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Mesa ainda aberta

PSB e PT fecham aliança em três estados. Por aqui, conversas prosseguem, à espera do “fator Contarato”

Jefferson Rudy/ Agência Senado

A antiga aliança entre PSB e PT em nível nacional, que voltou a ser debatida após a retomada dos direitos políticos do ex-presidente Lula, já foi consolidada em três estados (Piauí, Paraíba e Amapá) e ainda prossegue com articulações no Espírito Santo, Pernambuco e Sergipe. O tabuleiro, citado pela imprensa nacional, remete a dois movimentos recentes na política capixaba: a reunião realizada há um mês entre os partidos com a participação do governador Renato Casagrande e, principalmente, a anunciada para esta semana, entre Lula e o senador Fabiano Contarato (Rede), para reforçar, pessoalmente, o convite de filiação ao PT, já articulado por lideranças políticas, com sinalização de interesse do próprio Contarato. O desfecho da conversa, caso resulte, mesmo, num projeto de palanque ao governo do Estado em 2022, cria obstáculos evidentes à parceria negociada pelos comandantes das duas legendas, ao esbarrar na candidatura à reeleição de Casagrande. O ex-presidente chegou em Brasília nesta segunda-feira (3), para uma ampla agenda. O que sair da “amarração” entre ele e Contarato define os próximos passos, com a prioridade, como já anunciado, ao projeto articulado por Lula à Presidência da República. Assim como a mesa permanece em aberto para PT e PSB, outros partidos também estão à espera do “fator Contarato”, o mais votado ao Senado em 2018 e de oposição a Jair Bolsonaro.

Mesa ainda aberta II
E quais seriam os partidos possíveis? O próprio PSB e o PDT, do prefeito da Serra, Sérgio Vidigal. Mas as conversam só andam, também, sem a candidatura de Contarato ao Palácio Anchieta. Vidigal está mais do que fechado com Casagrande, em aliança anunciada com bastante antecedência para o próximo ano. E, por aqui, não há quem aposte que o governador não será candidato à reeleição. Lembrete: mandato de Contarato no Senado vai até 2026.

Protagonismo
A propósito, o projeto de sua autoria que estabelece um piso nacional para a enfermagem no Senado, depois de puxado pela deputada estadual Janete de Sá (PMN) no plenário da Assembleia, atraiu mais parlamentar atrás de assumir o protagonismo local: o presidente Erick Musso (Republicanos).

Protagonismo II
Na sessão desta segunda-feira (3) da Assembleia, Erick convocou os deputados a assinarem uma indicação de sua autoria, para que o governo do Estado faça o aporte do mesmo valor destinado aos professores para compra de computadores e ajuda de plano de internet, de R$ 5 mil, como forma de gratificação aos enfermeiros e técnicos. Projeto de lei não cabe no caso, já que seria inconstitucional, por gerar despesa para o executivo.

Caixa
As categorias, sem dúvida, merecem bônus, aumento salarial e tudo mais, no entanto, as movimentações sinalizam, também, para questões políticas, as mesmas registradas nos últimos dias entre o deputado e Casagrande. Erick não falou no impacto financeiro da proposta, nem deixou de enviar seu recado para o governador: “tem caixa pra isso”.

De volta
O ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PSDB) retomou suas tradicionais reuniões às segunda-feiras, começando neste dia 3. A diferença é que, ao invés da Prainha, será no formato virtual, em seu canal no Youtube. “Como sempre, você sabe, não tem assunto proibido”, avisou nas redes sociais. 2022 vem aí!

Cadeira
Depois da derrota do ano passado para o atual prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), Max assumiu em abril a coordenação do Instituto Teotônio Vilela (ITV), do ninho tucano, no Espírito Santo. Disse, na ocasião, que “o momento é oportuno para rever os rumos da nossa política local, estadual e nacional”.

Faça o que falo…
O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) não deixou passar uma publicação do ex-governador Paulo Hartung (sem partido) nas redes sociais sobre educação básica e a necessidade de “um grande Pacto pela Aprendizagem”. “Não sei se rio ou se choro!”, disparou Majeski, lembrando o “legado” de Hartung na área.

Faça o que falo II…
Resumo de Majeski: “fechou 42 escolas e mais de 5 mil turmas, acabou com o ensino médio regular noturno, tornou a Educação de Jovens e Adultos (EJA) semipresencial, deixou de investir bilhões na educação, desviando dinheiro dos 25% obrigatórios para fins previdenciários, o que resultou num aumento enorme de jovens em idade escolar (ou acima da idade) fora da escola. Mas ‘continua preocupado’ com a educação!”.

Incluiu
Majeski finalizou repetindo as críticas também ao governador: “em tempo, Casagrande não fez praticamente nada para mudar essa situação”.

Nas redes
“Estou ao lado dos prefeitos e lutando dia após dia para que quase 30 comarcas do Espírito Santo não sejam extintas. Conseguiremos adiar o julgamento sobre o tema para defendermos com todas as nossas forças a manutenção das comarcas. Uma vitória nesse sentido significa garantir cidadania à população dos municípios capixabas”. Rose de Freitas, senadora pelo MDB.

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