Arnaldinho Borgo e Sergio Vidigal estão mesmo fora das conversas de 2026?
Ambos saíram fortalecidos do pleito municipal de 2024, ambos aparecem nas cotações, e ambos também já negaram, publicamente, qualquer plano de disputar o Palácio Anchieta em 2026, no campo do aliado, o governador Renato Casagrande (PSB). Até que se prove o contrário, o candidato oficial desse bloco é, de fato, o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), que há muito anos nutre o desejo de ocupar a cadeira. Mas movimentações e comentários de bastidores, inevitavelmente, têm chamado atenção. Arnaldinho, como já falei aqui na coluna, está no tête-à-tête forte com lideranças, lançando sempre como tema “o futuro de Vila Velha e do Espírito Santo”. Somente nos últimos dias, se reuniu com Ricardo, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União), e, nessa quarta-feira (27), com o próprio Casagrande. Todos são peças-chave das próximas articulações políticas e eleitorais. Já Sergio Vidigal, prefeito da Serra, não faz sinais para fora, e quando fez, logo após o segundo turno, foi para declarar apoio a Ricardo. Mesmo assim, seu nome segue nas rodas e, inclusive, na Rádio Corredor do governo. O que circula é o seguinte: após terminar o mandato, Vidigal assumiria a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), hoje ocupada por Miguel Paulo Duarte Neto, para então pavimentar uma possível candidatura ao Palácio. Falta muita água ainda para passar por debaixo dessa ponte, mas os sinais, especulações e projeções estão por aí, a todo vapor. Já pode lançar apostas?
Cresceu
Arnaldinho foi reeleito com muita folga este ano, fechando 79% das urnas. Numa disputa que, em princípio, parecia se desenhar acirrada contra o bolsonarista Coronel Ramalho (PL), o prefeito “sobrou”.
Cresceu II
No mandato que se iniciará no ano que vem, seguirá em situação para lá de confortável para consolidar ainda mais seu nome: continuidade de obras com recursos do governo e uma Câmara de Vereadores dominada pela base
Marca sólida
Na Serra, Vidigal provou que sua marca se mantém “vivíssima”, ao conseguir fazer o que no início da campanha parecia impossível: emplacar um até então completo desconhecido da população, Weverson Meireles (PDT), e tendo pela frente um conhecido adversário, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) e um opositor ferrenho, Pablo Muribeca (Republicanos).
Troféu
Vidigal saiu desse pleito como o grande vencedor, e com cacife para entrar no jogo principal. Um impeditivo, porém, pode ser o mesmo motivo que o levou a não disputar a reeleição este ano, o tratamento de saúde da mulher, a ex-deputada federal Sueli Vidigal (PDT).
Em campo
Voltando a Marcelo Santos…o deputado também trocou conversa com Casagrande nessa quarta e segue na mesma pegada de Arnaldinho de reuniões mais reuniões. Ele é personagem central de outra eleição, esta mais próxima, da Mesa Diretora da Assembleia, no dia 1º de fevereiro de 2025.
Alerta vermelho
Marcelo se articula para ser reeleito, mas embora próximo do governador, tem amarrações sólidas com nomes da oposição e que resultarão em palanques para 2026. Repito a pergunta que já fiz aqui: é estratégico para Casagrande mantê-lo no cargo.
Área segura
Outro nome que voltou a aparecer é de Vandinho Leite (PSDB), que tomou uma “rasteira” do próprio governo na disputa que consagrou Marcelo presidente, na condição de candidato único. No atual cenário, porém, Vandinho está mais alinhado ao grupo de Casagrande, o que afastaria eventuais riscos.
Coisas da política
Caso esse cenário seja confirmado, será a inversão total do que aconteceu em 2023. Naquela época, Casagrande colocou a mão e tirou Vandinho de cena, desta vez, faria o contrário. A questão é como ficaria a divisão exata do plenário, já que Marcelo tem perfil que agrada aos colegas deputados.
Nas redes
“Registro da reunião com o diretor-tesoureiro da OAB Nacional e ex-presidente da OAB-MT, Dr. Leonardo Campos. Em pauta, as demandas para o fortalecimento da nossa classe, em especial da advocacia capixaba”. Erica Neves, recém-eleita presidente da Ordem dos Advogados no Estado.