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Munição eleitoral

De um lado o presidente da Câmara de Vitória e pré-candidato à prefeitura em 2020; do outro o prefeito, empenhando em fazer seu sucessor. Próximo do retorno das atividades legislativas, na próxima segunda-feira (3), as movimentações do vereador Cleber Felix (PP), o Clebinho, deixam claro que não haverá trégua no embate com Luciano Rezende (Cidadania) nos próximos meses. Depois de um final de ano conturbado devido à solicitação de verba extra pela Câmara para pagamento de pessoal, atendida pelo prefeito somente depois de muito impasse e mesmo assim em valor bem menor do que o solicitado (R$ 600 mil de R$ 1,5 milhão), o presidente da Câmara protocolou, nesta quinta-feira (30), pedido de acesso à íntegra do inquérito civil provocado por denúncia anônima no Ministério Público Estadual (MPES), dando conta da suposta utilização de dinheiro público para autopromoção de Luciano em canais de comunicação, o que configuraria crime de improbidade administrativa. Se chegar às mãos de Clebinho, a investigação renderá munição de sobra em ano eleitoral contra o prefeito e seu eterno “supersecretário”, o deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania), eleito à Assembleia em 2018 já na meta de usá-la como trampolim para a prefeitura da Capital. Com um cenário que se desenha acirrado até outubro deste ano, quem tem telhado de vidro que se prepare logo para as pedras! 

Caminho longo

Luciano e Gandini intensificaram nos últimos meses a estratégia para consolidar o palanque da situação e delimitar território na Capital, a segunda principal vitrine política do Estado. Mas nem mesmo o PSB, partido aliado do governador Renato Casagrande, a dupla conseguiu agregar ainda. 

Expectativa

A legenda abriu a possibilidade de o deputado estadual Sergio Majeski se inscrever, até a próxima segunda, como pré-candidato. Ele foi o campeão de votos à Assembleia em 2018, não tem qualquer arranhão na trajetória, e atrapalha a vida não só de Luciano-Gandini-Cidadania, como de outros pretendentes ao comando do município, caso receba de fato o aval do PSB para entrar na disputa.

Mesa aberta

Clebinho, por sua vez, tem realizado uma série de reuniões com partidos menores e lideranças conhecidas de Vitória na busca de capilaridade eleitoral. O presidente da Câmara se coloca no páreo desde o ano passado, não pelo atual partido, mas sim pelo DEM, para onde irá migrar na janela partidária. O retorno das sessões da Câmara, sem dúvida, promete.

Termômetro

Olhos atentos, também, ao reinício dos trabalhos na Assembleia Legislativa. Não só pelo clima eleitoral dos deputados-candidatos, como pelas turbulências que antecederam o recesso ligadas ao presidente da Casa, Erick Musso (Republicanos), após a manobra da eleição da Mesa Diretora que estabeleceu embate de forças com o governo Casagrande. A conferir!

Ai, ai…

No primeiro dia, porém, o cheiro é de oba-oba. A sessão solene de instalação dos trabalhos será às 15 horas de segunda, com presença de convidados, como o presidente do Tribunal de Justiça (TJES), Ronaldo Gonçalves; o presidente do Tribunal de Contas do (TCE), Rodrigo Chamoun; e o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes.

Renovação já!

Por fala em Eder, que apego é esse ao cargo de procurador-geral, hein? Articulações deste ano revelam estratégia para se manter mais uma vez na hierarquia de poder, de onde não arreda o pé desde 2012, alternando apenas um período com seu braço direito Elda Spedo, após dois mandatos consecutivos. Já deu…

Colado

Depois do sufoco da listra tríplice do último pleito, em que pela primeira vez Eder viu que está longe de ser unanimidade no Ministério Público Estadual (MPES), como nos velhos tempos, a estratégia comentada nos bastidores foi de colocar outras candidaturas do seu grupo para evitar o único nome considerado de fato oposição, Marcello Souza Queiroz. Exatamente quem ficou em segundo lugar na disputa de 2018, atrás apenas um ponto de Eder, escolhido pelo ex-governador Paulo Hartung.

Reforço

O presidente Jair Bolsonaro assinou Medida Provisória (MP) nesta quinta-feira destinando R$ 892 milhões para obras emergenciais em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo para recuperar os estragos da tragédia da chuva. O ato se deu após visita às áreas atingidas em Belo Horizonte e região metropolitana. Por aqui, apesar dos pedidos, nada indica a presença dele. Aliás, há muito tempo.

Reforço II

Casagrande comemorou nas redes sociais a MP e informou que o relatório estadual já aponta a necessidade de mais de R$ 500 milhões para reconstruir a infraestrutura pública e casas populares. Reitero o que escrevi aqui na última coluna: triste janeiro.

PENSAMENTO:

“A renúncia é a libertação. Não querer é poder”. Fernando Pessoa

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