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Nem tanto

Com pré-candidatos do PL já lançados, participação efetiva de Magno Malta nos palanques deste ano ainda é uma incógnita

Redes sociais

Passadas as convenções partidárias, a constatação publicada aqui na coluna no início de agosto se mantém: o ex-senador Magno Malta (PL) ainda se concentra, de fato, nos bastidores das eleições deste ano. Assíduo nas redes sociais e embora precisando de uma boia de salvação para o PL no Estado, ele participou de dois eventos de pré-candidatos do seu partido nos últimos dias: do deputado estadual Alexandre Xambinho, que disputará a prefeitura da Serra, e do recém-chegado Coronel Wagner Borges, em Vila Velha. Dois importantes e estratégicos municípios; duas eleições desenhadas como pra lá de acirradas. Mas só apareceu na foto no Facebook e Instagram com o primeiro e, mesmo assim, sem quase nada dizer. Depois da derrota de 2018 e escândalo judicial que repercutiu pelo País, virou um bom cabo eleitoral, mas nem tanto? 

Nem tanto II
Lembrete: a presença do ex-senador nos palanques, por muito tempo, foi disputada quase a tapa e considerada indispensável por lideranças políticas.

Nem tanto III
Em tempos de Covid-19, a ausência em rede social, por onde passa o pleito deste ano, chama ainda mais atenção. Magno, com seus candidatos já confirmados, faltando a mesa final até o dia 26, segue focado no cenário nacional e no presidente Jair Bolsonaro. Tem feito vídeos em defesa de “candidatos conservadores”, com muitas visualizações e comentários. Não explorar isso no seu próprio Estado é sintomático.

Perto…longe
Xambinho, a não ser o vídeo da transmissão online com a presença de Magno, que cantou e pediu para todos darem as mãos em plena pandemia, também não tem feito referências ao ex-senador. E olha que o deputado, sempre que pode exalta Bolsonaro, que vez ou outra aparece elogiando Magno publicamente – e vice-versa – depois de preteri-lo do governo.

Perto…longe II
Na convenção de Xambinho, Magno chegou ao final e fez longo discurso. Já em Vila Velha, foi rápido. Lá também foi exaltada a aliança na chapa do Dr. Motta (DC) em Cariacica, com o vice do PL, Adriano Pires. Coronel Wagner também não fez referência ao chefe do PL no Estado. Já Dr. Motta, de outro partido, se empolgou mais, com umas fotos.

Perto…longe III
Em Vitória, segunda principal vitrine política do Estado, o antigo apadrinhado do ex-senador, o engenheiro Halpher Luiggi, está com o discurso do “conservadorismo” na ponta da língua. Tem gravado vídeos falando de “religião, costumes, fé” e de questões da cidade, mas na maioria das vezes, sozinho. Assim como no período pré-convenção, ainda não vestiu, oficialmente, a “marca Magno”.

‘Pupilos’
Dos três nomes, aliás, Halpher é o considerado ainda com chances de sair do páreo, até os registros de chapas no dia 26. Isso porque, outro apadrinhado de Magno está com palanque erguido, já com forças expressivas agregadas: o deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos), por muito tempo peça estratégica, como delegado, nas CPIs-shows de Magno, o que lhe rendeu muita mídia e holofote.

Inseparáveis
O próprio Pazolini, desde 2018, não costuma desfilar mais com o ex-senador. Cenário bem diferente da época da CPI dos Maus-Tratos a Crianças e Adolescentes, a ex-CPI da Pedofilia, e dos seminários que Magno fazia rodando o Estado para erguer suas bandeiras políticas, com eco de Pazolini.

Denúncia
A propósito, o nome do deputado voltou a aparecer na imprensa nacional nesta segunda-feira (21), como integrante da operação armada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que esteve em São Mateus, norte do Estado, no caso da menina de 10 anos estuprada e grávida do próprio tio. Denúncia do jornal Folha de S.Paulo, replicada em vários outros veículos, afirma que Damares agiu nos bastidores para impedir que a criança fosse submetida ao procedimento.

Pressão
A operação coordenada pela ministra, como aponta a Folha, tinha como objetivo transferir a criança para um hospital em Jacareí (SP), onde aguardaria a evolução da gestação e teria o bebê, apesar dos riscos. “Representantes do ministério e aliados políticos tentaram retardar a interrupção da gravidez e, em uma série de reuniões, pressionaram os responsáveis por conduzir os procedimentos, inclusive oferecendo benfeitorias ao conselho tutelar local”, diz a matéria.

Político
Os integrantes da comitiva apontados foram Alinne Duarte de Andrade Santana, coordenadora geral de proteção à criança e ao adolescente da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Wendel Benevides Matos, coordenador geral da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, e mais dois assessores. Pazolini foi o único político, também com dois assessores. O deputado foi autor de uma polêmica homenagem à ministra na Assembleia, em 2019.

Reação
As revelações da Folha provocaram representação do subprocurador geral Lucas Rocha Furtado, para que o Tribunal de Contas da União investigue o caso, e medidas da bancada do Psol na Câmara dos Deputados, que irá acionar a ministra Damares Alves (Direitos Humanos) no Ministério Público Federal.

PENSAMENTO:
“A fadiga é o melhor travesseiro”. Benjamin Franklin


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Só na retaguarda – Século Diário

Cabo eleitoral disputado nos seus tempos áureos, Magno Malta ainda não entrou na campanha deste ano dos cotados do PL

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