PL tenta colocar gás na estratégia eleitoral em Vitória – Pazolini x Assumção -, mas…
Os bolsonaristas do PL no Estado, partido comandado pelo senador Magno Malta, fazem barulho desde essa quinta-feira (23), por conta de uma matéria veiculada na Revista Veja sobre o cenário eleitoral em Vitória. O diretório municipal publicou nota e Magno espalhou vídeo para “refutar” o conteúdo, chamado de “esdrúxulo e, no mínimo, esquisito”. E qual seria o problema? A referência ao prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), como bolsonarista no título, numa análise que mostra a possibilidade de repetir, por aqui, o embate entre ele e o petista João Coser. No decorrer do texto, o veículo recorda do cenário do pleito passado, detalha os atuais números da Paraná Pesquisas, e cita as invasões a hospitais em 2020, estimuladas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para dizer que o prefeito foi um dos personagens. Na sequência, afirma que o mesmo Pazolini declarou, naquele ano, que não era candidato “nem de Lula, nem de Bolsonaro”. Até aí, como se vê, nada de novo no front político capixaba! Mas e o deputado estadual Capitão Assumção (PL), é lembrado? Sim, identificado como o “candidato abertamente bolsonarista e apoiado pelo ex-presidente”, além de investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que resultou em sua prisão. Quer dizer, até para criar fato político e colocar gás na estratégia eleitoral da Capital, o PL desta vez ficou devendo…
Muito barulho por nada II
Na nota, o partido repete que Pazolini “não se identifica e nunca se identificou como bolsonarista” e que “suas ações e decisões políticas nunca foram alinhadas com o ex-presidente”. Diz, ainda, que a matéria “claramente favorece uma narrativa dualista e limitadora do debate democrático”, e também repete “que o único pré-candidato em Vitória bolsonarista e apoiado por Jair Bolsonaro é o Capitão Assumção”.
Divisões
Por mais que o PL tente dissociar Pazolini do bolsonarismo, não tem para onde correr na Capital: os dois blocos disputarão votos no eleitorado conservador, evangélico e de direita. São os nomes do tabuleiro a ocupar esse campo.
Números
A pesquisa Paraná, a propósito, apontou liderança do prefeito na espontânea, com 20,1%, e Coser atrás, marcando 4,1%. A deputada Camila Valadão (Psol) ficou com 1%; Assumção, 0,8%; Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), 0,5%; Capitã Estéfane (Podemos) e Sergio Majeski (PDT), 0,3%; e Fabrício Gandini (PSD), 0,1%. A margem de erro é de 3,5%, o que colocaria empate técnico para o segundo grupo. Tem um porém e tanto…
Em aberto
…o índice de indecisos é muito alto: 67,8%, ainda mais do que os números divulgados em outros levantamentos até então. Os dados foram coletados agora, entre a última sexta-feira (17) e essa quarta (22).
Nem tanto
Em Cariacica, o prefeito, Euclério Sampaio, também espalhou notas de repúdio nesta semana, assinada por ele e por seu partido, o MDB, em que manifesta “indignação” contra publicação feitas por lideranças do PL no município, de que poderia se aliar ao PT nas eleições deste ano. Chamou de “fake news” e apontou “disseminação leviana e irresponsável”. “Ué”…
Nem tanto II
…as movimentações no município não deixaram evidente uma divisão no PT, junto com as legendas da federação, PV e o PCdoB, para negar palanque a Célia Tavares (PT) e apoiar Euclério? Isso foi dito mais de uma vez por dirigentes partidários à imprensa, inclusive pelo aliado de primeira fileira do prefeito, vereador Cesar Lucas, que nessa mesma articulação, lançou a candidatura majoritária de Heliomar Novais (PV).
Campos
O PL lançou, em Cariacica, a candidatura do pastor Ivan Bastos, que transita na mesma área do prefeito. A outra concorrente é Célia, oposição, que depois dessas divergências internas foi consolidada no PT, mas agora terá que esperar as nacionais das legendas que compõem a federação, já que o PV colocou um nome para debate.
Aqui e acolá
A mudança de partido do presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet, no período da janela partidária, foi um movimento repetido em outras 12 capitais do País, e que beneficiou siglas conservadoras de centro, donas da maior fatia dos recursos eleitorais. Os dados são da consultoria de política Radar Governamental, publicada pelo Estadão.
Espaços
Piquet, como se sabe, deixou o Republicanos para se filiar ao PP, neste caso, partidos do mesmo espectro político. Antes da janela deste ano, o PP não presidia nenhuma Câmara nas capitais. Agora, além de Vitória, demarcou terreno em Natal e Porto Alegre.
Palanque
Aliado de Pazolini, a troca de Piquet foi vista como uma jogada para variar e consolidar a coligação eleitoral em torno da reeleição do gestor. Ele é um dos cotados para compor a vice e já garantiu que não tentará novo mandato na Câmara. Veremos…
Nas redes
“Notícia lamentável (…) infelizmente, ao contrário de outros municípios da nossa região, como Aracruz, Conceição da Barra, Jaguaré e São Mateus, a Prefeitura de Linhares deixou de atender aos requisitos básicos para estar inserida no Mapa do Turismo do Espírito Santo em 2024, deixando a nossa cidade fora da rota de importantes investimentos do Governo Estadual e Federal (…)”. Lucas Scaramussa, deputado estadual pelo Podemos e candidato à prefeitura.
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