A ata do PSD assinada pelo presidente estadual Neucimar Fraga, com a mudança de candidatura, é do dia 5 de agosto, fim do prazo das convenções partidárias, mas o assunto ainda rende nos bastidores. Trata-se da subida, a contragosto, do ex-prefeito de Aracruz Ademar Devens para a disputa à Câmara Federal, entrando em seu lugar para a Assembleia Legislativa, Gabriel Fraga de Oliveira. Na Câmara, a previsão é Devens ser engolido, formando chapa ao lado do próprio Neucimar, já que José Carlos da Fonseca Júnior, o Zé Carlinhos, abandonou a missão, que parecia fadada ao fracasso, garantindo-se embaixo da asa do governador Paulo Hartung. Mas ainda permanecem nesse pacote peso-pesado, o PDT, do deputado federal Sérgio Vidigal; o PSDB, do vice-governador César Colnago; o DEM, da deputada federal Norma Auyb; o SD, do deputado federal Jorge Silva; e o PRP. Um cenário nada animador para Devens, que, segundo circula no mercado, não estaria nada satisfeito com a empreitada. Já na Assembleia, o campo poderia ser pelo menos competitivo, não só pelas 30 vagas, como pelo cenário em seu reduto, que não sinaliza tranquilo para o presidente da Casa, Erick Musso (PRB), candidato à reeleição. Além do “fator Erick”, o PSD tem a meta de reeleger Enivaldo dos Anjos e Esmael Almeida, numa coligação também congestionada, com DEM, PSD, PDT e PPL. Sem espaço para todo mundo, colocaram Devens na forca. E aí, vai engasgado mesmo?
Incêndio apagado
Já no PRB, Tadeu Tomaz, o pré-candidato à Assembleia que colocou a boca no trombone e denunciou fraude em ata do partido à Justiça, na última sexta-feira (10), consegui reverter a situação. Quem intermediou foi o articulador do PRB no Estado e ex-secretário da Casa Civil, Roberto Carneiro.
Incêndio apagado II
A acusação de Tadeu mirou em Devanir Ferreira, por ter “adulterado totalmente” a ata, segundo ele, colocando nomes que sequer participaram da convenção do PRB, somente para tirá-lo do caminho.
Chororô
A eleição sem surpresas à Mesa Diretora da Câmara de Vitória foi um festival de confete entre os colegas, com foco principal, é claro, no próximo presidente, Clebinho (PP). Teve até choro, derramado por Mazinho dos Anjos (PSD).
Divisão do bolo
No mercado, o comentário é que a questão primordial para o consenso em torno da chapa única foi a negociação de cargos comissionados na gestão de Luciano Rezende (PPS). Tudo será devidamente loteado nessa nova divisão do bolo, garantindo as acomodações aos cabos eleitorais.
Dois coelhos
Na véspera do início da campanha eleitoral, o ex-governador Renato Casagrande (PSB) soltou algumas bandeiras que vai tentar vender ao eleitorado. Uma delas, a educação, para já abater dois coelhos numa cajadada só: o governador Paulo Hartung e o empresário da ES em Ação, Aridelmo Teixeira (PTB).
Segue…
No texto, Casagrande cita o fechamento de escolas, e afirma: “A Educação não deve ser tratada como se fosse investimentos em marketing, como fizeram. Precisamos reconstruir o que destruíram”.
Discurso pronto
Já Rose de Freitas (Podemos) informa que apresentou suas propostas em um plano coordenado pelo professor Dr. Rodrigo Medeiros, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Não foi ele o autor, junto com Ana Paula Vescovi e Haroldo Rocha, do estudo que embasou o discurso de caos nas contas do governo usado por Hartung contra Casagrande?
‘Tudo PH’
Apoiadores da campanha ao governo de André Moreira (Psol), que segue hospitalizado, circulam nas redes sociais uma imagem com as fotos de Casagrande, Rose, Aridelmo e Carlos Manato (PSL), dizendo assim: “É tudo PH”. Logo abaixo, a foto do advogado: “Só André Moreira que não é”.
Campanha
O presidente do PSDB de Vila Velha, Vitor Otoni, que assumiu recentemente a função, após a intervenção comandada pelo grupo do vice-governador César Colnago contra aliados do prefeito Max Filho, não responde mais como assessor especial nível IV da pasta do presidente estadual da legenda, como mostra ato oficial publicado nesta quarta. Ele alega que irá se dedicar integralmente à campanha de Colnago.
PENSAMENTO:
“A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial”. William Shakespeare