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‘OAB eleitoral?’

José Carlos Rizk deve explicações sobre “veto” em homenagem à advogada Fayda Belo, de Cachoeiro 

Leonardo Sá/Redes sociais

O presidente da seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), José Carlos Rizk Filho, deve explicações sobre a polêmica envolvendo a advogada Fayda Belo, de Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado. Negra, militante, ela foi selecionada, com direito a foto publicada no site institucional da Ordem, para uma exposição fotográfica virtual – do dia 16 a 25 deste mês – anunciada por três comissões (Igualdade Racial, Diversidade Sexual e Mulher Advogada), que teria o propósito de marcar o mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, homenageando profissionais negras do Estado. Pois bem, os dias se passaram e Fayda, conforme relato nas redes sociais, foi informada de que foi “vetada por ordem da diretoria da OAB”. Sem qualquer justificativa, como protesta, embora tenha procurado Rizk em seu WhatsApp pessoal. Ele sequer respondeu e ainda a bloqueou de suas redes sociais, como critica. Indignada, a advogada buscou informações para entender a postura da OAB. “O motivo da vedação seria única e exclusivamente o fato de eu ter posição política definida e ser pré-candidata à prefeita de Cachoeiro. Pasmem, ter posição política e militância me tornou para a própria OAB-ES menos ou não advogada, um absurdo!”. No último dia sete, tratei neste espaço do panorama eleitoral do município. Fayda firmou aliança no projeto chamado “Cachoeiro Pode +”, que une seu partido, o PP, e o DEM, do deputado estadual Theodorico Ferraço, que, por sua vez, coloca gás no também advogado e ex-superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Espírito Santo, Diego Libardi, como cabeça de chapa. Principal adversário a ser batido: o prefeito Victor Coelho, do PSB, do governador Renato Casagrande. Qual seria o interesse da OAB nisso? É, definitivamente, a pergunta que não quer calar.

‘A serviço’
Fayda, até pouco tempo atrás, era membro e coordenadora adjunta da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Cachoeiro, mas optou por deixar a função devido ao processo eleitoral deste ano. “Peço, publicamente, que a OAB-ES aja com probidade, não me discrimine, e não deixe que a instituição fique a serviço de política partidária”.

Trajetória
O caso repercute nas redes sociais e motivou nota do coletivo Juristas Capixabas Negros, que além de críticas à diretoria da OAB, lembrou que não havia, no projeto da exposição, qualquer menção à pré-candidatura da advogada. Antes disso, prossegue, Fayda “tem uma história e trajetória de muita representatividade enquanto mulher, negra e jurista. Nada pode apagar ou silenciar a sua existência”. ⠀

Delete x prints
A matéria que divulgava a exposição, com a foto da advogada, já foi retirada do ar no site da OAB. Mas há prints da mesma nas redes sociais, assim como da mensagem enviada a Rizk pelo WhatsApp. O silêncio neste caso é, no mínimo, revelador.

Sem chance
Uma reunião entre lideranças da Rede e do PDT na Serra, partidos comandados respectivamente pelos principais adversários do município, o prefeito Audifax Barcelos e o deputado federal Sérgio Vidigal, repercute no mercado político. Apesar de uma aliança indigesta e sem chance de vingar no município, o deputado estadual Vandinho Leite (PSDB) disse nas redes sociais que a conversa deixou “todo mundo com a pulga atrás da orelha”.

Sem chance II
Vandinho foi além: “Aqui na Serra, Rede e PDT, que até então eram inimigos, num passe de mágica, passaram a ser amigos de novo. Será que houve mesmo essa briga de Vidigal x Audifax, ou foi acordo de compadres? Fomos todos enganados? Até porque já se vão 24 anos de continuidade no domínio da cidade”.

Sem chance III
A tal reunião, como divulgou o jornal da Serra, Tempo Novo, reuniu, do lado de Audifax, a porta-voz nacional da Rede, Lais Garcia, o ex-PT e ex-deputado estadual Roberto Carlos e o braço direito do prefeito, Jolhiomar Massariol. Já do bloco de Vidigal, o secretário-geral do PDT, Weverson Meireles, sua chefia de Gabinete, e o presidente do diretório municipal, Alessandro Comper. Os dois partidos integram o mesmo bloco nacional. Mas fechar apoio, só se for por outras “bandas”.

Enquanto isso…
…Audifax e Vidigal seguem se cutucando nas entrelinhas nas redes sociais. Principalmente, como já tratado aqui, devido ao Hospital Materno Infantil, prestes a ser inaugurado. Os dois reivindicam a paternidade da obra. Aliás, eles e “torcida do Flamengo” da política da Serra.

Tsc, tsc, tsc
Assim como ocorre em outros estados do País, estão espalhados por Vitória outdoors pró-Bolsonaro com assinaturas de atiradores amadores e movimentos locais de Direita. O tema justificado para lançar o “fechado com Bolsonaro”, desta vez, são as armas. Veja bem ou tape os olhos…

Entra e sai
A movimentação eleitoral na Associação de Cabos e Soldados do Estado segue agitada. Depois dos deputados Alexandre Xambinho (PL) e Lorenzo Pazolini (Republicanos), quem esteve por lá foi o candidato a prefeito em Barra de São Francisco, o sargento Marcelo Firmino, cobiçado pelos partidos Cidadania e Rede. Ele foi diretor da entidade na região norte por três mandatos.

PENSAMENTO:

“Os abusos são todos compadres uns dos outros, e vivem da proteção, que mutuamente se prestam”. Rui Barbosa 


‘Briga’ boa

Articulações em Cachoeiro são testes de forças políticas: Victor Coelho (Casagrande); Diego Libardi (Ferração) e Jonas Nogueira (Manato e Magno)


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/briga-boa

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