Com reeleição de prefeitos, comandos em câmaras só mudarão de nomes, ou nem isso!
Principais colégios eleitorais da região metropolitana, os municípios de Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica reelegeram seus atuais prefeitos em outubro, e se preparam para definir os próximos presidentes das câmaras, em janeiro de 2025. Com o poder nas mesmas mãos, os comandos dos legislativos só mudarão, porém, de nome, ou nem isso! Ficará tudo igual e favorável aos gestores pelos próximos quatro anos, com ruídos isolados da oposição. Na Capital, a bola está no pé do vereador Anderson Goggi, aliado de Lorenzo Pazolini (Republicanos), e quadro do PP, partido que se consolidou como a principal perna dessa aliança, que deverá se estender até o pleito de 2026. Goggi assumirá a cadeira de Leandro Piquet, ex-Republicanos e atual PP, que decidiu não se candidatar à reeleição e deve receber abrigo na próxima gestão. Por enquanto não apareceu nenhum concorrente para ele, e tudo indica que assim ficará. Na Serra, o atual presidente, Saulinho da Academia (PDT), dificilmente perderá o posto. Ele foi o vereador mais votado este ano, com 8,2 mil, e tem o apoio do prefeito eleito, Weverson Meireles (PDT), e do atual, Sergio Vidigal (PDT). Um grupo chegou a ensaiar uma movimentação paralela, mas ainda não vingou. O mesmo deve ocorrer em Cariacica, onde o atual presidente, Lelo Couto (MDB), reina sozinho em campo, com aval de Euclério Sampaio (MDB). Vila Velha é o único campo congestionado, mas por pouco tempo, já que a tendência é fechar um nome de consenso. Com a maior bancada eleita, o Podemos, partido de Arnaldinho, recebe as apostas mais altas. Quem não tem se descolado do prefeito, vale reforçar, é Joel Rangel!
Correligionários
Do mesmo partido, estariam no páreo Rogério Cardoso e Ivan Carlini, que passou anos e mais anos na Presidência da Câmara – chega, né? O Podemos elegeu mais três vereadores: Anadelso Pereira, Léo Pindoba e Thiagão Henker.
Na área
Fora do partido, estaria ainda nesse pelotão da frente, em articulações, Osvaldo Maturano (PRD). A vereadora Patrícia Crizanto (PSB) declarou oficialmente sua candidatura, no entanto, não aparece nas principais cotações.
Paz e amor?
O presidente da Câmara de Vila Velha, como se sabe, é Bruno Lorenzutti (MDB), ex-aliado fiel de Arnaldinho. Ele tinha expectativa de formar a vice na chapa da disputa deste ano, mas foi preterido para dar lugar à indicação do PSB, Cael Linhalis. O vereador saiu acusando traição do prefeito e não se candidatou à reeleição. Recentemente, porém…
Paz e amor II?
…Lorenzutti apareceu em fotos nas redes sociais, ao lado do presidente estadual do Podemos, Gilson Daniel. Nos comentários, mensagens de “nova fase” e “nova caminhada”, com projeções para 2026. A conferir!
Minoria
Na Serra, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Republicanos), que pertencia à base de Vidigal, era apontado como possível concorrente de Saulinho. Mas, com a derrota do deputado Pablo Muribeca (Republicanos), o nome dele perdeu força. Caldeira segue nos bastidores, só que não deve conseguir a maioria em plenário para fazer frente ao grupo da situação.
Tudo dominado
Weverson Meireles terminou o primeiro turno com 13 vereadores da sua coligação garantidos no plenário, já a maioria entre as 23 vagas. Depois, na disputa contra Muribeca, conseguiu agregar mais cinco, somando hoje nada menos do que 18 nomes.
Cadê?
Por falar nos municípios da Grande Vitória, o interior está dando um banho no quesito anúncio do secretariado. Vários prefeitos eleitos já iniciaram o processo, enquanto por aqui tudo ainda segue lento e sob mistério.
Vitrine
Na Capital, além de Piquet, espera-se a definição sobre o presidente do Republicanos, Erick Musso, que se dedica apenas a atividades partidárias desde a derrota de 2022 ao Senado. Se pretende voltar às urnas, tem logo que arrumar um cargo, e com visibilidade!
Nas redes
“Diálogo produtivo com meu amigo Guerino Balestrassi [MDB], um prefeito honesto, trabalhador e que faz uma gestão brilhante em Colatina. Estamos sempre juntos! Conte comigo!”. Gilson Daniel, em mais um encontro político