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Nó cego

Esboço de federação unindo PP e PL pode complicar ainda mais situação do partido de Marcus Vicente no Estado

Leonardo Sá

O início dos debates para formalizar uma federação partidária unindo PP e PL, com o objetivo de fazer frente ao União Brasil – fusão entre DEM e PSL – cria ainda mais nós cegos para o partido comandando no Estado por Marcus Vicente, secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano e aliado do governador Renato Casagrande. Não bastassem as contradições e efeitos da provável filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que fortaleceria internamente o deputado federal e vice-líder do governo na Câmara, Evair de Melo, liderança do PP que faz “carreira solo” na legenda ao atuar como oposição a Casagrande, a parceria colocaria no mesmo bloco um bolsonarista extremista do perfil do ex-senador Magno Malta, líder do PL capixaba e adversário do governador, que tentará retornar ao cargo nas eleições de 2022, tudo indica, em composição com o ex-deputado federal Carlos Manato (sem partido), candidato declarado ao governo do Estado. A negociação foi divulgada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, como resultado da estratégia de ampliar a bancada no Congresso Nacional e fortalecer o PP para reeleger Bolsonaro. Por enquanto, é uma ideia embrionária, que parte exatamente da Nacional do partido de Vicente, ainda a ser ajustada com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que também administra atritos internos, já que parte dos filiados têm acenado para o ex-presidente Lula (PT). Caso avance, de fato, fecha ainda mais o cerco em torno da aliança do PP com o governador Renato Casagrande, a qual o secretário de Saneamento insiste em dizer que está garantida, apesar das articulações que indicam o contrário. Esse desfecho, sei não, quero só ver…

Juntos
As federações partidárias, como se sabe, são resultados da nova lei que permite a união entre partidos para disputar eleições e atuar como uma única legenda, pelo prazo mínimo de quatro anos. Diante da necessidade de atingir a cláusula de barreira, é o assunto do momento, com vistas ao pleito de 2022.

‘Tô’ fraco, ‘tô’ fraco
No caso do PL capixaba, não é um mau negócio, já que o partido está à míngua. Recentemente, os bastidores comentaram até de uma provável filiação de Magno Malta ao PTB do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que está preso. Mas o convite ainda não “andou”.

Inexpressivos
Depois de uma derrota de virada em 2018 da sua “estrela” maior, Magno, o PL perdeu a deputada federal Lauriete (PSC) e teve resultado pífio nas eleições do ano passado, como Halpper Luiggi, na Capital, com 0,58% votos, e o deputado estadual Alexandre Xambinho, na Serra, que somou 5,62%. Fora os resultados do interior…

Menor
Já o PP está em situação melhor, mas não com essa bola toda. Hoje, além de Evair na Câmara, só tem o deputado estadual Renzo Vasconcelos, que está de saída para controlar o Pros. Depende somente da abertura da janela partidária, no início do ano que vem.

Volume
Por outro lado, com a entrada de Bolsonaro, a legenda atrairá novos quadros, ganhando musculatura. Muitos deles, obviamente, seguidores do presidente, que querem eliminar Casagrande da cena eleitoral.

Será?
A previsão é que o próprio Marcus Vicente dispute mais uma vez a Câmara, para tentar retornar à cadeira. Em 2018 o projeto não vingou e ele foi abrigado no governo do Estado.

Palanque bolsonarista
Por falar em aliados do presidente, a audiência pública realizada recentemente na Assembleia contra a possível exigência do passaporte da vacina nas escolas reuniu praticamente todo palanque bolsonarista do Estado. Olha só: Carlos Manato (sem partido), Magno Malta (PL), Capitão Assumção (Patri), Danilo Bahiense (sem partido), Torino Marques (PSL) e Carlos Von (Avante).

Palanque bolsonarista II
No grupo, que se reuniu para jogar carga no governo Renato Casagrande (PSB) e no secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, estão os principais candidatos do próximo ano: Manato ao governo do Estado; Magno ao Senado novamente; e, à reeleição, os deputados estaduais Assumção, Bahiense, Torino e Von.

De volta às boas?
A propósito, a audiência reuniu, na mesma mesa, o deputado Assumção e Manato, que estavam afastados nos últimos meses, após ruídos na aliança. Se foi apenas protocolar ou fim definitivo do abacaxi, veremos!

Nas redes
“Autorizei investimentos em reforma e restauração do nosso patrimônio histórico e cultural. São 5 milhões na recuperação da Casa da Cultura (Fundão), Palácio Bernardino Monteiro (Cachoeiro), Pref. de Muqui e Igreja Matriz de Castelo. Cultura impacta e fortalece nossas identidades”. Renato Casagrande, governador pelo PSB.

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