Para atender à estratégia bolsonarista do voto impresso, Norma, Da Vitória, Neucimar e Ted Conti contrariaram os próprios partidos
O resultado da votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Voto Impresso na Câmara dos Deputados, bandeira do presidente Jair Bolsonaro, só reforçou a constatação de que o Espírito Santo tem sido muito mal representado em Brasília. Uma proposta dessa, que alimenta as acusações e delírios sem provas de fraudes nas urnas e ataques pessoais do presidente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), registrar adesão de praticamente toda a bancada capixaba…a que pontos chegamos! No caso de Neucimar Fraga (PSD), Ted Conti (PSB), Da Vitória (Cidadania) e Norma Ayub (DEM), os posicionamentos contrariaram até mesmo a orientação dos respectivos partidos. Surpresa? Nenhuma, infelizmente! A depender da maioria dos parlamentares do Estado, seguiremos ladeira abaixo.
Mal das pernas II
Assim como Bolsonaro, os deputados do Estado também saem, portanto, derrotados. Anota aí, para não esquecer: além dos quatro acima, Amaro Neto (Republicanos), Lauriete (PSC), Soraya Manato (PSL) e Evair de Melo (PP). Pior: há quem bata palma!
Só um
O único a votar contra foi Helder Salomão (PT). Felipe Rigoni (sem partido) apareceu depois nas redes sociais para manifestar sua posição contrária, mas seu voto não foi computado em plenário, como registrado no placar da Câmara. Portanto, para todos os efeitos, não votou. Isso, até, agora, ele não explicou.
Pior que está…fica!
O posicionamento da maioria sobre o voto impresso se repete em outras votações. Ou se escolhe o muro ou o atraso. Tem sido assim também em relação às reformas, às privatizações e ao “fundão”. Só nos resta, mesmo, o “salve-se quem puder!
Eleição antecipada
Devagar, quase parando, antes do recesso. Devagar, quase parando, também neste mês, após o retorno. As sessões da Assembleia Legislativa têm sido surreais. Pouco assunto relevante, horários reduzidos e quedas por falta de quórum, como registrado nesta quarta-feira (11). A maioria dos deputados já pensa somente na disputa de 2022.
De novo
A atuação do secretário de Governo, Gilson Daniel (Podemos), segue incomodando deputados da base do governador Renato Casagrande. Durante votação de veto nessa terça-feira (10), Bruno Lamas (PSB) reclamou pela terceira vez em plenário, de que o cargo não pode ser ocupado por um político, que pretende disputar eleição. Gilson está em campo para construir palanque à Câmara Federal.
Norte-noroeste
Em mais uma rodada de conversas, Casagrande se reuniu nessa terça com os vereadores de Boa Esperança, Conceição da Barra, São Mateus, Montanha, Mucurici, Pinheiros, Ponto Belo, Pedro Canário e Jaguaré. Presença garantida, como sempre, da vice Jacqueline Moraes (PSB).
Ampliação
Na próxima semana, o encontro será com os vereadores do Caparaó, leia-se Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibitirama, Muniz Freire, Irupi, São José do Calçado, Alegre, Bom Jesus do Norte, Ibatiba, Jerônimo Monteiro e Iúna. Os primeiros, há poucos dias, foram os da região serrana do Estado.
Obras
Os encontros, agora semanais, segundo Casagrande, são para estreitar a relação com os vereadores e debater os investimentos e as prioridades das comunidades. No centro, a realização de obras.
Nas redes
“A Câmara calou fundo os golpistas! A Democracia não existe pela metade: ou se é um país democrático ou não, sem meio-termo! O desespero bolsonarista receberá a contundente e derradeira resposta em 2022, para todos os seus desmandos! Viva o Brasil!”. Senador Fabiano Contarato, da Rede.
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