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Mais uma rodada

Com obstáculos no PT e PSB, Contarato conversa com o presidente do PDT, Carlos Lupi. Mas…e Vidigal?

Divulgação/Assessoria

Com obstáculos no PT e PSB que prejudicaram o prosseguimento de conversas já iniciadas, o senador Fabiano Contarato (Rede) abriu mais uma rodada de negociação para filiação e possível palanque ao governo do Estado em 2022, desta vez com o PDT. O passo inicial foi dado com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, o que se repetirá nos próximos dias, como noticia a imprensa nacional. O convite é para que o senador erga o palanque local do presidenciável Ciro Gomes, que se movimenta para mais uma disputa depois da derrota de 2018. Assim como nos casos anteriores, porém, a costura feita pela Nacional esbarra no cenário capixaba, onde o PDT é comandado pelo prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, aliado da primeira fileira do governador Renato Casagrande, com direito a declarações antecipadas de apoio à reeleição. Contarato tem repetido o interesse em disputar o governo, mas também que não considera a possibilidade uma imposição para entrar numa nova legenda, diante da saída inevitável da Rede Sustentabilidade. Este projeto, no entanto, tem sido, até agora, o principal empecilho nas negociações. No PT, para onde foi chamado pelo ex-presidente Lula, está no centro a aliança com o PSB, dentro do projeto prioritário já manifestado pelos dois partidos de derrotar o presidente Jair Bolsonaro. Neste caso, o PSB não abre mão da candidatura de Casagrande. O mesmo ocorre em relação ao próprio PSB, após convite de Carlos Siqueira ao senador. Sem palanque ao governo do Estado fica fácil, basta Contarato escolher o abrigo de sua preferência. A prevalecer essa meta, muitos nós ainda terão que ser desatados. No aguardo dos próximos capítulos…

Em campo
A candidatura de Ciro Gomes tenta se consolidar como uma terceira via, com críticas tanto a Bolsonaro quanto ao ex-presidente Lula. O ex-governador do Ceará e Carlos Lupi já iniciaram viagens aos estados e debates online, em busca de apoios para consolidar o palanque de 2022.

Saia justa
Pensando nesse projeto prioritário do PDT e na costura feita por cima com Contarato, a pergunta que não quer calar: como ficaria Vidigal e o partido no Estado, no caso de um palanque próprio, de fato?

Contramão
Como já dito aqui, Casagrande tem defendido que o PSB não feche as portas para Ciro Gomes e também se posiciona contra a polarização entre Bolsonaro e Lula. A negociação entre Siqueira e o ex-presidente, no entanto, avança. Além do Espírito Santo, o PSB não abre mão de candidaturas no Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.

Segundo plano
O encontro entre Lula e Contarato foi realizado em maio deste ano, em Brasília. Na ocasião, foi oferecido ao senador, que faz oposição a Bolsonaro, uma candidatura ao governo. Mas, na prática, o projeto número um é a Presidência da República e, tudo que atravessá-lo, vira segundo plano para o PT.

Presença
Desde então, Contarato até tem participado de eventos de filiações ao PT, como de seu assessor e ex-deputado estadual Roberto Carlos e do ex-candidato a prefeito em Vila Velha, Rafael Primo, para quem pediu votos em 2020. É sempre exaltado pela legenda, mas nada de definir seu destino.

Trio
O que parece certeza mesmo, até agora, é que a decisão de Contarato sairá desse trio partidário – PT, PSB e PDT. Apostas?

Sem desfecho
Demandas já feitas pelos estados ao Ministério da Saúde foram reforçadas nesta terça-feira (13), em reunião do Fórum Nacional de Governadores com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Brasília, mas, de novo, negativas e falta de consenso.

Sem desfecho II
O governo federal não consentiu, até agora, com a antecipação da segunda dose da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz), medida apontada como necessária para barrar a ameaça da variante Delta, como também apontam epidemiologistas do Espírito Santo, nem apresentou o solicitado cronograma detalhado de disponibilidade de doses, pedido reforçado por Casagrande. As informações estão limitadas a este mês de julho.

Sem desfecho III
Há debates, também, sobre a imunização de adolescentes. Por aqui, até agora, a meta é para vacinar jovens de 12 a 17 anos com comorbidade. Em outros lugares, o plano é ampliar para todo o grupo, diante das defesas de retorno de aula obrigatório, como pretendem, também, os secretários estaduais de Saúde, Nésio Fernandes, e de Educação, Vitor de Angelo.

‘Pacto’
Sem as concordâncias esperadas, alguns governadores e prefeitos já começam a “andar com as próprias pernas”, com decisões individuais, o que foi criticado por Queiroga após a reunião, apontando à imprensa “rompimento do pacto nacional”.

‘Pacto’ II
O Rio de Janeiro anunciou que irá aplicar a segunda dose da AstraZeneca com intervalo de 60 dias. Pedido nesse sentido foi feito recentemente por secretários estaduais, incluindo Nésio, mas sem êxito. Na semana passada, São Paulo publicou a antecipação do calendário dos adolescentes para agosto. Outros estados e cidades, até mesmo menores, fazem o mesmo. E o Espírito Santo, vai aguardar, aguardar, aguardar?

Nas redes
“Aprovamos hoje [terça, 13] o Projeto de Lei 118/2021, do vereador Anderson Goggi [PTB], que coibi os ‘sommeliers de vacina’, colocando quem se recusa a tomar a vacina, por conta de laboratório, no final da fila da campanha de imunização”. Vereadora de Vitória Camila Valadão, do Psol.

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