sem poder disputar, o ex-prefeito não conseguiu eleger o aliado Fábio Duarte (Rede), mas teve segundo turno.

Mais um round II
No caso do PSDB, a filiação uniria duas lideranças com votos no município e sedentos para suplantar o grupo de Vidigal. O próprio Audifax e o deputado estadual Vandinho Leite, que ficou em terceiro lugar na última disputa municipal.

Marcou terreno
O caso de Rigoni apareceu no contexto partidário do União Brasil, quando o deputado estadual Denninho Silva assumiu o diretório da Capital e já saiu anunciando interesse em convidar o aliado e prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) para se filiar à legenda. Veio, então, o secretário estadual e colocou o pé na porta, marcando a possível candidatura.

Marcou terreno II
A manifestação, inclusive, chamou atenção, porque Rigoni é de Linhares, no norte do Estado. No ano passado, ele obteve 9,3 mil votos na Capital e, no seu reduto, 8,4 mil. O secretário tem também relações com o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que há semanas integra as cotações para ser o candidato tucano à prefeitura. Pazolini não está nos planos.

Para lembrar…
Luiz Paulo quis erguer candidatura em 2020, mas foi barrado pelo diretório municipal, que escalou para a missão a ex-vereadora Neuzinha de Oliveira. O resultado eleitoral foi inexpressivo. Hoje, o cenário partidário para o ex-prefeito é outro.

Planície
Já Carlos Manato, pensando em 2026, esbarra em complicações. Sem cargo ou articulação partidária, o que fará até lá? Seguirá apenas divulgando seus investimentos milionários como empresário?

Fila
Não há como esquecer, ainda, os complicados movimentos do senador Magno Malta no comando do PL no Estado. Manato quase não conseguiu se candidatar ao governo pelo partido e entrou na empreitada com as mãos abanando de recursos. Sobre 2024, quem está nas cabeças para a eleição de Vitória, segunda principal vitrine política do Estado, como já citado aqui na coluna, são os deputados Capitão Assumção e Gilvan da Federal.

Nas redes
“Compare e reflita. Mesmo cargo, mesmas atribuições e responsabilidades. A diferença está na importância que cada governador dá ao tema. Os frutos de nossas escolhas sempre serão inevitáveis”. Manato, em uma de suas recentes postagens, comparando decisão do governo de Santa Catarina de colocar policiais na escolas com a negativa de Casagrande.

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